Híbrida?

#8

  Assim que vi Isac, por algum motivo, lágrimas saíram do meus olhos.
-ISAC. Gritei já que ele estava olhando para todos os lados.
-GABBY. Ele grita e vem em minha direção.
-Você está bem? Ele pergunta me abraçando forte.
-Estou. Falei o abraçando mais forte, um perfume bom invadiu minhas narinas que, por algum motivo, só consegui sentir e pensar naquele cheiro.
-Vamos sair daqui, não é mais seguro ficar aqui. Ele desfaz o abraço e pega na minha mão, apenas sinti um frio na barriga. Ele me puxou até o final daquele matagal, depois pegou minhas duas mãos.
-Você se machucou muito? Ele fica na minha frente.
-Eu não me machuquei, só fui arrastada pelo.... Uma dor imensa formou nas minhas costas, cambaleei para trás, apenas senti mãos pesadas pegarem minhas costas e desmaiei.
Acordei no colo de alguém, estava de noite e essa pessoa estava correndo, sua respiração estava muito ofegante, poderia deduzir que era Isac, pela cabeleira loira, olhos azuis e aquela pele macia e quente. Fechei meus olhos mas, fui obrigada a abri-los novamente depois de ser jogada brutalmente no chão.
-Ai, o que é...... Fui interrompi por um grito de Isac. Me levantei e sai correndo em sua direção, mas a noite não ajudou muito, perdi-o de vista assim que ouve uma curva no meio das árvores. Tentei gritar mas parece que apenas piorou a situação, barulhos de grilos aparecia quando gritava. Comecei a ficar mais desesperada por não encontrar Isac, lágrimas começaram a cair do rosto, estava chamando Isac baixo por causa das lágrimas, até ouvir barulhos de passos por trás das árvores, enxuguei as lágrimas e fiquei em posição de luta.
-Olha que temos aqui, uma criada ou prostituta? Logo em seguida pude ouvir risos.
-Quem são vocês e oque vocês fizeram com meu amigo? APAREÇAM. Gritei e pessoas sairam de trás das árvores emcapuzadas.
-Somos igual a você, e não se preocupe, seu amigo vai ficar bem se você for boazinhha e virar nossa empregada. Falou uma com voz de homem.
-Mas não vamos nos divertir com ela? Falou outra com voz de homem também.
-Vamos, mas primeiro o rei, depois nós. Falou outro homem.
-Pera, são todos homens? Falei me afastando.
-Sim então.... Ele se aproxima, e com um passo, vai para trás de mim.
-....seja boazinha. Ele sussurra no meu ouvio enquanto amarrava minha mão. Tentei me debater, mas foi em vão, os outros "amigos" foram até onde estávamos e o ajudou. Assim que amarraram meus pés e minhas mãos, colocaram um pano na minha boca.
Um deles me pega no colo e começa a me carregar, novamente tento me debater, mas sem sucesso, ele eram tão forte, que preferi ficar quieta.
  Depois de uma caminhada, chegamos a um lugar onde parecia ser um campo de batalha. Me jogaram no chão como se eu fosse uma embalagem qualquer, pude ver melhor oque estava acontecendo assim que levantei o rosto para xingar-los, eles estavam fazendo fogueira e montando barracas, enquanto, num canto, havia uma pessoa sendo massacrada, por um momento pensei que era Isac, mas as esperanças mudaram quando a pessoa mascarada saiu do canto para se reunir a reunião que estavam fazendo. Decidi me arrastar para perto desse garoto ensanguentado.
-Você está vivo ainda? Perguntei como se não está se na cara que não.
-Me aju....da a......sa..sair da....daqui, por....fa....favor. Ele gagueja enquanto sangue saia pela boca.
-Vamos sair daqui, eu prometo. Sorri tentando alegrar o clima.
-Obri...obri....
