Diário pós-guerra

A Carol sumiu!

-se acalma, não vamos te machucar.
- quem me garante?!
- vou andar até aí,pode olhar, não tenho nada em minhas mãos.
" ela ainda de capuz deixa que eu tire a faca de sua mão, respira fundo e desaba em meus braços"
- Júlia e Carol ajuda ela, eu vou ver aqui atrás - Jonas
Ela não me solta então peço para cuidar dela, eu sento e coloco a cabeça dela na minha perna, tiro o capuz e a minha dedução se confirma, é uma garota."ela é muito bonita!" cabelos loiros, sua pele tão macia e tão branquinha. Nesse momento ela abre os olhos lentamente e diz bem baixinho.
- Obrigado...
E volta a descansar. Não entendi o porquê do agradecimento, mas tudo bem. O clima calmo se quebra quando Jonas chega.
- Galera me ajuda aqui...- Jonas.
Ele está ajudando um homem machucado, o seu ferimento está um pouco feio, um corte no meio da coxa e se estende até perto do joelho. Esse homem ainda parece estar consiente. Ele empurra levemente Jonas e começa, mesmo mancando, a andar em minha direção, mas ele não está olhando para mim e sim para a garota, quando chega, ele se ajoelha e eu a seguro bem forte.
- ela está bem?
- sim... sim - falo bem desconfiado.
- Não precisa se preocupar, sou o pai dela.
" mano, eu sou uma besta mesmo! Estou desconfiando do pai da garota!"
- desculpa
- Meu nome é Paulo e o seu?
- prazer Gustavo.
- gostei de você garoto...
Em seguida ele também se deitou e depois disso pedi água, comida e um pano para cuidar dela. O relógio marca 17 : 54 da tarde, daqui a pouco vai escurecer, ainda estou aqui servindo de travesseiro para ela. Olhando para ela, me desperta uma curiosidade imensa, qual é o nome dela? Será Beatriz, Hadriely, Nayla, são infinitas possibilidades. Agora eu também vou tirar um sonequinha, mas antes ajeito ela em uma posição confortável e deito um pouco longe.
~ Bocejo ~
~ Um tempinho se passa ~
Oi... hã! Já é dia? Dormi muito. Nesse instante sinto um corpo colado ao meu, é a garota misteriosa, ela está com a cabeça no meu peito, sua perna esquerda entre as minhas, e a sua mão esquerda na minha nuca. Enquanto eu a olho, ela começa a acordar lentamente, se espreguiça e quando abre os olhos e me vê, num movimento rápido, ela se senta.
- Desculpa... nossa que vergonha.
- está tudo bem.
Suas bochechas coradas anunciam a sua vergonha logo após disso ela vai acordar seu pai, mas antes que ela se levante eu puxo-a pelo pulso e pergunto.
- qual é seu nome?
Ela dá sorriso de deixar qualquer um louco e morde levemente seu lábio e fala.
- depois eu conto
"ESSA MINA É $#!&*^+€£$#!!!"
Me levanto e vou falar com Jonas.
- e essa garota aí Gustavo?
- sai daí Lucas...
Lucas está lendo um livro bem antigo que achou em uma bolsa no chão. Jonas está revisando o plano e ele parece estar feliz.
-Posso saber o motivo da felicidade?- pergunto curioso.
Ele olha para mim e fala com um sorriso estampado.
- A gente vai sair desta cidade Gustavo...
- Sério?!como assim!?
- já juntamos tudo o que temos que ter para sair.
- mas e as buzinas?
- se lembra que a gente achou bastante gasolina há uns dias atrás?Então, vamos colocar um balde bem grande de gasolina perto daquela casa na beira da estrada que está toda a acabada e quando atirarmos no balde ele explodirá, assim fazendo com que a casa caía, causando um estrondo.
- Caramba tu és um gênio mesmo né? E já tem idéia de quando a gente vai?
- daqui a uma semana.
- e vamos ficar com pai e a filha?
- não podemos deixa - los aqui.
" uffa! Pensei que ele ia querer ir embora sem eles"
Termino de falar com Jonas e vou com Júlia, ela parece estar com pouquinho de raiva não sei o porquê, mas tudo bem...
- Júlia.
- Oi! - fala impaciente.
- cadê a Carol?
- saiu para respirar.
- Há quanto tempo?
- há uns... uns... HÁ MUITO TEMPO!
Nesse momento procuramos pelos dois andares inteiros, mas não achamos nenhum indício dela, em seguida vamos lá fora e nada...