Um Amor Pra Mudar Minha Vida »» Twilight

27. Explicações - Parte 2

Pov's Bella

- Pai, eu sei que, o que fiz foi errado, que deixou o senhor preocupado e essas coisas, mas quero que você entenda meu lado - Suspiro quando vejo sua expressão de raiva.

- Fala logo Bella. Você está me deixando maluco.

Riley aperta mais suas mãos em volta de minha cintura em um gesto de proteção. Charlie estreita seus olhos percebendo a atitude de Riley.

- Pai, eu tive motivos suficientes para fugir daquele jeito.

- Não acho que haja motivos para você fazer isso comigo.

- Escute pai.

Me lembro de Edward quando Riley olha no fundo de meus olhos me passando coragem. Ele sempre fazia aquilo mostrando que me amava. Mas agora isso não fazia mais sentido. Não depois do que havia acontecido.

- Eu fugi daquele jeito porque...

Percebo que não consigo dizer as palavras certas. Toda aquela angústia me consumia impedindo-me de comentar sobre isso.

Mas não havia mais nada a se fazer. Meu coração já estava partido e qualquer coisa que eu dissesse não iria aliviar aquela dor.

Eu deveria saber disso. Deveria saber que isso poderia acontecer. Mas eu fui cega como sempre. Aliás, o amor pode dar o poder às pessoas de despedaçar você.

Charlie percebeu minha tensão e retirou sua expressão de raiva.

- ...Porque... Edward beijou aquela garota que eu atropelei acidentalmente. - Disse tudo de uma vez para não ficar com aquilo me corroendo por dentro.

- Pera aí Bella. O quê? Eu não entendi nada.

- Edward. Beijar. Leah. Garota que eu atropelei. Eu vi tudo e sai correndo sem pensar.

- Bella você não devia ter feito aquilo. Poderia ter vindo conversar e comigo.

- Pai. Como eu disse. Eu agi sem pensar.

- Tudo bem Bella, o pior já passou. Agora me conte sobre esse seu novo amigo.

Charlie destaca a palavra "amigo", tendo em mente que Riley está muito mais próximo de mim do que a maioria das pessoas.

- Charlie... - Começa Riley falando por mim.

- Chefe Swan para você - Charlie o corrige.

- Chefe Swan. Meu nome é Riley Biers. Conheci a Bella - depois que ela fugiu - em um beco - Charlie estreita os olhos - Aparentemente em perigo. Eu a salvei, felizmente, antes que acontecesse algo.

- COMO É, ISABELLA MARIE SWAN!?

- Calma pai. Não foi uma coisa que eu escolhi. Simplesmente eu estava lá na hora errada.

- Conte logo garota.

- Não se assuste pai.

O vejo ficar com mais raiva do que anteriormente, e isso me fez lembrar do dia em que minha mãe partiu. Sua expressão se encaixava perfeitamente com seu tom de voz naquele dia, mesmo não o vendo, eu tinha condições suficientes de imaginar seu rosto, porque eu o conhecia bem. Na verdade, muito bem.

- Eu não sabia, muito bem, onde estava,e ... Tinha alguém me perseguindo - Charlie arregala os olhos.

- E FIZERAM ALGUMA COISA COM VOCÊ BELLA? - Pergunta ele assustado agora.

- Não pai, Riley chegou bem a tempo para me ajudar.

Meu pai então olha pela centésima vez para Riley, só que dessa vez, não com um olhar de pai protetor, mas com de gratidão.

- Realmente devo lhe agradecer então Riley - Charlie se levanta para pegar a mão de Riley.

- Não foi nada Chefe Swan. Só pura sorte eu estar lá no momento certo - Riley olha sorrindo para mim.

- Tudo bem. O dia já acabou por hoje, para você especialmente Bella. Não pense que irá sair ilesa dessa - Eu bem que já esperava por isso - Riley foi um prazer conhecer você.

- O prazer foi todo meu Chefe Swan - Riley olha para meu pai e depois para mim - Preciso ir Bella.

- Tudo bem, eu acompanho você até a porta.

Caminhamos pela sala até a porta depois de ele ter soltado minha cintura, percebendo que eu não precisava mais ser escorada.

Passo por ele antes que ele chegue até a porta para abri-la.

- Então, verei você mais vezes? - Pergunto me despedindo.

- Se você quiser...

- É claro que eu quero.

- Então tudo bem.

- Tchau Riley, e obrigado por tudo que fez por mim hoje - Digo o abraçando.

- Sem problemas - Ele se vira sorrindo enquanto caminha em direção ao seu carro.

E essa foi, ao mesmo tempo, minha incrível e assustadora noite.

Incrível, pois, foi como um presente único ter conhecido Riley nesta altura do compeonato. Assustadora, pois, ainda iria ter que enfrentar Charlie daqui a alguns segundos e também meus sonhos horríveis.

...

Até agora estava tudo bem. Depois de ter levado várias broncas de meu pai - que ele não dissera enquanto Riley estava aqui - e também porque não sentir nenhuma das dores que eu sempre esperava em consequência desses acontecimentos. Mas, é claro que eu podia esperar por elas assim que deitasse em minha cama e fechasse os olhos. Ou melhor tentasse fechar. Hoje seria difícil.

Resolvi que deveria conversar com alguém para me sentir melhor, e que Charlie não seria uma boa ideia.

Peguei meu celular esquecido no fundo de minha bolsa moderadamente desgastada pelo tempo - de não uso - que resgataram de dentro da minha picape e disquei um número bem conhecido.

O celular tocou três vezes até atenderem.

Ligação on

- Alô - Diz a pessoa ao telefone.

- Ah... oi.. Emmett?

- Bella!? é você mesma? Como você está? Está tudo bem?

- Sim, sou eu Emm. Não precisa se preocupar. Eu estou bem.

- Bella você é uma louca. Como pode fazer isso comigo?

- Calma Emm. Eu quero contar tudo pra você. Será que você pode vir aqui em casa ficar comigo? Quer dizer, dormir aqui, por favor, eu preciso de você.

- Mas, e seu pai Bella?

- Ele já está dormindo. Não vai nem perceber que você está aqui.

- Tudo bem Bellinha. Eu vou.

- Obrigada Emm!

- É melhor eu ir agora antes que o Edward chegue com a Rosalie. Ele não precisa saber que eu irei até aí.

- Eu prefiro assim mesmo Emmett.

- Então está bem. Me espere na porta. Não quero ter o trabalho de chamar você sem fazer barulho.

- OK.

- Até daqui a pouco Bellinha.

- Até Emm.

Ligação off