Capítulo 4

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Combustão.

***


"Can't keep my hands to myself

No matter how hard I'm trying to

I want you all to myself

You're metaphorical gin and juice

So come on, give me a taste

Of what it's like to be next to you...".

- Selena Gomez.

***


Lola


Aprendi há algum tempo atrás na escola, nas aulas de química que eu estranhamente amava ao contrário do restante da turma, que combustão na mais era do que uma reação química entre dois ou mais reagentes. Um era chamado de combustível e o outro de comburente. Essa reação causava uma grande liberação de energia na forma de calor. Mas não é para divagar relembrando das aulas de química que me lembrei deste fato.

O que me fez lembrar a respeito do significado de combustão foi o que eu estava sentindo e presenciando naquele momento. Drew me tinha nua e deitada sobre a minha mesa em meu consultório na clinica particular onde eu tinha sociedade com mais três outros colegas. O expediente já havia acabado, não havia mais atendimentos em minha agenda naquele dia. Eu tinha dispensado Jenny, minha secretária eficiente, porém oferecida, assim que liberei a entrada de Andrew em minha sala. E agora eu tinha a absoluta certeza de que estávamos sozinhos no prédio no centro de Londres. Bom, não completamente sozinhos, o segurança certamente estava do lado de fora, mas ele não nos atrapalharia ali. Voltando a questão principal, combustão era o que estava havendo naquele momento na minha sala. Meu corpo estava entrando em total combustão a cada toque, cada beijo que Andrew depositava sobre ele. Eu me sentia aquecer, pegar fogo. De onde estava vindo todo este calor?

Que droga esse baixista de meia tigela estava fazendo comigo?

Oh, sim! Ele estava me dando um delicioso orgasmo. Não sei quando me tornei tão devassa.

- Isso foi... demais cara! – Andrew disse um tempo depois, após termos utilizado alguns cantos interessantes da minha sala. Ele estava deitado com a cabeça apoiada em meus seios, respirando com dificuldade, assim como eu. O relógio na parede indicava que já era tarde, bem tarde. Eu sabia que precisava ir embora, mas quem disse que eu queria sair dali? Ter o corpo dele meio que esmagando o meu, ao invés de incomodo, era muito confortável.

Respirei fundo tentando recuperar o fôlego e me livrar daqueles pensamentos idiotas e românticos. O que nós tínhamos como eu mesma havia proposto era apenas sexo, amizade e diversão. Nós já havíamos tido o sexo e a diversão daquela noite. Eu estava exausta e teria um plantão no dia seguinte. Então, era a hora de ir, de maneira descomplicada como o nosso pequeno acordo deixou claro.

Desvencilhei-me de Andrew, que pareceu não se incomodar da distancia que impus entre nós, me levantei e caminhei pela sala, apanhando minhas roupas e me vestindo quando notei o seu olhar atento ao meu corpo e movimentos.

- Eu poderia olhar pra você assim durante horas. – disse com um sorrisinho de canto completamente malicioso. Enquanto se recostava no pequeno sofá que havia no canto do meu consultório, com toda a sua nudez a mostra. Ele definitivamente parecia não ter vergonha alguma.

Quando conheci você.Onde histórias criam vida. Descubra agora