Alone

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13/01/2016, 13:30PM - acordei ali, jogada em apenas um colchão pelo qual eu nunca tinha me deitado, em um quarto onde eu nunca passei um mísero tempo, em uma casa onde eu nem conhecia.

Olá? - disse baixo com voz de cansaço esperando alguma resposta mas o que eu via era só uma luz no fundo do quarto, provavelmente um corredor.

Alguém? - levantei indo em direção à luz e abri a porta que revelava um grande corredor iluminado pela luz do sol que batia nos vidros com grades.

Não sei que horas cheguei, como cheguei, onde estou e como vou ficar. Eu apenas sei que: fui sequestrada e aquele maldito sorrisinho dele não saía da minha mente.

Continuei andando até o final do corredor e achei mais uma porta. Abri a mesma e achei uma sala.

Alguém? - continuei insistindo em achar alguém. Porra, aquilo parecia mais uma armadilha como aquelas de filme de terror que a vítima sempre anda para perto do perigo.

Olhei todo local e achei mais uma daquelas malditas portas que não tinham fim. Andei até lá e toquei na maçaneta para abri-la.

Não sei o que senti no momento, mas, aquela mão que me tocou estava gelada, prendendo meus sentimentos, congelando minha alma.

A festa ainda não começou. - disse e eu apenas o assenti com medo.

Me virei e aquele mesmo homem só me ordenou à segui-lo

Porquê eu, logo eu? - digo sendo arrastada até um quarto no fundo da grande casa, com medo, sentindo meu corpo esfriar mais do que a mão dele.

Aqui você só obedece - a empurrei no quarto e já que estava cada vez mais assustada ficava com mais força.

Ele sorriu e me trancou ali, sozinha, com medo, em transe.

Putz, porquê ele sorriu? Será que ele estava feliz em me ver naquela situação? Pois eu só sabia de uma coisa: eu não estava, eu jamais estaria feliz ali naquele lugar e eu tinha plena consciência de que tudo ia piorar dali para a frente.

Stockholm SyndromeOnde histórias criam vida. Descubra agora