-Não fale mais nada, senão piora, descanse um pouco. O interrompi. Ele simplesmente fechou os olhos e acabou dormindo. Fiquei admirando oque havia retado do garoto, cabelos chocolates, pele parda e um olho que parecia ser meio chocolate. Me encostei na pedra atrás de mim, estava cansada, e a única coisa que eu queria era saber se o Isac estava bem. Acabei dormindo de tanto pensar no peste.
....
-Me solta seu retardado mental, monte de bosta.... Falava enquanto me debatia para soltar, até ser interrompida por um tapa na cara.
-Cala essa boca, mercadoria. Eles riram assim que o "amigo" acabou de falar. ( Resumindo um pouco: acordei com um tapa na cara, depois fui arrastada bruscalmente, e agora estou aqui, sendo chamada de mercadoria.)
  Entramos numa imensa porta, dentro de uma montanha, o garoto que estava comigo estava sendo arrastado na frente. Assim que fui jogada novamente na frente, pude ver uma pessoa sentada numa espécie de trono.
-Senhor, a criada. Um dele falou com a cabeça baixa.
-Saiam da sala, quero ficar a sós com ela. Sua voz era grossa, não podia ver seu rosto, porque estava com capuz, todos saíram carregando o garoto.
-Como se chama menina? Sua voz ecoava naquela grande sala.
-Ga..Gabryelly. Gaguejo um pouco, ele se aproxima, desamarra o meu pé e me levanta.
-É bonita, tens belas curvas, e um cabelo lindo. Ele fala tocando no meu cabelo.
-Oque você vai fazer comigo? Falei seguindo ele com o olhar.
-Vou me divertir, depois será mercadoria para o pessoal lá fora. Ele ri. Meu coração disparou, não consegui controlar minha respiração.  Ele pega no meu ombro por trás de mim, e começa a tirar a blusa lentamente, como se estivesse me provando. Queria soca-lo, mas meu corpo não obedecia, estava quase chorando, mas isso iria piorar as coisas, engoli o choro e ergui a cabeça, até ele conseguir retira-la por completo. Ele foi para a frente e começou a desabotuar minha calça, quando estava começando a tirar, um dos homens entrou correndo na sala.
-Senhor, temos problemas lá fora. Ele parecia ter corrido muito, sua respiração ofegante.
-Cuide você, estou ocupado. Ele continuava a tirar a calça.
-Mas se.... Ele parou de falar, o rei também parou e foi ver oque estava acontecendo, me virei e o homem estava esticado no chão com uma possa de sangue em sua volta, logo me lembrei do sonho, me desesperei ainda mais.
-Ocupado? Você está ocupado com ela? Uma voz surge por trás da porta era reconhecível, mas dificilmente de lembrar, até que ela abre. Fecho meus olhos, prevendo oque iria acontecer.
-E ela está ocupada com você? Ouvi barulho de cadeira ou algo do tipo cair, o rei gritar e um rosnado de cachorro aparece parecendo pular no rei. Um pingo de algo caiu no meu rosto, gemidos de alguém estava ecoando na sala. Até ficar tudo em silêncio, estava com muito medo, alguém encostou a mão em meu ombro, e de tanto medo, eu pulei.
-Não me machuque, por favor. Falei com os olhos fechados.
-Eu não vou te machucar. Ele fala e desamarra minha mão, abro meus.
-Você? Falei em dúvida, era aquele garoto ensanguentado.
-De nada. Ele riu.
-Mas co... Ele me interrompe.
-Havia algumas pessoas infiltradas aqui, aquelas que estavam me carregando eram meus amigos, então assim que sai daqui, fui levado direto para cozina daqui, eles cuidaram de mim e aqui estou. Ele ergue os braços como se estivesse mostrando que ele estava ali, riu pela tal atitude.
-Então.... Ele coça a parte de trás da cabeça.
-....vamos sair daqui? Ele me olha sem jeito.
-Claro. Pego em sua mão sorrindo, ele retribui o sorriso e saimos daquele lugar de mãos dadas.