Capítulo Vinte e Sete.

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Guilherme

Passei o resto do meu tempo com a Caroline, na verdade estava inseguro e com um certo medo de não voltar mais eu sei que se essa missão vai ser difícil mais tenho fé e vai dá tudo certo. Me levanto e vou para o banheiro tomo um banho rápido saio me enxugando e vou direto para o quarto onde estava para pegar minhas coisas. Visto uma calça jeans de lavagem escura, uma camiseta preta, passo perfume penteio rápido o cabelo e saio. Passo no quarto da Caroline dando-lhe um beijo na testa a mesma durmia como um anjo. Desço as escadas encontrando o Felipe e o Isaac sentados.

-Fala irmão tá pronto?- Felipe me perguntou me olhando com profundidade.

-To mó nervoso.- falei passando as mãos no cabelo

-Mais vai dá certo morô?- Isaac falou e fizemos um toque.

Pegamos duas fuzis e vários cartuchos de bala. Isaac me entregou as chaves de um carro preto que estava sem placa. Tenho muito que agradecer ao Isaac. Liguei o carro e fui em direção ao morro já eram umas 23:00 horas, não falava nada com o Felipe só pensava. Pensava em como ia ser prazeroso matar aquele desgraçado e temia que meus planos descem errado. Depois de uns 15 minutos chegamos a Rocinha, entrei por trás e fui dirigindo calmamente o movimento hoje estava fraco. Estacionei em uma rua atrás do boca e desci junto com o Felipe.

-Vai dá certo irmão, qualquer coisa corra pegue o carro e vaza.- falei abraçando-lhe.

-Só saio daqui junto contigo morô?- Felipe me passou mais confiança.

Não havia vapores ali, será que o Jonathan não estava aqui? Entramos sem nenhuma dificuldade não sabia onde era a sala dele mais irei procurar. Dou de cara com uma porta cinza de alumínio reforçado acho que é aqui. Abro a porta e vejo Jonathan no canto da sala escura o mesmo estava fumando seu cigarro de maconha ele já devia estar pra lá de drogado.

Peguei minha fuzil e a destravei, fazendo com que Jonathan me olhasse atentamente. Podia ver ódio em seus olhos que estavam muito vermelhos e pareciam que iriam sair para fora.

-Olha só quem veio me visistar.- ele falou sarcástico.

-Vejo que não gostou muito dá minha visita.- falei com um sorriso de deboche.

-Claro gui, adorei te vê.- ele falou e puxou uma pistola da cintura apontando pra mim.

-Tu vai morrer porra.- apontei diretamente pra sua cabeça, e quando o mesmo ia falar algo eu atirei.

Ele caiu imóvel no chão e jorrava sangue do mesmo, me aproximei le dando mais 8 tiros e cada um tinha um motivo.

Deixei o corpo do mesmo ali e saí em busca do Felipe o mesmo estava com uma perna ferida e corri pra ajudá-lo.

-O que houve aqui mano?- perguntei nervoso.

-O infeliz do Douglas me baleou e fugiu.- ele falou se agonizando de dor.

O levantei com cuidado e fomos andando até o carro, o acomodei e dirigi até o hospital mais próximo, tirei ele e o levei para uma sala onde a enfermeira havia me indicado, o deitei na maca e saí.

Depois de mais ou menos duas horas a enfermeira apareceu.

-Familiares de Felipe Cardoso? Me levantei rápido.

-Sim sou eu.

-Venha comigo, irei te levar até ele.- falou me dando passagem.

Logo cheguei a pequena sala branca e vi o Felipe impaciente em cima da cama.

-Foi só um susto.- ele falou e sorriu de lado.

-Faltou matar só o desgraçado do Douglas, mais isso não é tão importante assim.- falei e ele assentiu.

Fiquei conversando com ele até a enfermeira pedir para que eu me retirasse pois o Felipe só irá receber alta daqui a dois dias, ele pegou alguns pontos da perna e enfaixou.

Fui para o carro e dirigi até a Rocinha novamente, já estava quase amanhacendo e os moradores já estavam indo para o trabalho.

Fui direto para a boca e encontrei vários vapores lá em pé.

-Fala cuzão o que tu quer por aqui.- um deles falou e o fuzilei com o olhar.

-Acho melhor tratar o seu novo chefe direito se não quiser que eu pipoque sua cara nojenta de bala.- falei e todos me olharam surpresos.

-De coé tá viajando malandro, a droga tava vencida era? Nosso patrão aqui é o Jonathan.- outro deles falou.

-É o seguinte, meu pai era o dono daqui a maioria de vocês sabem, quem era para tá no posto era eu, só que o Jonathan pegou por um tempo e o tempo dele acabou. Voltei e vim assumir essa merda, acho melhor não reclamarem e aceitarem numa boa. Hoje a tarde manda todos se reunirem aqui que vou batar um papo com vocês e sem vacilo morô?- falei eles assentiram pude ver raiva em alguns olhos.

Saí dali e fui para a casa da minha mãe fazia tempo que não vinha aqui. Estacionei o carro em frente a pequena casa e fui entrando sem menos pedir licença ou bater na porta afinal já sou de casa.

-Guilherme você por aqui?- minha mãe gritou e eu sorri indo até a mesma e abraçando-a.

-Oi mãe, sim estou aqui vim te visitar e contar as novidades.

Fui na cozinha pegando algo pra comer e uma xícara de café minha mãe se sentou ao meu lado e contei tudo a ela, desde Caroline até que agora eu era o dono do morro. Ela ficou preocupada claro mais a confortei. Subi para o meu quarto e estava do mesmo jeito me joguei na cama e acabei dormindo ali sem nem ao menos trocar de roupa.

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