#14

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Acordei com Daniel me chacoalhando.
-Vamos Gabby, acorda. Ele sussurrava.
-PARA DANI..... Ele coloca a mão na minha boca. Abro o olho e vejo que ele estava com o dedo indicador na boca, em sinal de silêncio. Tirei sua mão da minha boca e me levantei, percebi oque ele queria dizer, ao ouvir um barulho lá fora, um medo repentino me veio. Fui para trás de Daniel e o abracei com os braços e pernas tentando me esconder, já ele, colocou seus braços em minhas costas, como se estivesse me abraçando. Eu respirava o mais devagar possível, tentando não fazer barulho, quando uma sombra em formato de pessoa apareceu por fora da barraca, e foi a rodiando até chegar a "porta" da barraca. Meu medo foi ficando maior ao ver que esse ser estranho, consegue pegar o zíper, e quando ela abre, agarro Daniel e ele faz o mesmo.
-Gabby? Falou o ser estranho.
-Isac? Falei me levantando. Não estava acreditando no que estava vendo, depois de dias, ele resolve aparecer, e assim do nada, e ainda por cima, em outro mundo. Não aguento de emoção, me levanto e abraço ele, e ele faz o mesmo.
*cof cof. Daniel solta uma tosse quebrando o abraço.
-Daniel, esse é Isac, Isac este é Daniel. Isac estende a mão em forma de comprimento, Daniel nem liga, e cruza os braços.
-Não pode ser. Fala Daniel confuso e quase sussurrando.
-Como não? Falei também de braços cruzados, olhando para Daniel.
-Ham...... nada. Ele olha para mim.
-Daniel, algum segredo? Olhei para ele ainda mais séria
-Nã.....Sim. Ele abaixa a cabeça e desmancha os braços cruzados. Não falo nada, apenas continuo olhando séria para ele, e perguntando a mim mesma qual seria esse segredo?. Ele decide se levantar, pega minhas duas mãos, olha fundos em meus olhos e dá suspiros profundos.
-Gabby, não fica brava comigo, tá..... Outro suspiro profundo.
-Antes de virmos pra cá, ele tentou lutar contra bichos horrorosos, maus e com mal-alito, infelizmente, aqueles bichos com mal-alito, trabalhavam para mim e, quando seu, amiguinho chegou, precisei enfiar um faca no estômago dele. Ele continua olhando no fundo dos meus olhos, já o mesmo, estava cheio de lágrimas.
-Gabby..... Soltei minhas mãos dele.
- ....... Dorme.
-Que? Foi a última coisa que eu disse antes de capotar nos braços de Daniel.

Daniel on

Depois que ela dormiu nos meus braços, a coloquei no chão, e peguei uma faca perto da minha bolsa, que, por coincidência, estava perto dela.

-E aí Daniel, oque você vai fazer, eu já tenho uma idéia. Me levanto, e vejo que "Isac" estava com um sorriso estranho no rosto, não conseguia distinguir se era de malícia ou sarcasmo.
-Seu retardado, finjindo ser um humano. Falei escondendo a faca nos elásticos do shorts e a tampando com a blusa.
-Preferi roubar a identidade. Ele fala voltando ao seu real corpo.
-Oque você vai fazer com ela? Mata-la pra fazer carne assada? Ou simplesmente, vai se aproveitar dela e joga-la fora? Ele passa a enorme unha no rostinho delicado dela.
-Sai dai, ela não precisa saber de nada disso, mas...... Eu sei oque vai acontecer com cada um de nós...
-"com cada um de nós"? Ele pergunta com um sorriso, me aproxjmo dele.
-É, com cada um de nós. Sorri, tirei a faca do elástico do shorts e enfiei no estômago dele (Tudo em questão de segundos), e ele, colocou uma mão no meu ombro, a outra na parte onde estava a faca e ficou trocando de forma, de "Isac" a monstro, e monstro a "Isac".
-Você me paga, Daniel. Ele caiu os meus pés ao falar isso. Suspirei fundo e sentei no chão pronto para chorar, "além de mentiroso, agora sou assassino". Pensei, engoli o choro, dei outro suspiro profundo, e dei a volta no corpo para pegar os pés do monstro, o arrastei até o rio, o empurrei bem forte, logo, o mesmo, sai boiando, me sentei naquela grama, e fiquei olhando o monstro boiando ao pôr do Sol. Fiquei tanto tempo ali, pensando, que nem percebi que já era noite, uma vontade de chorar me veio repentina, que deixei uma lágrima sair.
-Daniel. Ouvi alguém me chamar, reconhecia muito bem a voz, limpei a lágrima, olhei para trás e sorri pra ela.


