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  Depois de andarmos, pegarmos um ônibus e continuamos a andar todo aquele local que desconheço, que só havia árvores e gramas. Acabamos chegando numa chacará, onde segundo Isac, passava as férias ali, no meio disso tudo, fiquei um tanto curiosa ( No momento, estamos parados em frente a chacará).
-Isac, porque não ficamos em sua casa? Falei algo antes de entramos e me deparasse com aquela chacará, que já por fora, era linda.
-Por que estamos sendo perseguidos. Ele abre os portões e entramos, olhei em volta, fiquei boquiaberta e encantada com a beleza que era por dentro, as árvores pareciam ser bem tratadas, um canteiro mais que maravilhoso em volta da entrada da casa, que havia uma pequena escada de madeira com corrimão e uma varanda com três cadeiras de balanço, uma rede vermelha e uma mesinha junto as cadeiras de balanço. Depois de observar a beleza de fora, entramos dentro da casa, que tinha uma porta de vidro que corria, mas tinha uma pequena fechadura nela, fiquei mais boquiaberta ainda com oque vi, cada móvel em seu devido lugar, o sofá de couro no centro daquela enorme sala, a TV Plasma dentro de uma estante, a mesa de vidro de centro, uma estante cheia de livros logo atrás, um pouco distante, a mesa que aparenta ser de madeira com o vidro em cima, um pequeno muro, por trás do muro, deveria ter uma enorme cozinha, e um corredor longo, parecendo que nunca iria acabar. Mas, consegui desviar minha atenção para outra pergunta, para não me perder muito ( Se eu já não estava perdida).
-Quem está nos perseguindo? Ele entra no corredor, vou atrás dele e o vejo entrar por uma porta.
-Não sei direto, mas desconfio que Ana está por trás disso. Ele joga as sacolas do shopping na cama.
-Esse é seu quarto? Perguntei esperando o óbvio.
-Sim. Aquele quarto de com roxa mecheu comigo, o endredon da cama roxo, o abajur roxo, paredes roxas e tapete roxo, as únicas coisas que não é roxa, são seu guarda-roupa e seu criado-mudo. Ele vai para dentro de uma porta, que parecia ser o banheiro, olhei para fora do quarto, e vi o corredor, o silêncio invadia de um jeito a casa, que podiamos escutar apenas grilhos. Isac acabou por me assustar, colocando a mão em minha cintura.
-Que susto. Falei enquanto recomponho a respiração.
-Oque foi que você não tirava os olhos de lá? Ele aponta para o fundo.
-Não sei, acho que estava vendo o vazio envadir a casa. Falei voltando a olhar pro nada do corredor.
-Mas...aonde é que irei ficar? Falei olhando para ele que logo percebi estar sem camisa, ele não tinha nenhum abdômen perfeito, mas também não era daqueles que tinham barriga por demais, parecia que malhava, ou algo do tipo. ( Sim, eu estava perdida e olhando para a barriga dele descaradamente). Voltei a olhar para os seus olhos que por algum motivo, olhava os meus.
-Isac... Falei me recompondo e me afastando dele.
-Aonde é o meu quarto mesmo? Falei olhando o do lado.
-Tem mais três quartos, que um é dos meus pais e os outros dois são dos hóspedes.
-E aonde fica um quarto simples aqui? Falei olhando o corredor, não queria ficar em um quarto chique, estou acostumada a ficar em lugares normais sem muita mordomia. Ele sai do quarto e vai para um, do lado do quarto dele.
- Acho que esse você vai gostar. Ele abre a porta, vou até onde ele estava e vejo um quarto lilás claro, ele tinha razão, aquele quarto era realmente lindo, a cama era de casal, seu endredon era banco e havia um ursinho branco em cima dela e vários travesseiros, um guarda-roupa branco, dois criado-mudos também brancos, tapede peludo branco. Entrei, coloquei as sacolas em cima da cama e fiquei olhando aquele quarto lindo, percebi que tinha um banheiro nele.
-Uma suíte? Continuei olhando o quarto.
-Você percebeu? Ele entra no quarto e vem até mim.
- Aqui todos os quartos tem suíte. Ele fala como se estivesse afirmando.
-Cara, como você acertou que eu iria gostar desse quarto? Falei andando e olhando em volta.
-Agente conviveu 5 anos juntos, e... Ele fala meio alto, mas o interrompo caindo no chão, depois de tropecar em um banquinho que não sei da onde surgiu, Isac tenta me pegar, mas não consegue, oque faz ele cair em cima de mim. Ficamos com os olhos arregalados, já que seus braços estavam em minha volta segurando seu corpo, e eu, imóvel com meus braços em volta de seu pescoço. Tirei meus braços depois de uns minutos nos olhando, ele se levanta e me ajuda a levantar.
-Eu vou preparar alguma coisa para nós comermos. Ele sai meio que vermelho por aquilo ter acontecido. Não consegui entender muito bem, na rua ele parecia ser um safado e agora, ele parecia um menino que nunca havia beijado. 
  Continuei olhando o quarto, depois joguei todas  as coisas da sacola em cima da cama, peguei uma roupa caseira, um shorts preto jeans até o meio das coxas, uma blusa vermelha com manga curta, resolvi tomarar um banho, estava meio que calor, entrei no banheiro, e ele era realmente enorme, uma pia grudada com a parede, um espelho enorme, uma banheira redonda enorme que cabia duas pessoas dentro, um chuveiro com uma cortina branca, mas dava para ver um pouco a pessoa do outro lado, e uma privada luxuosa branca. Vou experimentar tomar banho de banheira, liguei ela, e fui ao espelho, não estava com cara de cansada, nem meu cabelo estava desarrumado, fiz um coque no cabelo, comecei a tirar a roupa ficando de calcinha e sutiã, desliguei a banheira, terminei de tirar o resto e entrei na banheira, era realmente relaxante, vi um produto que falava "Bolhas de hidratação", claro que vi a validade, vai que aquilo já estava ali a muito tempo, por sorte, a data parecia estar certa, e aliás, o cheiro era ótimo, coloquei um pouco e logo fez espuma, agora parecia que eu estava num SPA, estava me sentindo tão relaxada que resolvi mergulhar, fazendo meu coque desmanchar na água, me assustei ouvindo o barulho de alguma porta bater, parei de mergulhar, e fiquei com o cabelo e a cara cheios de espuma.

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