Closer past

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A/n: Estamos com quase 1,9k e over 100 estrelinhas!!!! Obrigada por tudo meu povo é minha pova. Não esqueçam dos comentários, não por mim mas por nós. Eu gosto de interagir com vocês,mas fica difícil sem que comentem qualquer coisinha. BOA LEITURA.

Alison

-Ali? senti meu corpo ser balançado ,mas ainda não conseguia abrir meus olhos . -Alison? - escutei a voz de minha mãe me chamar novamente.

Mais arrancos do meu corpo sem vida no sofá. Nada do tipo tinha acontecido comigo antes, desmaios sim, mas aquilo nunca que me lembre, porém, não era algo completamente estranho para mim. Senti o ambiente ficar alvoroçado .

-Alison!-foi a vez de Jason gritar, como se a culpa fosse minha. Eu queria abrir meus olhos e me libertar daquela merda de sonho, pesadelo ,lembrança, realidade, a merda que fosse.

-Emily, tenta você. -escutei Hanna gritar.Emily...

Senti um calor diferente pegar na minha mão .

-Ela não está fria. -a voz fraca dela sussurrou. -Ali?- o calor foi das minhas mãos para o meu rosto. -Por favor, eu estou aqui.

Algo doeu na ponta do meu estômago e depois minha garganta, as lágrimas que escorriam pelo meu rosto finalmente viraram um choro consistente e eu abri os meus olhos levantando do ombro de Jason e abraçando a primeira pessoa à minha frente que sabia ser Emily. Seus braços envolveram meu corpo

-Shii. -Emily sussurrou com uma voz rouca, ela queria chorar. -Está tudo bem.-suspiramos de alivio.

-O que aconteceu?- perguntei encarando minha mãe ainda agarrada a Emily.

-Você apagou, não sei. Quer ir ao hospital? -ela se sentou ao meu lado e passou a mão pelos meu fios de cabelo e eu apenas fechei meus olhos afundando o rosto entre o queixo e os seios de Emily.

-Não. -sussurrei mais calma.

...

Autor

A primeira hora na casa dos DiLaurentis passou rápido e todos evitaram falar sobre o acontecido de Alison enquanto ela estivesse ali. Emily dormiria com Alison ,é claro, e Hanna no quarto de hospedes ao lado.

As oito em ponto bateram e Emily terminou seu banho deixando Alison tomar o seu e desceu . Tinha sido combinado de que todos iriam descansar ao máximo pela amanhã para ir visitar o pai de Ali a tarde.

-Como ela está?-uma Hanna preocupada perguntou. Cabelos molhados, um vestido -suéter cinza e seus braços cruzados.

-Bem...?- Emily recuou os ombros. - Eu digo...ela não disse mais nada sobre.-

-Eu não sei ao menos dizer o que ela teve...se foi um desmaio misturado com um sonho. -A loira respirou fundo .

-Nem eu Han. Mas eu tive muito medo de que ela não acordasse daquilo. Ela parecia tão angustiada.

Hanna segurou a mão da amiga de infância e levou ela até a janela da sala, olhando a chuva cair.

-Eu acho que é hora de ter uma conversa com a mãe dela enquanto é tempo.- Emily a olhou e revirou os olhos .-Eu não criei intimidade com ela pra isso Hanna.

-Emily...vai por mim. Uma mãe sabe o que é bom para o seu filho.

Mais uns minutos de resistência Emily finalmente se foi deixando Hanna contemplar a chuva sozinha. Desviou dos imensos sofás, atravessou um pequeno hall de entrada e chegou até a cozinha onde o cheiro do jantar invadiu seu pulmão. O cheiro era tão... mãe.

-Ah,oi Sweetie.-Dona Jessica deu seu sorriso amarelo e voltou a mexer nas panelas.

-Precisa de ajuda?- ela permaneceu encostada na porta , um pouco acanhada

Jessica pensou por um segundo:

-Na verdade sim. -a mais velha secou as mãos no pano de prato em seu ombro e levou alguns legumes até a bancada enquanto Emily lavava as mãos. - Não corte os dedos.-riu.

-Claro. - Emily sorriu docemente e começou a fazer o que Jessica a pediu montando um jeito de chegar a onde queria sem assustá-la.

O tempo passou daquela forma, mas pouco a pouco Emily tentava se aproximar e então quando viram estavam sentadas à mesa com fotos de Alison e família em mãos.

Emily

-Alison sempre odiou fotos.- a mais velha à minha frente sussurrou olhando para uma de suas fotos e eu ,distraída com a menininha loirinha de vestido branco no pedaço de papel entre os meus dedos, apenas deixei escapar.
-Ela sempre foi linda.

Escutei a risada baixa de Jessica e a olhei dando conta do que disse.
-Quer dizer.. e-ela-
-Eu entendi bem o que quis dizer!-e um silencio desconfortável se apossou da nossa atmosfera. Era agora ou nunca.

-Mrs. DiLaurentis ,eu posso fazer uma pergunta? -olhei pras minhas mãos tentando não olhar seus olhos.
-Apenas Jessica, e é claro!- vi um sorriso em seus lábios.

-Eu não sei como perguntar...mas desde que conheci sua filha eu enxerguei tantas coisas nela. De gentileza a bondade, de honestidade a sinceridade , de lealdade a fidelidade. Vi um coração bom e justo. ..- suspirei e a encarei pela primeira vez e ela ,por sua vez, me encarava com ternura nos olhos azuis -acinzentados...talvez ela esperasse que eu dissesse tudo quilo .- Mas eu também consegui enxergar um coração machucado e castigado pelo passado ,um passado que eu não tenho ideia, mas eu que quero ajuda-la a superar. Quero afastar os pesadelos que eu já a vi tendo ,literalmente limpar o mais bonito coração que já tive contato e acho... que a felicidade de ter batendo por mim. - dei uma pequena pausa ,foi difícil até para mim entender que estava literalmente me abrindo com a mãe de Alison. -Eu sinceramente não sei o que acontece entre mim e sua filha. É muito mais do que uma amizade para mim e quanto estamos juntas sinto que é mútuo, mas não inteiramente porque algo dentro dela a impede de se abrir totalmente. Então eu te imploro.... o que aconteceu com Alison que a fez colocar um muro à sua frente?

Ela me olhou . Íris guardavam uma mistura de confusão, medo e tristeza. Senti pelo tom do seu suspiro profundo que queria evitar, mas como Hanna disse: "Uma mãe sabe o que é bom para o seu filho"

-Ela nunca te contou?-soou surpresa.

-Me contou o que?

-Sobre o acidente que sofremos a exatos doze anos. -respirou fundo.- Eu vou explicar....pedaço por pedaço.

E foi naquele momento que segurei meu mundo em minhas mãos esperando que tudo fosse explicado. De alguma forma eu sabia que não seria algo simples de escutar ou de lidar. Mas o que não fazer por alguém que ,mesmo sem saber, já fez tanto por você?

"A tristeza é bonita, a solidão é trágica

Então me ajude, eu não posso vencer essa guerra,

Encoste em mim, não se preocupe

se cada segundo isso me torna mais fraco"

TWENTIETH FLOOROnde histórias criam vida. Descubra agora