Híbrida?

#2

-Ela disse que..... Falei olhando pra todos os lados.
-Que o que? Ele fala se aproximando.
-Que te.... te......Não consegui falar por duas coisas: nossos narizes estavam quase juntos e eu não queria o magoar daquela maneira.
-Pode falar Gabby. Ele fica olhando minha boca acada vez que chega mais perto.
- Então eu preciso de espaço certo? Falei olhando pra boca dele.
-Certo. Ele se afasta e fica com um sorriso no rosto, mas eu sabia que o sorriso não ficaria ali por muito tempo.
-Isac, a Ana não quer ser sua amiga, ela está te usando para... dei uma pausa, e como disse, o sorriso havia desaparecido.
-Pra que ela está me usando? POR QUE? Ele fala meio gritando e provavelmente, bem bravo.
-Ela está te usando para que você seja o idiota do grupo, se ele voltar, ela quer que eu e ela sejamos as líderes, e você e o Lucas sejam os bobos da corde, mas claro que eu não quero isso e...  Falei andando em círculos, mais fui interrompida por Isac descendo a rua.
-Ei aonde você vai? Falei meia que dando passos pequenos, indo atrás dele.
-Tirar satisfações com a Ana. Ele desce a rua batendo o pé, vou atrás dele e fico em sua frente balançando a cabeça dizendo que não.
-Agora sou eu que vai te empedir, não vá atrás dela.
-Você tem razão. Ele se encosta na parede, e fica olhando pro céu, me encosto junto mas fico olhando pra ele.
-Vamos pra casa. Ele olha pra mim.
-Pra minha ou pra sua. Falei zoando com ele.
-Pra qual você quer? Ele fala e pisca pra mim.
-Pra minha né seu idiota. Falei desencostando e subindo a rua, ele vem logo atrás de mim.
    Fomos conversando até minha casa, e realmente, havia me esquecido como era andar com Isac. Ele é muito brincalhão,  não pode ver uma campainha que já sai apertando, claro que apertei uma, para lembrar os velhos tempos. Quando cheguei em casa, abri o portão e falei tchau, mas ele me puxou pelo braço e disse que ele iria vir me buscar amanhã. Como ele estava sério, provavelmente esstava dizendo a verdade. Entrei, subi as escadas e joguei minha bolsa encima da minha cama. Sai do quarto tomei um banho, como não tinha pego roupa, fui de toalha pro quarto, coloquei um shorts curto, uma blusa de ombro caído, peguei meu celular e me deitei, fiquei pensando no drogado do Isac, não parei de pensar nele.
-DROGA ISAC, SEU IDIOTA. Falei gritando, já que não tinha ninguém em casa. Meu irmão só iria chegar depois das 8 horas, meus pais iriam chegar juntos, então, sou a única dentro de casa. Me assustei com um barulho vindo da sala, dei um pulo da cama e fui de manso até a porta, abri e o barulho voltou, como se estivesse quebrando algo, comecei a ir sem fazer barulho até as escadas, e quando cheguei, vi três pessoas mascaradas revirarem toda a minha casa. A que estava de costas tirou a máscara, e balançou o cabelo, e o reconheceria em algum lugar.
-E agora?
-Esperamos a gatota chegar e a matamos. Arregalei os olhos.
-E se a família dela chegar primeiro?
-A prendemos até a menina chegar. Sem querer, respirei um pouco alto, e todos olharam pra cima, corri até meu quarto e tranquei a porta, peguei meu celular, diquei o número do Isac, e começou a chamar.
-Oi gatinha. Ele parecia meloso no telefone.
-Não é hora de gracinhas, posso ficar na sua casa? Falei pegando algumas roupas e as jogando na cama.
-Claro, mas.... Alguém o interrompeu tentando quebrar a porta.
-O que é isso? Assim que ele fala, pego minha bolsa, tiro todo o material de dentro, coloquei de qualquer jeito a roupa e calcei uma sapatilha. Peguei o celular, abri a janela e quando estava pronta para pular, o entruso conseguiu quebrar a porta, olhei pra ele, fechei meus olhos e pulei. Na queda, machuquei meu braço, olhei a janela, vi o entruso olhando pra mim pela janela, e percebi que ele iria sair dali e vir atrás de mim. Me levantei e sai correndo em direção a casa do Isac, corri até não aguentar mais, aliás a casa do Isac fica depois da escola, e ela fica depois. Parei um pouco e comecei a andar mais devagar, aliás ainda não tinha comido nada, assim que vi a rua da escola, dei graças a deus, andei um pouco mais rápido. Assim que cheguei na escola, me sentei na escadaria dela, e resolvi ligar pro Isac, quando toquei no celular, vi Isac descendo a rua, sorri e assim que ele me viu, veio correndo até mim.
