Capítulo 24

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Cheguei em Natal e fui super bem recebida, minha tia Marcia me esmagou em um abraço.

- Como você cresceu! - Minha tia exclamou.

Logo depois a Carol me abraçou e em seguida a sua irmã, Fernanda, me abraçou também.

Elas me apresentaram a casa, era pequena mas muito aconchegante, eu dormiria no quarto das meninas.

- Se arruma e deixa suas malas aí, tem uma festa pra gente ir. - Carol falou abrindo o guarda roupa.

- Que festa? - Perguntei curiosa.

- Vai rolar o baile do Dennis na casa de shows aqui perto.

- Como que ela vai entrar sem ingresso? - Fernanda perguntou sarcástica.

- Daniel arrumou um pra ela também. - Carol respondeu com um sorrisinho provocador.

Carol é o que eu tenho mais perto de uma irmã, ela morava perto da minha casa mas seu pai recebeu uma proposta de emprego e eles tiveram que se mudar. Ela é uma menina linda e simpática, tem 19 anos. Fernanda, de 16 anos, nunca gostou muito de mim, não sei porquê, sempre arrumava briga comigo, eu achei que com o passar do tempo ela mudaria, já que a última vez que eu tinha visto elas, eu tinha 10 anos, ou seja, faz anos, mas acho que nada mudou, ela continua implicante comigo.

Tomei um banho e vesti um vestido de mangas preto e calcei uma rasteirinha, fazia frio lá, já que estava de noite. Saí do banheiro e as duas já estavam arrumadas.

- Pronta? - Carol perguntou.

Assenti e saímos.

Chegamos em frente a casa de shows, haviam muitos carros estacionados lá, entramos e tava tudo escuro, só se viam os jogos de luz e pessoas dançando e bebendo loucamente. A Carol me pegou pela mão e me levou até o bar.

- Me vê uma caipirinha. - Carol pediu pro barman.

- Me vê um licor. - Fernanda pediu.

- Não vai pedir nada? - Carol me fitou.

- Não, eu não bebo.

A Fernanda soltou uma risada sarcástica.

- Vai fazer a linha santa agora? - Perguntou com o olhar irônico.

- Não sou santa, só não bebo.

- Ah, que isso? Só um copinho não faz mal a ninguém. - Provocou.

- Larga de ser chata Fernanda, se ela não quer beber, deixa ela. - Carol me defendeu. - Vamos pra pista. - Me puxou.

O som era absurdamente alto, Carol dançava loucamente e logo já estava se agarrando com um cara. Voltei pro bar e pedi um guaravita.

Tava distraída bebericando meu guaravita quando um rapaz sentou do meu lado.

- Me vê uma latinha de coca. - Pediu ao barman.

- Boa noite. - Me olhou.

- Boa. - Sorri.

- Também não bebe?

Não Tem Como Dar CertoOnde histórias criam vida. Descubra agora