Lilith Gray tirava boas notas, nunca se meteu em problemas, era filha das duas pessoas mais ricas de sua cidade, uma típica garota comum.
Um dia recebe uma carta de sua irmã, que há tempos se mudou com seu marido, para visitá-la e ver seu sobrinho...
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
Ainda me lembro do primeiro dia que coloquei os pés na mansão Lockwood.
Eu e Ally, nós sentíamos aquele cheiro único do sobrenatural. Algo se escondia naquela casa e pretendíamos descobrir. Éramos caçadores, John Lockwood era o número um na nossa lista de Alfas que deveríamos destruir.
Ele era forte, sua aura chegava a me intimidar até. Sua esposa era o mesmo que ele, uma lobisomem, mas não era relevante na nossa missão. E tinha o bebê. Aquele bebê parecia ser a fonte de todo o poder sobrenatural daquela casa. Tristan Lockwood, um dos raros filhotes de um Alfa genuíno.
Nossa missão ali era destruir o Alfa e sua linhagem. John e Tristan eram nossos alvos principais. Durante dois dias, tudo estava indo de acordo com o plano. Então, ela chegou.
Lilith Gray, a tal cunhada de John.
Ela iria estragar tudo. Teríamos uma baixa a mais se ela ficasse em nosso caminho. Uma humana ignorante no meio de uma guerra que se formava. Eu estava crente que ela iria morrer mas cedo ou mais tarde, não conseguiria sobreviver.
Mas então, descobri que ela era Lilith Lockwood, ou melhor, Bianca Lockwood, Le gran Loup da profecia. Alfas genuínos geralmente não têm filhas mulheres, e quando as tem, é algo cósmico. No folclore dos lobisomens, diz-se que a própria Lua em sua forma humana desce à Terra e abençoa o nascimento da criança. Essa benção lhe proporciona imunidade a tudo. Aquela criança seria protegida por ela, teria sua força e, principalmente, era uma líder genuína.
Normalmente, os machos mais fortes e respeitáveis são os líderes da matilha. Isso não é o caso para as Crianças da Lua (como são chamadas). Não importa se são fracas ou não respeitáveis, ela é tratada como a líder em qualquer matilha, ela guiará, comandará qualquer matilha, mesmo se não for a sua própria.
Além de ter um poder de persuasão bem forte. Lilith tinha e eu acabei caindo nele.
Lilith era linda, tanto como loba, quanto como humana. Seus cabelos eram longos e negros, seus olhos brilhavam como duas safiras e sua pele de mármore era tão suave quanto sua voz. Sua forma lupina era maior que eu, seus pelos eram acizentados e seus olhos eram claros como o gelo, havia uma aura tão forte e intimidade ao seu redor que alguns lobisomens se retraíam em sua presença.
Ela era Le gran Loup, disso eu tinha certeza. Eu devia entregá-la a Ally, assim saberíamos em quem focar mais para atacar, não seria John, e sim, a líder genuína.
Mas não consegui.
Acabei me apaixonando por ela. No começo, pensei que sendo seu namorado, poderia obter mais informações sobre lobisomens e sua matilha. Mas eu sabia, uma parte de mim, a qual sempre varria para o fundo do meu cérebro, queria ficar perto dela, queria sentir a sensação de ser o namorado dela, sentir o gosto de seus beijos.
Cada dia que ficamos juntos, mais meu amor por ela ia crescendo. Ally, minha antiga namorada, foi deixada de lado por mim, até que terminei com ela e abandonei meu posto de caçador. Eu não podia continuar fazendo aquilo com Lilith, nem com John, Louise e muito menos Tristan, aquele bebê não tinha nada a ver com a guerra, mal sabia o que realmente era.
