Sam subiu ao palco do colégio e sorriu. A professora que se encontrava diante de si sorria-lhe de forma simpática, com os dentes brancos e alinhados. Sam aproximou-se da senhora deu-lhe dois beijos em cada face e pegou no seu diploma, agradecendo no momento.
O auditório da escola estava uma confusão autêntica, onde os adolescentes de todo o colégio e de várias faixas etárias assobiavam e gritavam palavras de encorajamento à morena que acabara de ganhar as Olimpíadas de Matemática do ano.
"Boa tarde a todos!" seguiu-se um breve silêncio e a rapariga prosseguiu. "Como a maioria sabe, já não é a primeira vez que ganho as Olimpíadas da Matemática e é uma grande honra estar a receber tanto carinho mais uma vez. Não estava à espera de ganhar e não participo pelo prémio, faço-o porque quando estou a resolver os problemas sinto que qualquer coisa é possível! E por isso quero deixar claro que tudo é possível. Não se rendam,pois se se sentem especiais a fazer alguma coisa não desistam por terem um obstáculo no caminho, continuem!"
A rapariga sabia que estava a mentir, ela sabia que ia ganhar. A única coisa que naquele discurso fora verdade foi o facto de se sentir bem a resolver problemas, mas o pensamentos sobre o prémio eram uma grande motivação.
Sam dobrou o papel com o discurso e levantou o diploma, mostrando-o aos seus colegas e apoiantes . Rapidamente afastou os seus pensamentos para um canto qualquer, como as crianças fazem ao esconder o pó debaixo do tapete e com um sorriso sincero e o uniforme do colégio arranjado sorriu para o fotografo.
Saiu do palco e ainda com o barulho dos colegas voltou a sentar-se no seu lugar. O seu melhor amigo, o Thomas, estava ao seu lado e envolveu-a num abraço caloroso e murmurou: "Sabia que ias conseguir, és a maior!"
E não era o único!
O resto dos alunos já estava de novo em silêncio total provavelmente a imaginar como seriam as férias de Natal, que todos gostavam,pois interligava Natal e Férias. E quem é que não gosta?
Sam também estava morta para sair daquele sítio e estava a contar os minutos para poder voltar para casa e regressar para junto dos cobertores quentinhos.
Esperançosamente o discurso do diretor não demoraria tanto tempo, pois todos já sabiam aquilo de trás para a frente. A jovem não podia negar, adorava o diretor do colégio e ele adorava-a a ela, não fosse a jovem uma das melhores alunas do colégio. Mas ali não havia espaço para medíocres. Nem mesmo as loiras de olhos azuis podiam ter notas abaixo da média. Aquele colégio não era igual às escolas Americanas dos filmes. Ali o que decidia a classe social de cada um eram as notas e digamos que a Sam estava acima de qualquer um dos seus colegas.
Quando, por fim o discurso acabou os jovens saíram calmamente do auditório e foram para as suas vidas. A verdade é que já não haveria mais aulas e por essa razão a morena e o seu melhor amigo seguiram para os cacifos, para irem buscar os seus pertences.
"Nem acredito que vais passar o Natal na praia." Sam fez beicinho ao amigo e este deitou-lhe a língua de fora, num gesto amigável.
"Queixa-te, queixa-te! É a primeira vez que vou passar o Natal fora de casa, enquanto tu és especialista nisso!" Thomas deu-lhe umas quantas palmadinhas nas costas. "Bem vinda à vida real, friend: Onde os Natais são em casa e nada divertidos!"
Thomas era o seu melhor amigo; tinham-se tornado vizinhos no quarto ano e como naquela altura não eram crianças muito sociáveis tornaram-se amigos, até hoje. Thomas era o típico rapaz divertido que para espanto de todos passava despercebido entre as raparigas.
"Sempre muito simpático, senhor Thomas!" ele mostrou-lhe um sorriso fingido e Sam colocou a mochila ás costas, fechando o cacifo. "Vais já embora ou é o teu pai que te vem buscar?" perguntou.
"Tenho de ficar à espera. Até te dava boleia, mas já percebi que queres exibir a tua medalha; e não vou para casa." assentiu, pois o amigo já lhe tinha contado a história.
Sorriram-se entre si e uniram-se num abraço desajeitado. Ambos sabiam que até à partida de Thomas ainda faltavam uns dias e como a distância entre as suas casa era quase nenhuma não haveria falta de tempo para estarem juntos. Mas era Natal e a chuva e o frio deixavam ambos os jovens melancólicos e com vontade de se abraçar.
"Se te sentires sozinha manda mensagem que eu vou a correr ter contigo." ele disse e ela partiu. Sem antes, claro, dar-lhe um beijo na bochecha.
A cabeça de Sam parecia una roda vida; uma parte dela pensava nas férias e o quão horriveis seriam. A outra parte lembrava-se do prémio que ganhara. E por fim, teve vontade de chorar por passar o Natal sem o seu melhor amigo.
A sua saia batia-lhe nos joelhos e a sua camisa era escondida por ela. Os seus sapatos castanho e de vela não a ajudariam se começasse a chover. E o casaco vermelho e comprido podia ser quente, mas não tinha capuz nem era impermiavel. E Sam lamentou-se destes aspetos quando as primeiras gotas lhe cairam sobre o cabelo.
"A sério?!" lamentou-se, antes de se lembrar que o chapéu de chuva tinha sido deixado em cima do sofá, antes de sair de casa.
Pensou em correr até casa, mas sabia que ainda faltava alguns metros e podia cair, pois os seus sapatos não eram dezenhados para a chuva.
Acelarou o passo e com a chuva a queimar-lhe os olhos tentou encontrar um lugar estratégico para se proteger . Pensou em dirigir-se a um lugar deserto para ter um abrigo grande, mas a rua estava completamente vazia e o único abrigo existente era a entrada de um antigo café que já não existia. Era um local simples e com pouco espaço e uma parte dela era ocupado por ele.
A jovem ainda pensou em voltar para trás e correr até casa, sujeita a constipar-se e a cair redonda no chão. Por isso, respirou fundo e abrigou-se junto a Calum Hood.
***NotaDaAutora***
Olá Pessoas! Como estão?
Espero que tenham gostado do primeiro capitulo da Winter. Aceito todo o tipo de criticas, desde que sejam construtivas e pedidos de leitura.
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Winter || Calum Hood (Concluída)
FanfictionEla não gostava do Inverno, até ao dia em que o reencontrou... [LIVRO UM ---Seasons of the Year ] {copyright @roxy-east 2016 all right reserved}