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As duas se encararam por segundos enquanto Alison pensava se podia realmente confiar em Emily e deixar que ela a levasse a se acostumar com Nova Iorque.
-Como pretende fazer isso, Fields?
A pergunta de Alison despertou uma ideia em Emily. Elas mal se conheciam, mas nada impedia que ambas tivessem o mesmo desejo: conhecer uma a outra melhor.
-Bom, eu te convido pra ir no Starbucks , você aceita, conversamos um pouco sobre você , eu te convido pra uma festa hoje e você aceita novamente.
DiLaurentis riu.
-Eu aceito o café.- desviou o olhar dos olhos negros de Emily para pegar sua bolsa.
-E a festa? -perguntou enquanto se dirigia até a porta .
-Vai ter que me convencer.
(...)
Emily
Alison era completamente diferente de todas as garotas que já passaram na minha vida, deixando marcas ou não. Algo nela me cativava de certa forma que as duas horas que passamos ocupando a mesa do Starbucks pareciam minutos.
Pelo pouco que me contou sobre sua vida, ela era completamente estável emocionalmente. Veio de uma família rica e foi criada pelo pai e pela mãe com uma relação boa com ambos e também com o irmão mais velho. Porém, não...nada me tirava da cabeça o que enxergava em seus lindos olhos azuis. Havia algo que teria que lutar pra descobrir. A cada segundo uma vontade súbita de ajudá-la com o que quer que fosse aumentava dentro de mim.
-Como eu dizia, nós mudamos de Atlanta para Rosewood. Foi algo bom pra mim, uma cidade pequena.
-Porque se mudaram?-bebi um pouco do meu frappuccino enquanto observei ela entortar a boca e tentar se esconder fazendo o mesmo com seu café.
-Problemas familiares. -ela disse simplesmente.
E ali estava talvez o que eu via nela. Uma porcentagem de tristeza, porém, eu sabia que seria ruim me meter na vida de alguém que conhecia a pouco. Confiança. Era apenas o que eu queria.
-E você Fields?
-Bom, eu vou resumir. -coloquei meu copo na mesa. -Meu pai morreu quando tinha um mês de vida em uma invasão a base militar que ele atendia. Minha mãe me criou junto com a minha tia e começou a exercer a profissão que tinha cursado depois que perdemos ele. Sempre moramos em Vancouver e foi lá mesmo que eu conheci a Hanna. Viemos pra cá a dois anos depois de cursar moda. Ela ganhou uma coluna no New York Times e eu faço alguns vestidos para coleções famosas, embora só ganhe dinheiro e não o mérito.
-Isso é muito injusto!-ela disse com seu tom indignado.- Deveria cobrar.
-Não... não quero reconhecimento. Só quero fazer algo que as pessoas sintam-se bem vestindo depois de pagar tanto pela peça. E o dinheiro que me pagam é bem considerável ,não posso reclamar.
-E vai viver assim?-riu.
-Claro que não. Mas sou só eu, enquanto for só eu... sim. Um dia, quando finalmente achar a pessoa certa eu vou parar e mudar toda a minha vida pra virar a pessoa certinha que sempre planejei antes de mudar pra New York.
-Você fala muito sabia?
-Não me culpe, você pediu.
Alison revirou os olhos irritada, mas soltou uma risada fofa.
-Então. Essa festa hoje...Um amigo nosso vai dar. Ele mora no décimo quinto andar, então se ficar bêbada vai ser salvo voltar pra casa.
-Eu aceito.
-Sério?!-sorri animadamente arrancando mais risadas dela.
-Sim ,Fields!
-Vai me chamar assim pra sempre, DiLaurentis?
-Talvez...
Engatamos uma conversa normal sobre besteiras como amizades e gostos especiais. Enquanto conversávamos sobre todas essas coisas eu dividia minha atenção entre suas palavras, minhas palavras e em como eu estava perdidamente afim de ficar perto dela.
(...)
-Emily Fields! - Ouvi Hanna gritar da sala enquanto eu arrumava os detalhes da minha maquiagem. - Estamos ficando atrasadas de mais, daqui a pouco a sua crush vai vir aqui te buscar em vez de você ir lá!
-Cala a boca! -contornei meus lábios com um batom vermelho.- E ela não é minha crush.
Me olhei no espelho. Devo admitir que estava até bem. Para completar o belo contorno corporal que o vestido vermelho e rendado nas costas me dava calcei um salto stiletto preto e saí do meu quarto encontrando Hanna em seus clássicos vestidos "princesinha perfeitinha" com saia rodada.
-Oh my...sua crush vai pirar!
-Marin ela não é minha crush. E ela ao menos gosta de mim.- resmunguei me dirigindo até a porta.
- Você disse que ela é lésbica não é?-assenti.- Então, você é bi, ela é lesbica. Qual é? Pode rolar.
Nesse momento em arrependi de contar a Hanna algumas coisas que Alison tinha me contado e sua sexualidade com toda certeza desse mundo deveria ter ficado em segredo por um tempo.
-Eu só quero ser amiga dela,Hanna.
Evitei mais bate boca e me dirigi até o outro lado do corredor e toquei a campainha esperando que Alison atendesse. E Deus...
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Muito obrigada por tudo ❤
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TWENTIETH FLOOR
Fanfiction[EM PROCESSO DE EDIÇÃO/CORREÇÃO] Nossos olhares se cruzaram, sorrisos se misturaram e em meio a todo aquele caos que trouxera ao meu coração, consegui a encontrar. Alison tinha paixão, ruínas e uma chama que gritava para ser vista e compreendida. E...