Me tornando humana?

96 14 0
                                        

Entramos no carro novamente.
-Que demora, vamos logo.

Brooklyn suspirou, e colocou o o cinto de segurança.

O caminho até em casa foi quase feito em silêncio.
-Por que você deu a louca, garoto?

Ele não respondeu, apenas ficou olhando a janela.

-Ele não deu "a louca". Ele ficou triste, assim como eu.

-Argh, eu que não conheci meus pais não sou assim. Parem de drama, por favor!

-Que se dane...-Resmungou.

-Isso, que se dane mesmo. Ah, e se vocês contarem dessa conversa amigável nossa pro pai de vocês vão se ver comigo. Lembrem-se que eu paguei sorvete pra vocês. Ou tentei pagar.

Ele se ajeitou no banco.
Chegamos em casa, Brooklyn tirou o cinto rapidamente e desceu do carro.
Fechou a porta com força e foi pro seu quarto correndo.

Saí também. Halsey foi a última a sair.

Entrei em casa, e fui ver se estava  tudo bem com Brooklyn.
Quando eu subi as escadas, fiquei entre as portas do quarto de Diana e de Brooklyn.
Ambos estão com problemas.

A vida é feita de escolhas.

Você está sempre me observando?
Sim, é meu trabalho. Aconselhar o anjo conselheiro.

Pensei bem.
Brooklyn é mais velho, e já fiz a minha parte com ele hoje.
Então, vou entrar primeiro no de Diana.
Ela estava deitada na cama, olhando pro teto com olhar de assustada.

-Diana? Tá tudo bem?

Ela olhou pra mim com a boca aberta.
-Não...

Me sentei na frente dela.
-O que houve?

-As vozes... As vozes não me deixam sozinha! Clarissa, vai embora Clarissa!- Ela tapou os ouvidos e fechou os olhos com força, e ficou chorando.

-Diana!! Me escuta! O que elas falam?

-Elas falam sobre anjos, mortes, invasão...

Arregalei os olhos, e fui pro meu quarto.
Entrei no banheiro.
Fechei a porta, e os olhos.

Por que? O que tá acontecendo?

Mel, calma... Algo deu errado. Parece que entre a briga deste anjo exilado com nosso anjo não foi como esperávamos, ele acabou perdendo...
O anjo está na cabeça de Clarissa, quer dizer, de Diana. Ele quer atormentar você, fazer seu trabalho ficar mais difícil, e ao mesmo tempo, quer avisá-la.

Quem é você?

Sua conselheira, oras!

O que nós fazemos agora? Eu não quero que Diana sofra por conta disso.

Eu... Eu não sei o que podemos fazer.
Tenho que entrar em contato com o chefe.

Mas que merda, sei lá quem seja! Me ajuda, pelo amor de Deus!

Eu não consigo. Eu não sei como!

Uma menina de 5 anos está sofrendo com isso! Com algo que não tem nada a ver com ela.
Ajudem!!

Novamente dizendo: Eu não sei como.

Descubra!

Não dá!!

Então eu mesma vou descobrir.

E pensar que toda essa briga aconteceu no meu pensamento.
Agora... Tenho que descobrir um jeito de tirar esse anjo da cabeça da Diana.
Mas como? E... Eu não sei. Eu não sou capaz de fazer isso.

Angel Onde histórias criam vida. Descubra agora