ॣ❥ O2 ─ two

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Today...

Summer POV's

Olá, chamo- me Summer, mais à Cassie, minha melhor amiga me chama de Sum ou Me. Ela é muito criativa com os apelidos, só que não. Bom, eu tenho dezesseis anos, faço dezessete em poucos meses.

Minha mãe é uma alcoólica, nada para ela é mais importante do que a bebida. Nem mesmo eu. Pra ela eu sou um nada, só alguém que nasceu dela e estragou a sua vida. É como ela vê.

Essa merece o título de mãe do ano.

Meu pai fugiu com outra mulher, quando eu ainda era um bebê.

Fazer o que né? O universo é mesmo à favor da minha infelicidade.


Um mês se passou após a pior noite da minha vida, à partir daí, eu não fiz mais nada, fiquei trancada em meu quarto, não comia, não bebia, tudo foi mais fácil por que não havia ninguém para me impedir de agir assim, minha mãe não ligava, Cassie veio algumas vezes aqui, porém eu não deixei que ela me visse, por que eu não quis preocupar a única pessoa que me ama e que se preocupa comigo, eu não acho que seja justo, mais ainda assim eu acabei precurando ela.


Ouço o meu celular tocar, abro os olhos e me inclino na cama, para alcançar o celular que estava em cima do criado mudo. Suponho ser a Cassie, pois ela é a única quem me liga, é ela ou a operadora.

Pego o mesmo, me sento na cama, franzo o cenho ao ver o nome da minha avó no ecrã, pensando no que ela queria comigo, já que ela nunca me liga, eu até havia esquecido que tinha uma avó.

- Alô?

Falei sem muito ânimo.

- Summer, meu amor, como você está?

Okay, isso foi estranho.

- Eu tô bem vó e a senhora ?

É claro que eu não estava bem, mais precisava ser educada com ela, pois a mesma nunca tratou- me mal, quando se lembrava de mim, é claro.

- Mais ou menos.

- Por que mais ou menos?

Sim, eu fiquei preocupada, mesmo quase não me lembrando bem dela.

- Estou me sentindo muito sozinha, essa casa é enorme e ficar sozinha aqui é ruim.

Senti um tom de tristeza em sua voz. Ficamos em silêncio por um tempo, até que ela decide quebra- lo com uma proposta.

- Por que não vem morar comigo?

Arregalei os olhos ao ouvi- la. Seria uma boa sair dessa cidade, mais eu não queria deixar a Cassie.


- Vó, eu não sei...


- Por que não? Eu sei que a sua mãe não ligaria, você pode largar o seu emprego, quando vir para cá, não precisará trabalhar, pois eu tenho condições de cuidar de você. Estudará no melhor Colégio da cidade, eu irei cuidar de você, como a sua mãe nunca fez.

Droga, eu não sabia o que falar, era uma boa proposta, viver sobre o mesmo teto que a minha mãe estava ficando insuportável, ela já chegou a me roubar para bancar os vícios dela.

- Tudo bem, eu irei comprar a passagem na próxima semana.


- Não! Eu já comprei, é para amanhã de manhã.

- Como você sabia que eu iria aceitar?

- Intuição de avó.

Acabei dando uma risada e ela fez o mesmo.

- Tudo bem, eu irei arrumar as minhas malas e me despedir de uma pessoa.

- Namorado?

- Não, melhor amiga.

[...]

Depois de conversa mais um pouco com a minha avó, desliguei o celular e coloquei o mesmo em cima do criado mudo novamente.

Rolo na cama e me levanto da mesma, olho em volta do meu pequeno quarto, não havia muita coisa, apenas uma cama, um criado mudo que estava caindo aos pedaços e as minhas roupas dentro de uma caixa de papelão que estava se desfazendo.

Respiro fundo, pego uma mala debaixo da cama, começo a por as poucas roupas que eu portava dentro da mesma, algumas coisas pessoais.

Depois de por tudo na mala, coloco a mesma em cima da cama. Pego o meu celular no criado mudo, procuro o número da Cassie e mando um sms para ela.

-"Precisamos conversa."

Jogue o meu celular na cama, caminhei até o banheiro, escovei os meus dentes e lavei o meu rosto, fazendo um coque bagunçado no mesmo.

Sequei o meu rosto com as mãos, sai do banheiro e me sentei na cama. O celular toca, pego ele e vejo o nome da Cassie no ecrã. Deslizei os dedos na tela, atendendo e levando ele até a minha orelha.

-Fala.

Disse Cassie do outro lado da linha.

-Precisamos conversa, mais não pode ser por telefone. Tem como você vir aqui?

- Okay, você está me preocupando.

- Por favor, só vem.

Desligo o celular, antes mesmo que ela pudesse responder. Ela iria me matar por isso e quando eu contar que irei embora.

Me deitei na cama, abraçando o meu travesseiro, enquanto eu aguardava à chegada da Cassie.

Mais acabei por dormir.

Suddenly YouOnde histórias criam vida. Descubra agora