A Rainha dos rejeitados

Capítulo 13

-- Achei que vocês ficassem talvez...-- Indaguei, tentando perceber qualquer sinal.-- Bom só perguntei, afinal amigos se preocupam não é?.

Quando Dereck ia falar algo, Marco nos chamou. Era Bridish, uma mulher de uns quarenta anos, dizendo que havia visto Chelly há dois dias atrás. Chelly estava com um homem aparentando ter uns quarenta, em um posto ali perto, o homem havia comprado bebidas e remédios. Bridish nos informou que Chelly parecia estar meio mole e "sonolenta". O que era horrível, Chelly estava sequestrada, o pior os rumores sobre ela se prostituir só pioravam... Nessa altura isso nem de fato importava, mas, isso para nós que a amávamos. As pessoas não a conheciam, ela não era popular, não era extremamente linda ou sensual. Para que chamasse a atenção e para que comovesse a todos... Parecia que ninguém se importava. Então rondamls o posto por dias, semanas, meses. Observamos as casas da região, ruas e bairros, perguntamos aos moradores. Nada. Ao não ser o vencedor que trabalhava na loja do posto, onde Bridish os viu. Ele nos falou as mesmas coisas que Bridish. Agora já sabíamos como o seuqestrador era: Branco, com uns um metro e noventa, loiro, olhos azuis, barba falhada, forte, com um estilo de motoqueiro...
Espalhamos cartazes novos, com a descrição do sequestrador, não informamos a polícia, ainda, pelo fato de Norah ter admitido, que fazia com que sua filha, Chelly se prostituisse... Brigamos com Norah e desde então procuramos por Chelly sem a ajuda de Norah ou qualquer contato com ela. No final de semana eu e Dereck marcamos de nos encontrar na praia e conversarmos um pouco.

-- Que loucura.-- Dizia Dereck, enquanto sentava na areia.-- Sabemos como ele é, pessoas viram eles no posto, mas, ninguém da vizinhança os viu...

-- É, também pensei o mesmo.-- Concordei, pensando se Chelly ainda estava viva.-- Não estou com um bom presentimento...

-- Eu também não.-- Dereck socou a areia, fazendo com que ela voasse em minha direção.-- Me desculpa, mas, sabe isso é tão horrível, me sinto impotente.

-- Você não é o único.-- Dereck olhou pra mim, com aquela cara de,--Ah jura?.-- Olha pelo menos estamos fazendo algo pra tentar achá-lá, estamos nos esforçando pra valer...

-- É mas, nada disso ta adiantando.-- Dereck fechou totalmente a cara, em uma expressão fria.-- Eu acho que logo logo vamos saber notícias. E não vão ser boas.

-- Eu espero que você esteja enganado.-- Disse meio que gaguejando, eu percebi que ia chorar ,então, me calei por uns minutos.-- Não quero acreditar, que isso ta acontecendo.

-- Eu sei.-- Dereck me abraçou.-- Sinto muito, eu tenho que manter as esperanças, você ta certa.

Fiquei sem reação, olhei por minutos para ele, enquanto Dereck observava o mar, naquele momento não havia mais nada, só eu e Dereck. O que fazia meu coração acelerar a todo minuto. Parecia que ele ia pular pela minha boca.