Lágrima Negra ( LIVRO I E II)

Lilith- O Início De Uma Maldição

Lilith sentia lágrimas jorrarem de seus olhos. Mas não eram lágrimas normais. Eram lágrimas negras, que caiam na pequena lágrima em sua mão.

Uma enorme chama se formou na sua frente, no meio dela um buraco negro se formou, as feiticeiras ao verem uma enorme chama por trás do templo, pararam o ritual, olharam surpresas para a presença forte e imponente de Lilith.

Uma sombra negra, surgiu pelo buraco negro. Lilith ao ver a sombra sentiu um profundo medo, o rosto daquela figura  era apenas um buraco negro como a lua.

A enorme sombra olhou em direcção das feiticeiras murmurando com pura cólera

" vocês se rebelaram contra vossa criadora. E por isso a morte não será suficiente.

As feiticeiras ainda de mãos dadas uma nas outras, em volta do circulo, se arrepiaram, elas sabiam que ao se virarem contra Lilith também se rebelavam contra a sombra negra, contra a magia negra.

" Desprezando as criaturas sombrias, estão desprezando o próprio sangue. Por isso eu vos amaldiçoou". A sombra rosnou

As feiticeiras ficaram inertes, ouvindo a sombra proferir tal maldição.

As palavras que saiam da sombra, eram repugnantes para Lilith, as lágrimas jorraram de seus olhos, ela queria impedir tal maldição.

Isso não poderia acontecer, ao olhar para a lágrima agora negra em sua mão, ela teve a ideia de quebra-la. Mas a sombra era auspiciosa, invadindo os pensamentos de Lilith, sem dar tempo, a sombra agarrou no pulso de Lilith, fazendo com que a lágrima negra caísse sobre o chão e puxou Lilith para dentro do buraco negro.

As bruxas apenas poderiam presenciar Lilith entrando entre as chamas, e sendo sugada para dentro de um enorme buraco negro.

Assim que ela foi sugada pela sombra, as chamas cessaram, e entraram para dentro da terra molhada.

As bruxas pensaram que tinham conseguindo seu propósito. Mas se sentiam revoltadas por terem sido amaldiçoadas, Lilith não fora a única que sentira repulsa ao ouvir tais palavras, elas se sentiram enojadas, só de pensar que um dia algum des... elas nem queriam pensar sobre tal hipótese.

Ao saírem do circulo uma das bruxas viu no mesmo chão que minutos antes Lilith estava, a pequena lágrima negra.

Ela pegou no colar e decidiu guardá-lo em segurança, já  sabendo de antemão que dentro dele habitava uma força maior e desconhecida.

Durante toda a noite a mesma feiticeira pesquisava vários livros de magia negra. Que de alguma forma, poderiam ter o conhecimento de como quebrar com a maldição.

Mas ao amanhecer quando ela por fim descobriu a solução, já era tarde demais para fazer algo a respeito.

Ela apenas teve tempo de escrever um bilhete para sua filha falando sobre a maldição, dizendo que ela deveria proteger e esconder o colar que tinha como pingente uma pequena lágrima negra.

E que a todo custo, este não deveria sair de suas mãos, e que tanto ela como seus sucessores deveriam ter como dever esconder esse colar.

A feiticeira olhou de sua janela o sol que estava nascendo no horizonte, cerrou seus olhos, esperando que o senhor sombrio a viesse buscar. Ela imaginou o rosto de suas amigas feiticeiras, elas iriam morrer sem ao menos saber o porquê.

Se ao menos ela tivesse um pouco de tempo para avisar suas amigas...

Se elas tivessem a chance  de saber o futuro negro que se alastrava em cada uma delas...

Ela pressentia, que ele estava próximo, e ele as queria no fogo junto com ele.

Uma lágrima escapou de seus olhos, em certa parte ela sabia que merecia ser castigada, ela fez tudo o que Lilith pediu, ela ajudou Lilith a criar essas criaturas, e acima de tudo ela repudiou o criador, ela era adoradora e serva do próprio diabo, ela praticava magia negra, magia essa que ia contra o criador, ela era uma pecadora. Merecia pagar por seus pecados.