Jordan Parrish
Três dias depois...
── Onde ele está? ─ perguntei a Valerie, sobre onde o filho da puta do Kyle estava e a morena me indicou o local e eu passei com tudo por ela, ignorando os seus gritos por mim, senti alguém se colocar em minha frente, me impedindo de continuar e eu encarei o xerife Stilinski, que me lançou um olhar de reprovação.
── O que pensa que está fazendo, Parrish? ─ cruzou os braços, esperando que eu dissesse algo.
── Falar com o Kyle. ─respondi, tentando passar por ele, mas o mesmo me segurou.
── Você quebrou quinze ossos dele, Parrish, não é o suficiente?
─ ele respirou fundo. ─ Eu sei que não, pelo o que o mesmo fez com a Summer, mas por hora deve ser.── Mas xerife...─ tentei contestar, mas ele me interrompeu.
── Mas nada, Parrish. Vá ver Summer e as crianças, ela precisa de você, Kyle não irá sair daqui.
─ ordenou o xerife e eu assenti positivamente e saindo dali, recebendo um olhar de Valerie, do tipo "Eu te avisei, idiota." Rolei os meus olhos e caminhei para fora da delegacia, adentrei em meu carro e desferi um soco no volante, ouvi o barulho da porta se fechar e me virei, dando de cara com a policial Romero.── O que você quer, Valerie? Me dar sermões? Eu dispenso.
─ aquilo acabou soando ríspido e eu girei as chaves na ignição, voltando a minha atenção para ela, esperando que a mesma saísse do carro e me deixasse ir embora.── Olhe só para você, não pode sair dirigindo assim, pouco me importa se você é um cão do inferno e sei lá mais o que, Parrish, mas ninguém é obrigado a ficar aturando essas suas crises de raiva. ─ a mulher disse arrancando as chaves na ignição e saindo do carro, batendo a porta com força.
── Isso só pode ser sacanagem com a minha cara. ─ murmurei para mim mesmo e soltei uma risada nervosa, eu não fazia idéia do que estava acontecendo comigo, mas depois de saber o que Kyle fez a Summer, eu sentia a raiva me consumindo e a vontade de queima- lo vivo se fazia em mim, mas ninguém permitia eu eu fizesse isso, então quer dizer que a Summer já pode se sentir segura? Isso é sério? Sai do carro e caminhei em direção a Valerie, a puxando pelo braço, fazendo com que ela me encarasse.
── Que merda você pensa que está fazendo, devolva as minhas chaves. ─ eu disse entre dentes e ela se desvencilhou de meus braços e voltou a andar, me ignorando por completo e eu voltei a puxa- la, dessa vez com mais força, fazendo com que os nossos copos se chocassem, fazendo um grito agudo escapar dentre os lábios da morena, devido ao forte impacto, suas mãos estavam em meus ombros, os apertando com força, certamente por medo de cair.
── Quer as suas chaves pra correr para aquela garota? Ótimo, vai lá, Jordan, faça jus ao seu nome, cachorrinho. Aquela garota não está nem ai para você e o único que ainda não percebeu isso foi você, ela não ama você.
De alguma forma aquelas palavras proferidas por Valerie me atingiram erroneamente, meu sangue ferveu e eu ouvi a mesma choramingar, quando sem perceber eu apertei o seu braço com força e ao me dar conta do que eu fiz, soltei a mesma imediatamente e me virei, começando a caminhar para longe da mulher, mas parei ao meio do caminho, ao lembrar que as minhas chaves ainda estavam com ela, mas eu me mantive imóvel e de costas para a mesma, eu não fazia idéia de como eu iria encara- la, depois do que eu fiz com ela. Eu não sabia o que estava acontecendo comigo, eu só conseguia sentir ódio, mágoa e mais um monte de sensações misturadas.
── As pessoas precisam parar de se apaixonar por quem não sente o mesmo. ─ ela disse bem atrás de mim e colocou as chaves em meus bolsos, mas antes de sair andando, ela voltou a se pronunciar. ── E eu não estou falando de você, Jordan.
Logo eu estava sozinho naquele estacionamento, sendo molhado pela chuva que caía e que ficava a cada vez mais forte, mas eu permaneci parado ali, tentando entender o que a policial quis me dizer com aquilo. Eu não estava pronto para desistir de Summer, eu queria que ela fosse feliz, mas eu custava a acreditar que a felicidade dela seria ao lado de outro homem que não fosse eu.
Eu ainda não havia visto nem Summer e nem as crianças, desde o hospital. Eu não fazia idéia de como eles eram e de como estavam, eu também não estava pronto, não acho que ela estivesse precisando de mim, provavelmente estava cercada pelos meninos e por Derek, por que diabos ela precisaria de mim? Ainda mais naquela situação, eu me sentia um lixo e estava pura confusão, sendo atormentado por meu coração e subconsciente, que estavam em guerra. Eu só queria que aquela dor em meu peito passasse, eu nunca havia me sentido de tal forma e aquilo estava acabando comigo e eu não sabia como fazer parar.Eu estava me sentindo sozinho, como se ninguém no mundo se importasse comigo, toda aquela melancolia estava deixando as coisas ainda piores e eu nunca me imaginei nessa situação. Talvez fosse melhor eu me desvencilhar desse sentimento que eu desenvolvi por Summer, talvez a felicidade dela fosse mesmo com Derek, ela o me amava, mas não como o amava, era diferente e eu queria que ela me amasse da forma com que ela o ama, poderia parecer egoísmo, mas eu estava cansado. Eu só queria o amor de Summer e com isso, eu não deveria me importar com a forma que esse amor vem, eu deveria me contentar com o fato de que ela me ama, mas não, eu queria mais.
Me desvencilhei de meus pensamentos, ali parado no meio do estacionamento da delegacia, quando o meu celular tocou e eu enfiei as mãos no bolso molhado de minha farda, retirando o aparelho e então o meu coração ameaçou sair pela boca, ao ver o nome que brilhava no ecrã, indicando uma ligação pendente.
Summer Calling...
🌸 Notas da autora🌸
Oi meus amores, me perdoem novamente pela demora. Segue abaixo, nos comentários o link do grupinho no Wpp para falarmos da fanfic e sobre outros assuntos. ❤
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Suddenly You
Fiksi PenggemarSummer é uma adolescente de apenas dezesseis anos que foi mais uma vítima de estupro. Agora ela tem que lidar com isso, sua mãe é uma alcoólica. Seu pai fugiu com outra mulher quando Summer ainda era um bebê. Um mês se passa após a pior noite da sua...