Cat ears

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All we do is drive
All we do is think about the feelings that we hide
All we do is sit in silence waiting for a sign
Sick and full of pride
All we do is drive

Pov's: Helena
Não terminei de ler todas as mensagens.

Lena: eu tô bem

Lena: as coisas já se resolveram

Lena: não precisa ficar preocupado

Lena: aconteceu muita coisa depois que eu te disse aquilo

Lena: eu já tô me casa há alguns dias

Lena: mas minha mãe pegou tudo que podia me dar acesso à internet

Lena: já tava escrevendo até uma cartinha p você, pq olha

Eu estava preocupada, é claro que eu estava. Será que ele viria para cá por preocupação? Será que ele está se culpando por eu ter sido expulsa de casa? Provavelmente.
Respiro fundo. Não havia mais nada que eu pudesse fazer, infelizmente.
Eu odiava tudo que eu deveria deixar nas mãos do destino, odiava quando não podia fazer nada, odiava ter que esperar, simplesmente odiava.
Tiro minha mochila das costas e a jogo para o lado. Pego o meu computador.

- O canal - murmuro

Segundo os inscritos que eu havia encontrado ao longo da semana meu canal havia crescido muito e eu estava ansiosa para ver isso.
Consigo abrir o YouTube e tomo um susto, eu possuía quase trezentos mil inscritos. Estava boquiaberta tentando entender como aquilo acontecera. Com o crescimento do canal outras coisas também vieram, coisas boas e coisas ruins. Eu estava sendo convidada para alguns eventos, havia ganhado alguns fãs (apesar de não estar confortável com isso). Mas em contrapartida ganhara muitos haters, muitos comentários ruins e muitos deslikes  nos meus videos.
Era estranho lidar com isso, muito estranho.
Eu tentava me distrair no Twitter, no YouTube, no Instagram, no Snapchat, em qualquer lugar, mas era impossível. Então resolvo ligar para ele, desejava ouvir sua voz, mas não.

"o número chamado encontra-se fora de área ou desligado"

- Merda! - exclamo jogando o celular para o lado

Não podia fazer mais nada. Então simplesmente faço algo que poderia me distrair por algumas horas, aceito ir a um evento em Porto Alegre. O evento seria daqui algumas horas, então já começara a me arrumar.

☕︎☕︎☕︎

Em alguns minutos eu já estava dentro do carro da minha mãe seguindo para o evento. É claro que minha mãe desconfiara de mim e me obrigara a levá-la.
Quando finalmente chegamos ao evento minha mãe me deixa na entrada do mesmo e vai estacionar. Uma pessoa me entrega um crachá e me dirige a uma sala, lá eu recebo algumas instruções e sigo para uma espécie de estande no qual eu deveria ficar.
Estava nervosa, sempre ficava nervosa em coisas de tipo. Eu ficava extremamente insegura.
Continuava caminhando em direção ao meu estande quando algo me faz parar. Vejo um garoto loiro sentado no chão de um dos estantes batendo no seu celular enquanto ele estava no carregador.

- Não pode ser, claro que não é ele - falo para mim mesma

Então continuo seguindo para o meu estande.

☕︎☕︎☕︎

Fico horas ali naquele estande falando com pessoas, recebendo alguns presentes, gravando snaps para a família toda dos inscritos, tirando fotos, respondendo perguntas e outras coisas. Passara algumas horas ocupada o suficiente para não pegar no meu celular. Pego minha mochila e procuro o mesmo, logo que o acho vejo as notificações do garoto.

Rafael Lange: FINALMENTE VELHO

Rafael Lange: ACHEI QUE VOCE TINHA MORRIDO

Rafael Lange: eu to em poa

Rafael Lange: posso te encontrar????

Rafael Lange: voce precisa me contar o que aconteceu

Rafael Lange: quando eu sair do evento que eu to a gente pode sair sei la

Lena: me diz que você tá no AnimeXtreme

Rafael Lange: como voce sabe cadê as cameras??????

Lena: eu também tô aqui

Rafael Lange: ONDE VOCE TA?????

Eu estava me sentindo a pessoa mais trouxa do mundo por não ter ido falar com ele, ou com quem eu pensei que fosse ele.

Lena: no estande 16

Rafael Lange: to indo

Estava preocupada, minha mãe ainda estava no evento e não ia gostar nem um pouquinho de me ver falando com ele. E provavelmente ela iria aparecer ali do nada em alguma situação constrangedora.

☕︎☕︎☕︎

Em alguns minutos eu via o garoto se aproximando do estande, eu aceno para que ele me veja. Ele acelera os passos quando me vê.

Narrador:
O garoto estava incrivelmente aliviado por vê-la novamente. Achava que da próxima vez que encontrasse a garota ela estaria morando de baixo de uma ponte (pensamento um tanto exagerado).
Ele passara sete dias desesperado, culpado, mau humorado, e se achando um merda por causa dela. Ele só conseguia pensar que ela  fizera tudo por ele naquele dia, e ela simplesmente tinha tomado no cu por isso. Ele precisava que recompensa-lá de alguma forma.
Entrou em seu estande e a abraçou forte. Não queria soltá-la, mas infelizmente aquilo não era uma opção. Ela saiu do abraço e ele ficou a encarando, ficou encarando as orelhas de gato em seu cabelo, ficou encarando seus olhos que não conseguia definir a cor, ficou encarando seu piercing no nariz, ficou encarando sua roupa,ficou a encarando.
Algo o dizia que deveria aproveitar os momentos com a garota, algo o dizia que ela não estaria mais ali por muito tempo. Bom, e isso estava certo, em alguns dias ela não estaria mais ali.

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heyyyyyyy, espero que tenham gostado do capítulo

sinto saudades dos comentários de vcs :(

espero que tenham gostado do capítulo

SE GOSTARAM DO CAP JÁ SABEM NÉ??? DEIXEM UM VOTO E UM COMENTÁRIO, ISSO ME AJUDA MT

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