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Hanna

Mais a tarde Emily me encontrou jogada em nosso sofá assistindo cartoons como de costume. Sua cara não estava boa e eu mais do que ninguém posso dizer quando essa garota está mal. Estava meio fora de área quando encostou na porta ,respirou fundo e me encarou .

-Viu algum fantasma?-me sentei preocupada.

-O pai da Ali. -ela começou.- Está no hospital, em coma...não entendi direito.

Naquele momento só consegui pensar no quanto a pessoa mais frágil que conheço estava despedaçada e pulei do sofá sacudindo a pessoa pálida a minha frente.

-Emily ,como ela está?

-Como quer que ela esteja?-me segurou impedindo de a derrubar no chão.- Estamos indo pra Rosewood em duas horas.

-"Estamos"?

-Sim, vá arrumar suas malas.

Por um segundo cheguei a ficar feliz, se não fosse por tal motivo eu comemoraria em ir pra Rosewood. Vancouver não era uma cidade pequena como Alison descrevia sua cidade. Tinha píer, várias casas, grandes vales e de onde morávamos podíamos ver a imensidão de bacos pesqueiros, ou apenas iates ancorados no píer próximo ao nosso bairro. Talvez voltando para Rosewood Alison reviveria suas memorias que esconde de Emily(se tornou claro para todos nós que esconde algo, já que esse mês que vem se desenrolando ela anda muito esquisita) e finalmente as duas poderiam se abrir, conversar sobres os sentimentos que só faltam estar escritos em cada testa ,namorar, casar e ter dois filhos de cabelos castanhos e olhos azuizinhos. Eu sei, eu sonho muito alto, mas sinceramente eu não desejo nada a mais e nada a menos que isso para as duas. Apenas um tolo não percebe que se amam. Um tolo que se chama Caleb, esse idiota demorou por volta de uma semana e dezesseis horas pra finalmente chegar a uma conclusão tão obvia.

Emily

As duas horas se passaram correndo e cheguei até pensar que não iria dar tempo de arrumar as malas, preparar o carro, tomar banho e comer. Um pouco antes de sair observei Alison sentada a mesa . O almoço estava ali, parado a mais de meia hora, com certeza frio. Seus olhos mesmo com base estavam inchados e vermelhos, até seu nariz tão delicado estava.

Me aproximei.

-Ali?-toquei seu ombro e me abaixei um pouco para ficar da sua altura à mesa. -Precisa comer.

-Não estou com fome Em. -sorriu fraco e se levantou levando o prato para a pia.

-São quatro longas horas de viagem de carro Ali, precisa ter força.- olhei o relógio que já marcava uma e meia da tarde.

-Por favor, não me obrigue. -Ali pediu se apoiando em mim, a segurei.

-A quanto tempo não come?-perguntei fazendo carinho nos seus fios loiros.

-Ontem, com você.

Ali não comia a muito tempo, isso era ruim. God, eu odeio a ver assim.

-Olha, a Han foi buscar nossos cafés e murffins no Starbucks pra irmos viajar. Você vai comer, nem que seja no carro.

Ela ficou quieta, apenas assentiu e encostou sua cabeça no meu ombro enquanto esperávamos a lerdeza em pessoa chegar.

Uns minutos em um silencio confortante se passaram e fomos despertadas dele por Hanna invadindo o apartamento de uma única vez.

-Desculpa, um idiota trocou os pedidos. Podemos ir, antes que eu volte naquele lugar e bata no atendente?-Hanna bufou arrancando pela primeira vez uma risada fraca de Alison.

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