Scared

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13/01/2016, 6:30AM - levantei e fiz minha higiene matinal, como de costume. Fui em direção a cozinha, lavei minhas mãos e fiz minha refeição de todo o dia.

Bom dia. - disse minha mãe com um sorriso de ponta a ponta no rosto pegando as chaves do carro e indo em direção a porta da entrada principal da casa.

Bom, até. - respondo-a apenas levantando e pegando meu material escolar.

Hoje vou ter apresentação do meu projeto. - digo feliz destrancando a porta do carro. Pode entrar - entro em seguida sentando no banco do motorista esperando Tassy entrar para irmos à escola.

Boa sorte! - abro a porta do carro, sento no banco do carona e observo o mesmo trajeto de sempre até a escola.

Muito obrigado Tassy. - disse a observando com a mesma aparência de sempre; sono.
Entendo que está cansada, de fazer nada é claro. - soltei uma breve risada - mas meninas boas devem ir a escola. - estacionei meu carro para que Tassy pudesse descer e me despeço causando boa aparência - tenha um bom dia, minha filha. - sorrio a ela e vejo a mesma assentir com outro sorriso saindo do carro e entrando na escola -

P.O.V - Tassy

Bom, se existe vergonha maior do que entrar nessa escola com essa cara de sono, eu não sei. Mas só sei que já estou acostumada com a minha vida volúvel e chata de sempre.

Entrei na escola, me deparei com pessoas rindo nos cantos dos corredores, ignorei e fui em direção a sala. Aula entediante, como sempre. Eu daria tudo para sair daquele lugar, daquela prisão que se chamava escola.

Fiz meu dever e o entreguei ao professor que o guardou na pasta e saiu dando o fim da aula. Fui andando até a porta de saída, uffa, eu estava livre daquele lugar, daquela cadeia. Risadas, pedaços de papéis voando, pessoas conversando na porta da escola, no pátio e nada me interessava. Sempre fui anti social e minha mãe sempre percebeu isso. Andei até o ponto de ônibus que ficava umas quadras distante da escola, coloquei meu cachecol para dentro do casaco e esperei o ônibus ali, parada observando o pouco de neve que caía do céu.

Hey garotinha, que tal uma festa? - apenas ignoro o homem dentro do carro com os vidros abaixados para que eu pudesse ouvir melhor

Talvez não, não dessa vez. - rio forçadamente para que ele possa sair dali. Era meio que um jogo de luta. Cada um usando seus macetes para ganhar a briga.

Vem, vai ser legal. Juro que não vai se arrepender. - o mesmo diz e sai do carro vindo em minha direção - não vai se arrepender, eu estou dizendo. - eu não conseguia ver seu rosto. Apenas aquele sorrisinho simples que não saía da minha mente. Puta que pariu, porquê aquele cara estava perdendo seu tempo comigo? Uma garota que só vive embaixo de panos e não é nada bonita?

Não, já disse que não. - bufo e sinto o mesmo pegar em meu braço com forca. Grito e sou interrompida pela nem tão grande, mão do homem misterioso que agora estava virando meu sequestrador.

Não grita ou eu vou te machucar - assenti assustada e apenas o obedeci para sair dali ilesa - vem, nós vamos curtir essa "festa", juntinhos - não sei o que mais estava sentindo na hora; medo ou raiva por estar sendo sequestrada.

E lá eu fui, nessa tal festa que na verdade nem existia.

Stockholm SyndromeOnde histórias criam vida. Descubra agora