Gabby on

Acordei assustada, já que havia tido um sonho muito estranho, percebi que já estava de noite, "eu estava falando com Daniel, quando ele falou pra mim dormir, e ...... CADÊ TODO MUNDO? ", fiquei pensando tanto em outras coisas que mal me dei conta que estava sozinha. Vou pra fora, olho primeiro a floresta, vejo um breu, olho para o rio e vejo Daniel sentado na grama, olhando para o horizonte.
-Daniel. Falei e percebi que ele limpou uma lágrima, logo olhou pra mim, e sorriu.
-Oi dorminhoquinha. Ele falou com uma voz meio de choro, meio de alegria, mas disfarçando a tristeza. Caminho até ele, e me sento do seu lado, o mesmo, acompanhou com os olhos.
-Quer falar alguma coisa ou conversar, Daniel? Olhei para ele, o mesmo soltou um risinho irônico.
-Você continua fofa, né? Ele olha pra mim com um sorriso, tentei me manter séria, mas acabei sorrindo junto.
-Me desculpar por..... Uma pausa muito suspeita dada por ele.
-....por fazer você dormir. Ele olha para o horizonte e vejo seus olhos cheios de lágrimas.
-Tudo bem. Falei me deitando em seu ombro, o mesmo, deitou na minha cabeça. Ficamos olhando o horizonte, várias imagens da minha família passou pela minha cabeça. Depois de alguns minutos, sinto lágrimas caindo no meu rosto. Levantei minha cabeça e vi Daniel chorando, e aquilo me cortou o coração.
-Ei, não chora. Passei os polegares perto de seus olhos e fui enxugando as lágrimas (Ou pelo menos, tentando), sorri para ver se o alegrava, mas, não deu certo.
-Se eu te falar que estou com uma fome, você acredita? Falei meio que fazendo mímicas, ele soltou uma gargalhada tão gostosa, que ri junto.
-Vamos comer alguma coisa. Ele falou se levantando, me levantei junto, começamos a andar, até que ele parou na minha frente, se virou meio confuso, coçou q parte de trás da cabeça e ficou procurando palavras para falar oque realmente queria.
-Fala logo caramba. Cruzei os braços e franzi a testa.
-Calma Gabby. Ele fala colocando as mãos dele no meus ombro.
-Você sabe caçar? Ele olha fundo nos meus olhos.
-Na verdade.....eu acho....... que......que não. Abaixei a cabeça, pois havia caído a ficha.
-Não tem problema, eu te ensino. Ele da um sorriso.
-Mas...... Sabia que havia mais alguma coisa maluca no meio.
-Vai tenque ser amanhã. Falei.
-Eu to com fome agora. Fiz uma manhazinha.
-Fica na barraca que eu vou caçar vai. Ele revira os olhos.
-Arygato. Falei fazendo a reverência japonesa.
-Mas..... Outra coisinha no meio.
-Arruma a barraca para nós dormimos, porque to quebrado. Ele se espreguiça.
-De boa. Falei indo para a barraca.
-Daqui a pouco eu volto. Ele fala pegando em meu pulso e me levando até seu corpo quente.
-E o beijo de despedida? Ele coloca uma mecha do meu cabelo atrás da minha orelha. Não aguentei e parti pra sua boca, dando o maior beijo nele, que a propósito, foi de língua. Depois de alguns segundos, nos soltamos por falta de ar.
-Tchau. Ele beija minha testa.
-Até logo. Falei danfo um sorriso, e ele correu paa dentro da floresta. O vento bateu bagunçando todo o meu cabelo, mas isso não importava, pois parecia que eu nunca mais o veri nova

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