-Você está bem? Ele chega até mim, balancei a cabeça afirmando.
-Depois da briga, nunca pensei que ficaria feliz em te ver. Falei me encostando nele, já que eu tinha sentado ao meu lado.
-Vamos pra minha casa. Ele se levanta,  estica a mão pra mim, pego na mão dele e ele me puxa fazendo o ficar perto dele.
....
  Depois de irmos na lanchonete, fomos pra casa dele. Quando chegamos, ele abriu a porta, e parecia  ter passado um furacão na casa dele, arregalei os olhos e fiquei boquiaberta.
-Oque aconteceu aqui? Falei olhando pra ele.
-Meus pais não estão e vão ficar mais um mês fora. Ele fala bagunçando o cabelo.
-E vai ficar mais um mês assim? Voltei a ficar boquiaberta.
-Não a faxineira irá voltar amanhã, e depois que meus pais voltarem, irá ficar mais  um mês fora, só que meus pais irão contratar outra.
-Coitada da mulher, vai ter um ataque do coração assim que abrir a porta. Falei zombando da cara dele.
-Então, quer....
-Claro. Entrei sem mesmo antes dele perguntar.
  Me sentei no sofá, depois de me desviar de pacotes de salgadinhos, copos de festas, e almofadas no chão, ele se sentou junto comigo, passei a mão no olho esfregando-o,  estava ficando intediada, e por isso, com sono também.
-Que tal irmos pro meu quarto? Ele se levanta e vai para um corredor que parecia ser longo.
-Tabom. Falei meia desconfiada doque iria acontecer. Me levantei devagar e fui andando até ele devagar para ganhar mais tempo, ele suspirou fundo, balançou a cabeça e veio até mim, me pegou no colo e me levou até seu quarto, me colocou deitada na cama, enquanto fechava a porta.
-Oque vamos fazer agora? Perguntei, mas sabia que ele iria falar alguma besteira tipo: Vamos fazer algo proibido ou, vamos estudar, que pra ele, depois do estudo, sempre vem um beijo.
-Oque você quer fazer? Ele pergunta e senta do meu lado.
-Oque você quer fazer? Essa seria a pergunta ideal. Disse sorrindo, ele sorri junto, se aproxima, Droga, por que eu disse aquilo. Ele estava tão perto, que consegui sentir sua respiração.
-Na verdade. Falei me levantando.
-Queria tomar um banho. Falei expressão pensativa.
-O banheiro é a próxima porta. Ele diz bagunçando seu cabelo. Abri a porta e sai do quarto, fui até o banheiro e coloquei minha bolsa ba privada, eu não queria tomar banho, tinha tomado assim que minha casa foi invadida. Espera, cadê meu celular? Devo ter deixado no quarto do Isac. Abri a porta e fui em direção ao quarto do sujeito Isac, antes de entrar, ouvi Isac sussurrar algo.
-Como, se estou começando a ficar.... Ele faz uma pausa.
-Ela está no banho. Não vou entrar lá. Estou comecando sim a.... Outra pausa.
-Não importa. Não vou participar de nada que Ana planejar. Não pra Gabby. Tchau Lucas. Não vou mais discutir com você. Ele desliga o celular, espero um pouco e quando vejo que ele deitou na cama, entro, ele se assuta comigo.
-Você não estava no banho. Ele se levanta.
-Me lembrei que já tinha tomado banho antes de vir pra cá, então tomei um banho rápido. Falei procurando meu celular.
-Está procurando algo mocinha? Ele fica com um sorriso malicioso.
-Me devolve Isac. Só podia estar com ele.
-Toma, se conseguir pegar claro. Ele se levanta e vai até seu guarda-roupa, vou atrás dele, ele volta pra cama, vou novamente atrás. Ficamos assim por cinco minutos mais ou menos, só consegui pegar quando fingi ir embora, ai ele que veio atrás de mim, pulei e consegui pegar o celular, mas no mesmo pulo, me desequilibrei cai em cima dele, ele me pegou pela cintura, voltamos pro quarto e eu fiquei em cima dele na cama.
-Parece que você pegou. Ele fala com um sorriso meio malicioso, sai de cima dele e quando estava retornando ao banheiro para pegar minha bolsa, ele me pegou pelo braço e me jogou no meio da cama, subiu em cima de mim.
-Agora oque eu quero fazer. Ele se aproxima, e quando ele ia me beijar, o enterrompe com a mão no seu rosto.
