Capítulo I - O Professor

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KYLIE POV 

07H00 

Acordo com o alarme do meu telemóvel a tocar. Estou cheia de sono, devido à ansiedade de hoje ser o primeiro dia na universidade não consegui adormecer cedo. 

Levanto-me com muito custo da minha cama, dirijo-me à casa de banho, onde tomo um duche rápido. Assim que termino, pego na toalha pendorada num gancho para me secar. Enrolo a toalha no meu corpo, pego noutra toalha menor e enrolo no cabelo. Vou para o closet. E como estamos no início de setembro, está calor. Peguei numas calças mom jeans de cor clara, num cropped top preto e um cardigan bege. Em seguida, peguei nos meus nike dunk low pretos. Voltei para a casa de banho onde comecei a tratar do meu cabelo, passei um creme no mesmo para desembaraçar e penteei o cabelo. 

Peguei no secador para secar o cabelo. Assim que terminei, passei as mãos pelo cabelo só para o ajeitar. Lavei os dentes antes de começar a minha skin care. Depois peguei num creme hidratante e espalhei pelo meu rosto. Em seguida peguei no protetor solar de fator 50+ e espalhei também pelo meu rosto e pescoço. Para a make up, escolhi só colocar um rímel. Passei perfume e saí da casa de banho.

Peguei na minha mala que já tinha deixado preparada na noite anterior. Só coloquei o carregador do Iphone, caso fosse necessário. Peguei no meu telemóvel e saí do quarto. Desci as escadas e caminhei em direção à cozinha, onde estava a minha mãe. Kris Jenner, uma mulher de 42 anos, simples, bonita, atenciosa, organizada, trabalhadora, e que tem a sua própria loja de flores, mas que escolheu mal o marido, e neste caso o meu pai. Robert Jenner, de 53 anos e advogado. Um ser humano desprezível, que só se importa com o dinheiro e das suas queridas secretárias. Se acham que por ser advogado é pessoa? Enganam-se. 

Quando tinha 15 anos, o meu pai chegava muito tarde a casa. Dizia que tinha muito trabalho e reuniões até muito tarde, mentira. Ele ficou com um caso de uma mulher, Nicole Brown, que tinha sido acusada de assassinar o seu marido. Claro que para além de tratar do caso dela, também aproveitava para ter um relacionamento extraconjugal que durou cerca de um ano. A minha mãe veio a descobrir o sucedido e a partir daí as coisas descambaram por completo. O meu dito pai, chegou a ameaçar a minha mãe que a colocava em tribunal e que faria com que ela perdesse tudo, inclusive a minha guarda. A minha mãe acabou por ceder à chantagem com medo do que ele pudesse fazer. E com o passar dos anos, ele continuou a trair, a tratar mal a minha mãe e eu e até chegou a bater nela, o que a deixou com um olho negro e várias nodoas negras no braço. Eu já comentei com a minha mãe para apresentarmos queixa contra ele, ou até mesmo para ela pedir o divórcio, mas ela tem medo. Respeito a decisão dela, mas fico frustrada por não conseguir fazer nada e vê-la infeliz e com medo. 

Bom dia, minha querida! Pronta para o primeiro dia? - disse a minha mãe com um sorriso no rosto, enquanto colocava uma taça com cereais em cima da mesa. 

Bom dia, mãe! Estou pronta, mas ao mesmo tempo um bocado nervosa. - disse enquanto pousava a mala no banco alto, e me sentei no outro banco para começar a comer. 

Ah é normal, mas vais ver que vai correr bem. E também não vais estar sozinha, a Stassie vai estar contigo. - disse ela após um bocado do seu café.

Sim, aliás ela deve estar quase a chegar. Vamos juntas para a universidade. - disse, terminando de comer os meus cereais. Pego na taça vazia e na colher e coloco no lavatório. 

Ai que bom, querida. Bem, eu vou andando para a loja. Se precisares de alguma coisa liga-me, sim? - disse ela, pousando a caneca vazia no lavatório e pegando na sua mala que estava no canto do balcão. 

Está bem, mãe. Fica descansada. - disse sorrindo para a mesma. 

Adeus querida. E que tenhas um bom primeiro dia. - disse ela, dando-me um beijo na bochecha. 

Professor & Aluna | Jylie | ReescrevendoOnde histórias criam vida. Descubra agora