Stockholm Syndrome

I Hate Myself

• = imaginação e pensamento

28/10/2016, 1:30AM - acordei com uma tremenda dor e inchaço na minha vagina, coloquei a mão e ela estava machucada e sangrando.

•isso doi, preciso de remédio• - procurava o mesmo ao redor do quarto com a mão na minha vagina, que sangrava descontroladamente.

Achei uns antiinflamatórios em uma pequena gaveta com medicamentos, tomei e fiz meus curativos com umas gazes que também estavam na mesma gavetinha.

No mesmo tempo eu que eu fazia os curativos, eu gritava, gritava descontroladamente e a mesma lágrima que saía do meu olho, caía nos ferimentos.

FILHO DA PUTA, DESGRAÇADO. EU ODEIO VOCÊ CARTER, VOCÊ OUVIU? EU ODEIO VOCÊ SEU FILHO DA PUTA DE MERDA! - não sei o que se passava pela minha cabeça, eu só tinha raiva no momento e gritava o mais alto possível para que ele pudesse me ouvir.

Comecei a quebrar tudo em minha volta e passei mal caindo no chão, chorando de uma forma anormal.

Eu repetia frases na minha mente que nunca existiram, parecia outra pessoa dentro do meu corpo e então eu peguei o primeiro caco mais afiado do copo que quebrei, pus o mesmo na boca ameaçando engolir mas cuspi ao sentir o mesmo cortar minha boca.

P.O.V - Carter - eu podia ouvir seus gritos e sua euforia, levantei e fui em direção ao quarto dela e a vi de joelhos apoiando as mãos no chão cuspindo sangue, com um pedaço de vidro na mão.

TASSY, NÃO, NÃO FAZ ISSO - segurei o braço da mesma na tentativa falha de impedi-la de cortar um dos seus pulsos.

Aquilo cortou meu coração e acabou com tudo que eu era por dentro. Mesmo sendo um psicopata, eu tinha sentimentos e certeza o suficiente de que tinha sido eu que tinha provocado tudo aquilo.

P.O.V - Tassy - segurei o braço dele com mais força mas não deu tempo. Eu caí em meio ao sangue que escorria do meu pulso até o chão. Apaguei.

Eu via uma luz muito clara vindo em minha direção, não sabia o que era, mas espero que seja uma coisa boa.