Chegamos nesse tal lugar. Estou de frente para o prédio e está encurecendo.
- vamos ?- Lucas.
A porta é grande e é bem reforçada, com madeira e várias travas ou algo do tipo, ele abre todas as travas e entramos.
Aqui dentro está bem empoeirado.
- Caramba! Tinha esquecido desse lugar - Jonas.
- sabia que ia se lembrar - Lucas.
- do que vocês estão falando?
-não se lembra Gustavo?- Jonas
- aqui foi nosso primeiro abrigo - Lucas.
-verdade!
Eu nem sei o que era aqui antes dessa confusão toda, mas foi aqui que o Jonas me abrigou. Depois deles me falarem me lembro de tudo, das pessoas que morreram, do pessoal fazendo umas armas improvisadas, do grupo fazendo uma rodinha de conversa de madrugada no terraço do prédio e principalmente do meu melhor amigo, Fernando, ele morreu salvando o grupo; estávamos na nossa primeira procura de suprimento e ele estava junto e depois de conseguimos o alimento nós encontramos com uns quinze deles, na época não tínhamos carros. enquanto corríamos e ele torceu o tornozelo, eu até tentei ajudar, mas ele só olhou pra mim com lágrimas nos olhos, tirando a bolsa de suas costas e dando pra mim falou.
- Te salva, CORRE!
-NÃO!
- VAI LOGO!
eu corri, mas minha vontade era de ter ficado com ele. Corri um pouco e parei e quando olho para trás, ele está com duas estacas de madeira fazendo barulho e mesmo mancando, estava atraindo eles pra a outra rua, ele entrou na rua e nem preciso dizer o que aconteceu.
Esquece! Isso já passou e agora está tudo bem.
~uns quinze minutos se passaram~
Já é noite e acabamos de fazer a limpa no local e está tudo certo.
~O relógio marca 6:46 da noite~
Agora estão "todos" aqui no terraço.
- Ei Jonas.
- Oi Gustavo.
- E as meninas?
- falei com elas antes de acabar a bateira do walkie talkie e falei para esperar a gente é não sair em hipótese alguma do abrigo.
- atá então tudo bem.
- está preocupado com a Júlia?
- sim...
" ele são meus amigos e já sabem de tudo"
Depois disso conversamos sobre muita coisa, como: a vida antes de tudo isso, o que cada um queria fazer antes, sobre o futuro e tentamos entender esses corpos mortos espiritualmente e vivos ao mesmo tempo.
"Olhando para o nada percebi que dá pra ver nosso abrigo da qui, está um pouco longe ( bem longe!)"
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Diário pós-guerra
Science Fiction"Todas as guerras tem seus legados qual será que essa nos deixou?"