Capítulo 21

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Cheguei da igreja e chorei. Chorei de soluçar. A uns anos atrás eu tinha prometido a mim mesma que nunca amaria alguém, que nunca choraria por um homem, o problema é que eu não conhecia o Douglas, não sabia o que era ter uma paixão correspondida.

Todos os garotos que gostei não corresponderam. Difícil né. Aí veio o Douglas e correspondeu essa paixão "impossível", o mais louco é que ele foi um namorado e tanto, mesmo tendo defeitos.

Eu amo aquele garoto mas preciso de um tempo.

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A vida perdeu um pouco da cor. Eu tinha minha mãe pra me consolar. Só ela mesmo. Eu parecia um menino que havia acabado de perder uma pipa avoada. Chorava em seu colo, como criança.

- Eu amo ela mãe, você sabe, nunca havia te apresentado alguém antes. Eu quero casar com ela.

- Eu sei. - Limpou meu rosto com os polegares. - Mas talvez ela só precise de um tempo.

- Não sei se aguento esse tempo. Vai ser difícil ficar sem ela.

- Espere uns meses. Espera a poeira baixar.

- Meses? Mãe!

- Meses sim. Vai ser bom, até pra você. Se nesse tempo você ainda sentir falta dela, vá atrás e faça acontecer.

- Acontecer o que?

- A conquista, conquiste ela de novo.

- Será que dá certo? E se nesse meio tempo ela gostar de outro?

- Aí vai ser a prova de que não era pra ser.

Nunca tinha parado pra ouvir um conselho da minha mãe, dessa vez eu decidi pôr em prática. Vai que dá certo.

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Já faz uns dias que eu e o Douglas terminamos. Ele não me procurou mais. Por um lado é bom, me ajuda a desencanar.

O Pedro me chamou pra irmos ao cinema, eu, ele e a Gi, seria bom pra me distrair um pouco. Cinema em um sábado a noite, nada mal. Combinamos dele vir me buscar ás cinco, já que o filme começava às seis e meia.

Tomei um banho gelado e me hidratei. Coloquei um vestido preto com dourado e um tênis branco. Amo essa combinação de vestido e tênis. Passei um gloss rosa e um lápis de olho básico.

Ouvi a buzina e desci. Me deparei com um Pedro sorridente e no banco do carona a Gi. Entrei e sentei no banco de trás.

- E aí lindona? - A Gi me comprimentou.

Ele ligou o carro e partimos.

Chegamos no cinema e fomos pra praça de alimentação.

- Fiquem aí que vou comprar um lanche pra gente. - Pedro falou e foi.

Eu e a Gi sentamos em uma mesa de canto.

- Fala ai amiga, como você está? - A Gi é uma amiga e tanto, sempre se preocupando comigo.

- Eu estou bem...

Não Tem Como Dar CertoOnde histórias criam vida. Descubra agora