Capítulo 36

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| | D a y a n n y M a y r a | |


Já são 18:10h. O David não chegou. O Beto e a Lorrane foram trabalhar, e eu estou sozinha. Simplesmente adorável. Me jogo na cama e afundo meu rosto no travesseiro. Mais um minuto com o olho fechado e eu durmo. Tô com muito sono.

Meu celular toca e imagino que seja o David avisando que já chegou que é pra mim abrir a porta.


LIGAÇÃO ON

Eu: Chegou?

David: Não. É que eu mandei entregar uma comida japonesa aí. Daí quando baterem na porta é a comida que pedi.

Eu: Aff. Tá bom. Tchau.

LIGAÇÃO OFF


Se eu tivesse pedido comida japonesa eu não acharia ruim, mas acontece que não foi a comida japonesa que disse que chegaria às 18h ou antes das 18h pra conhecer meu irmão. Aff. Se lascar viu.

Ouço batidas na porta e me levanto amarrando o cabelo pra atender a maldita porta. Não estou usando roupa pra atender um desconhecido. Uso um short preto de malha e a blusa branca curta que vesti no aeroporto. Tomei banho lógico, mas como ela tá limpa eu não a troquei.

Abro a porta e vejo aquela coisa cabeluda com um sorriso sem vergonha. Minha única reação é abraçá-lo. Pulo em seu pescoço e meus braços o envolvem. Ele se assusta com o meu gesto e dá um passo pra traz. Somente um de seus braços me envolvem e percebo que ele segura a comida na outra mão. O solto e o olho.


Eu: Você é um filho da mãe, né?

David: Você ficou irritada.

Eu: Lógico que fiquei. -pego sua mão e o puxo pra dentro.

David: E se eu não viesse? -diz enquanto fecha a porta e me entrega a comida que coloca na mesa de centro da sala.

Eu: Você não é doido. -digo me aproximando- Me beija?

David: Lógico. -diz e me puxa pra perto dele pela mão.


Meus braços envolvem meu pescoço e os seus me agarram pela cintura. Nossas bocas se aproximam se encaixando perfeitamente uma a outra. Percebo seus olhos olhando direto nos meus e ele sorri antes de encostar sua boca na minha.

Um choque percorre todo o meu corpo. Uma coisa diferente. Não sei explicar o que é, mas é bom, porém, ao mesmo tempo, é bem estranho. Um estranho bom. Quanto mais tento entender mais eu me confundo. Decido esquecer isso e focar nesse homem enorme a minha frente.

As mãos do David descem lentamente pelas minhas costas, em instantes sinto sua mão em minha bunda, a apertando. Sorrimos entre o beijo e ele me puxa pra cima para que me carregue e eu o ajudo com um leve impulso. Meus seios ficam na região do seu pescoço, estou mais alta que ele, dessa vez ele tem o pescoço levantado.

Ele caminha em alguma direção daquele apartamento e só percebo onde estamos quando ele se senta no sofá sem me tirar do colo dele. Paramos de nos beijar e nos olhamos por um tempo... Tão lindo.


Eu: Estava com saudades. -digo e o abraço.

David: Eu também. -me abraça e respira fundo- Cheiro de peito é uma coisa boa. -diz e eu começo a rir.

Eu: E desde quando peito tem cheiro, David?

David: O seu tem. -diz e ri- Que conversa estranha.

Ele não me merecia |D.LOnde histórias criam vida. Descubra agora