Finalmente eu cresci, mas infelizmente não poderia fazer tudo o que desejava. Minha mãe sempre foi muito severa com a nossa educação, dizia que unhas compridas e vermelhas é coisa de mulher vagabunda. Que mulher que fuma não presta, que é errado casar várias vezes ou ficar caçando macho na rua. Na opinião da minha mãe seria vergonhoso ter uma filha que busca sexo pelo sexo, que não espera por um príncipe encantado ou por um homem perfeito. Ela ficaria horrorizada ao saber que ao invés disso, eu desejo qualquer homem que tenha uma pica gostosa e queira me foder.
Minha família é bem conservadora, o divórcio é um tabu para os meus pais para você ter uma ideia.
Eu nasci em uma família grande, não tenho do que reclamar e eu amo minha família. Apesar de achá-los caretas eles são maravilhosos e ficaria muito triste se eles se afastassem de mim.
Meu maior medo é que minha família tenha vergonha de mim, tenha vergonha de quem eu sou e por isso passei a vida toda escondendo minha verdadeira personalidade. Exatamente como qualquer outra pessoa sempre tive medo de ser rejeitada ou julgada e desde muito cedo tenho me esforçado para agradar minha família como se estivesse tentando pedir desculpas pelo que eu sou.
Desde muito pequena sempre ajudei em casa com os serviços domésticos, sempre estudei bastante para não cair no esteriótipo de gostosa burra. Sempre fui uma boa aluna, evitei confusões, tirei boas notas, fiz faculdade e no trabalho tento ser sempre a mais profissional. Sou um pouco competitiva e sei que minha presença incomoda, mas eu me divirto com isso. Eu sei que qualquer um dos meus segredos podem ser usados para destruir a imagem de garota perfeita que eu construí com tanto esforço. Por outro lado, acabei ficando presa nesse personagem de moça comportada e não sei mais como me libertar disso.
Durante anos reprimi meus desejos e minha verdadeira personalidade e isso me levou a ficar doente. Eu tive uma forte depressão a partir dos quinze anos de idade que durou muitos anos, tive insônia, distúrbio alimentar e síndrome do pânico. Sempre quando aparecia alguém interessado em mim querendo me conhecer ou namorar comigo eu ficava muito triste, porque no fundo ele estava interessado no meu personagem de boa moça. Eu ficava triste ao imaginar que muitos dos homens que gostavam de mim me julgariam se soubesse a verdade. Estar com eles seria mentir para eles e mentir para mim mesma, isso me fazia chorar e me fez manter distância de relacionamentos.
Para justificar a falta de namorados ou paixões eu sempre usei a desculpa de que estava focada nos estudos, trabalho e carreira. Mas, parece que quanto mais você foge das pessoas mais elas querem saber da sua vida. Quanto menos você fala da sua vida amorosa mais interesse desperta nos outros.
Para tentar entender o que acontecia com minha cabeça eu procurei respostas e apoio em tudo o que é lugar, inclusive na religião. Nessa luta para destruir quem eu sou e tentando me transformar em uma pessoa que os outros aprovariam eu desenvolvi um certo medo de contato físico com os homens, ironicamente a coisa que eu mais desejava era também o que eu mais temia.
Eu me transformei em um vulcão adormecido e coberto pela neve. Mas, tentar controlar todos os desejos que eu sentia só me fez mal e quando assumi para mim mesma que eu não era e não queria ser uma pessoa certinha, passei a fazer tudo o desejava, de preferencia com pessoas que não fazem parte do meio em que eu vivo para não correr o risco de ser desmascarada pela minha família ou amigos.
Sempre evitei também sair com colegas da faculdade ou trabalho para não despertar suspeitas e fofocas a meu respeito. Ao mesmo tempo que sair escondida, fazer sexo casual com um desconhecido me enche de medo de ser descoberta é muito prazeroso. É estranho eu sei, ao mesmo tempo que sinto tristeza por ter uma vida dupla, mas no fundo eu gosto de ser as duas pessoas que eu sou, essa situação é muito confortável.
É sempre assim, antes de sair com alguém vem toda aquela adrenalina de quem está fazendo algo escondido, algo "proibido", durante o sexo a sensação é de liberdade total. Mas, quando eu volto para a casa vem aquela tristeza, não é arrependimento ou culpa é uma leve melancolia que logo passa.
Nua na frente do espelho eu vejo meu corpo gostoso e passos minhas mãos pelo meu corpo. Eu toco minhas coxas, sinto minha pale macia, minha mão direita passa pela minha barriga e acaricia meus seios. Com as duas mãos eu eu acaricio meus seios e penso no quanto é gostoso tê-los chupados por desconhecidos cheio de tesão, nesse momento vejo meu rosto no espelho com um sorriso malicioso. Com as duas mãos eu seguro meus longos cabelos escuros no alto da cabeça e me viro de costas, olho minha bunda e rebolo gostoso pensando no tesão que desperto nos homens. Me viro e novamente de frente para o espelho deixo que minha mão toque meu sexo, meu dedo acaricia e fica úmido enquanto penso o quanto é gostoso ser chupada. Enquanto toco eu olho meu rosto do espelho, quero ver minha expressão enquanto sinto prazer, mordo meus lábios e agora toco com mais força. Sinto meu coração acelerar e minha respiração fica mais agitada. Olho para o espelho e vejo o prazer no meu rosto, um leve gemido escapa da minha boca, sinto minhas coxas molhadas e penetro meu dedo indicador. Enquanto contraio meus músculos, sinto como se meu dedo fosse engolido e empurrado em uma sequencia de movimentos que me dá ainda mais prazer. Eu sinto minha boceta quente, macia e molhada.
Meu corpo está pegando fogo, transpiro tesão e minha mente vaga entre lembranças e fantasias. Um novo gemido e mais outro gemido, não consigo mais silenciar o meu prazer...
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O escandaloso diário de A.J
De TodoO escandaloso diário de A.J de Ayla Janeiro. A.J é uma mulher que leva uma vida dupla, para sua família e amigos ela é a boa moça, o modelo perfeito da "mulher pra casar". Em seu diário A.J descreve alguns segredos e detalhes de sua vida sexual que...