 Ele viu que o parei, então se levantou e foi para porta,  me levantei e sentei na cama. Assim que ele saiu, várias perguntas vieram em minha cabeça, principalmente uma que estava disposta a pergunta. Fiquei observando aquele quarto branco com o tapete peludo preto, sua cama branca, a coxa azul bem escura, o quarda-roupa e o criado-mudo brancos, o espelho gigante ao lado do guarda-roupa, um puff preto do lado do criado-mudo, a cortina beje e uma cômoda branca. Me interressei no espelho, me levantei e fui em direção a ele, fiquei me olhando e percebi que meu cabelo estava meio despenteado, passei os dedos entre ele fazendo abaixar um pouco os fios rebeldes, percebi que minha roupa estava um pouco inapropriada para ficar sozinha com um menino igual ao Isac, meio pervertido, na verdade, pervetido até demais. Parei de me olhar e fui a porta, olhei o corredor que parecia meio quieto, fui até o banheiro, peguei minha bolsa, voltei ao quarto do Isac, coloquei minha bolsa encima do puff, sai do quarto e fui até a sala que parecia estar muito quieta, foi quando ouvi  barulho de panela caindo no chão, corri para a cozinha e quando vi como ela estava, fiquei boquiaberta.
-Que milagre essa cozinha estar assim, bem diferente da sala não? Falei e realmente fiquei bem surpreendida, a cozinha estava tão arrumada, diferente da sala.
-Pois é, aprendi a não deixar a cozinha desarrumada. Ele fala mechendo na panela que estava no fogo.
-Quer ajuda? Falei me aproximando.
-Não, pode deixar que eu faço as coisas aqui. Eu estava sentindo um cheiro de chocolate, e quando me aproximei, ele estava fazendo chocolate na panela. Passei o dedo, me afastei e coloquei-o na boca, sorri ao ver a cara brava de Isac.
-Aonde tem sacola? Falei olhando para todos os lados, até ver um puxa-saco,  fui até ele e peguei 4 sacolas de plástico. Fui até a sala, suspirei bem fundo e comecei a pegar a bagunça que Isac havia feito naquela sala, comecei pelos copos, assim que terminei de pegar todos os 23 copos de festa, fui aos pacotes de salgadinhos. Peguei os 19 pacotes de salgadinhos, só falta as almofadas. Arrumei o sofá e coloquei as alfamodas no seu devido lugar, pequei as 2 sacolas de plástico, fui a cozinha e coloquei-as no lixo, o Isac ficou me olhando enquanto mexia no celular, fui até a lavanderia, peguei a vassoura, passei pela cozinha novamente e fui a sala, comecei a varrer aquela enorme sala, assim que terminei de varrer, me sentei no sofá e suspirei aliviada, Isac apareceu com uma bandeja na mão e na bandeja, havia pequenas taças com chocolate dentro.
-Nossa você limpou toda aquela bagunça? Ele fala surpreendido.
-Sim, fui eu.
-Nossa, parabéns. Ele se senta do meu lado, colocando a bandeja na mesa de centro e pegando uma taça.
-Toma, essa é para você. Ele diz e me dá uma taça pequena com o chocolate dentro.
-Você colocou algum veneno dentro ou alguma pílula que te deixa louco? Falei olhando para ele.
-Claro que não, senão teria colocado no doce inteiro.
-Ingraçadinho. Falei e peguei a outra taça pequena que continha chocolate.
-Prefiro essa. Falei, peguei uma colher e provei do delicioso chocolate daquela taça pequena.
-Nossa, como você é bom em duas coisas. Falei com o chocolate na minha boca.
-Em que?  Ele falou se aproximando, me levantei e fiquei de frente dele.
-Em cozinhar e fazer bagunça.
-Só isso? Ele fala com um olhar malicioso. Me sentei no sofá olhando para a frente. Ele estava se aproximando tanto que tomamos um susto com algum toque de celular, depois de alguns segundos descobri que o celular tocando era o meu, sai correndo, entrei no quarto e fui até minha bolsa, pego meu celular e atedo faltando poucos segundos para ele desligar a ligação.
-Alô?
-Gabby aonde você está?. Ela parecia estar preocupada.
-Pode ficar tranquila, estou na casa do Isac.
-Pelo menos você está bem. Ela suspira parecendo aliviada, quando ouço um barulho.
-Oque foi isso mãe? Perguntei meia assustada.
-Invadiram nossa casa, mas fique tranquila, e não saia da casa dele, pelo menos ele vai te proteger. Ela parecia estar chorando e muito, ouvi um grito dela e a linha caiu. Uma lágrima caiu do meu rosto, eu deveria ter avisado eles quando sai de casa. Me sentei na cama de Isac e várias lágrimas começaram a cair do meu rosto. Isac se sentou do meu lado, coloquei a cabeça em seu ombro, ele começou a fazer carinho no meu rosto, oque me fez ficar mais relaxada e cair no sono.