É prazeroso imaginar que muitos dos meus segredos serão compartilhados com desconhecidos. Fico excitada em imaginar pessoas desconhecidas lendo o meu diário e ficando igualmente excitados.
Gosto da ideia de que outras pessoas sintam curiosidade a respeito da minha vida sexual e dos meus desejos. Fico molhada imaginando que os leitores possam me ver assim, completamente sem roupas e sem pudores, exatamente como eu sou. Publicar o que eu penso e sinto é muito mais ousado e desafiador do que postar uma foto minha sem calcinha. Embora eu também tenha vontade de expor meu corpo, não posso fazê-lo no momento para não expor minha identidade.
Mas se minha identidade não pode ser revelada, meus desejos podem ser compartilhados na internet e essa não é nem de longe a coisa mais ousada que eu já fiz na minha vida.
Eu também sinto prazer ao saber que outras pessoas me julgam e sentem raiva de mim. Eu gosto quando uma mulher me chama de puta, fico imaginando que ela no fundo me deseja e gostaria de dividir seu namorado ou marido comigo, mas não tem coragem de assumir para si mesma e sua frustração se transforma em raiva.
Gosto também quando um homem me chama de puta, piranha ou vadia. A minha experiência me ensinou que quando um homem te chama de puta ou vadia é porque ele quer te comer e na maioria das vezes o desejo que eles sentem é tão forte que eles sentem raiva da gente, principalmente quando não são bem resolvidos. Os homens mais agressivos são justamente os que mais carregam frustrações consigo. Eu particularmente prefiro levar para a cama os homens bem resolvidos, assumidamente safados que gostam de putaria e que não se incomodam com a sexualidade feminina. Mas, eu confesso que gosto de provocar homens machistas, moralistas e reprimidos.
Por ter tido uma educação conservadora, muitas vezes eu tive que reprimir meus desejos, me contentar com minha imaginação e com meus dedos. Todo mundo gosta de sentir desejado, faz bem para o ego e para a vaidade. Mas, algumas mulheres se ofendem com alguns comentários e olhares masculinos. Eu não me importo nenhum pouco, gosto quando um homem olha para a minha bunda e se imagina me comendo de quatro.
Acabamos de nos conhecer e todos ainda estamos vestidos. Alguns de nós usamos os rótulos que foram de nossos pais, esteriótipos que ganhamos de nossos amigos, preconceitos que herdamos ou compramos ao longo da vida. Muitos de nós usamos como roupa a vergonha de nosso próprio corpo ou a vergonha de nossos desejos. Eu peço que tire suas roupas para ler meu diário e fique completamente a vontade para comentar, fazer perguntas safadas, descrever suas próprias fantasias e até mesmo me ofender se isso te dá prazer.
Quando eu estou vestida uso a roupa desenhada pela minha família, sou a mulher educada, que todos classificam como boa moça ou comportada. Quando estou nua, eu sou eu mesma, uma mulher que adora sexo, fica excitada facilmente e acredita que ter prazer é o principal sentido da vida.
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O escandaloso diário de A.J
RandomO escandaloso diário de A.J de Ayla Janeiro. A.J é uma mulher que leva uma vida dupla, para sua família e amigos ela é a boa moça, o modelo perfeito da "mulher pra casar". Em seu diário A.J descreve alguns segredos e detalhes de sua vida sexual que...