Capítulo Trinta e Um.

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Ana Caroline

Acordo com as caricias de Guilherme em minha barriga e confesso que não tinha sensação melhor, por um instante me imaginei acordando assim todos os dias. Sou muito confusa confesso, uma hora quero Ficar longe do Guilherme para pensar se é isso mesmo que quero para a minha vida, mais à outro momento quero ele ali comigo para sempre e poder viver esse momento todos os dias. Olhar Guilherme acariciando o filho (a) que há por vim é totalmente incrível. Quem diria que eu algum dia iria amar essa sensação há um mês atrás nunca me imaginaria assim, e é muito surpreendente como a nossa vida pode mudar assim tão rápido, eu não escolhi ser mãe aos quatorze anos, nem ao menos ser mulher de um traficante, mais eu o amo e posso ter essa certeza. Não preciso de muitos dias longe do Guilherme pelo contrário eu preciso do Guilherme cada vez mais perto de mim não só eu como essa criança que geramos.

-Bom dia meu amor.- Guilherme diz e me dá um selinho.

-Bom dia amor.- ele sorri feito bobo.

-É a primeira vez que você me chama de amor.- ele diz todo bobo.

-Para assim você me deixa sem graça.-dou um leve tapa em seu braço.

-Vem cá.- ele me puxa e começa a me fazer cócegas.

-Pa...pa..para Guilherme!- gritava entre os risos e ele gargalhava do meu estado de bobona.

Depois de pedir milhares de vezes o Guilherme parou, e sai correndo para o banheiro. Escovei os dentes, tomei banho, prendi o cabelo em um coque despojado e fui a procura de alguma roupa pra vestir, e lá estava ele com um sorriso malicioso no rosto que me fez ficar vermelha de vergonha.

-Para de me olhar assim.- falo brava.

Ele se alevanta e anda até mim, me abraça por trás e começa a me dá beijos em todo pescoço e me arrepio inteira ele percebe e continua, uma mão agarra na minha cintura me fazendo virar de frente para ele. Guilherme me dá beijos no pescoço e morde minha orelha me fazendo soltar um leve gemido uma de suas mãos adentra o meu cabelo e dá leves puxões já estava exitada. Começamos em um beijo lento cheio de desejos e malicia passei minhas unhas em suas costas desnudas fazendo ele soltar um gemido abafado, nossas línguas tem um encaixe perfeito. Ele me puxa um pouco para cima me fazendo cruzar as penas em sua cintura intensificamos o beijo e ele me leva pra cama, logo seus beijos vão para os meus seios e ele os abocanha com vontade, eu já gemia feito louca. Guilherme os chupava, mordia e lambia o bico dos meus seios me fazendo ir a loucura,  ele colocou um de seus dedos na minha vagina e ficou massageando o meu clítoris e as poucos foi entrando na minha vagina ele penetrava o seu dedo cada vez mais forte agarrei o edredom da cama e arquei minhas costas. Como aquela sensação de ser preenchida era maravilhosa. Não demorou muito e o Guilherme me penetrou com força e com muita vontade ambos gemiam e diziam palavras safadas um para o outro, gozamos juntos e foi maravilhoso. Logo fomos tomar banho e nos vestir. Andamos até a cozinha em busca de comida e havia algumas coisas que as meninas tinham deixado.

-Vem vou preparar o café.- o Guilherme fala e agradeço mentalmente pois não sei cozinhar nada.

Assenti e me sentei no banco que ficava em baixo do balcão a cozinha do apartamento era americana e bastante colorida adorei a forma como o Isaac decorou tudo.

Senti o cheiro das panquecas que por sinal estava uma delicia, fui ao armário e peguei um pote com mel e geleia de uva, abri a geladeira peguei uma garrafa de suco de maracujá dois copos e pus no balcão.

-Pronto.- Guilherme falou enquanto colocava as panquecas em nossos pratos.

-Parecem estar muito bom.- falei colocando um pedaço na boca, e realmente estava uma delicia.

-Coma tudo quero que meu garotão nasça muito forte.- ele falou e logo uma extenso sorriso surgiu em seu rosto.

-Mais pode ser uma menininha também.- falo  e continuo a comer.

-Se for igual a mãe vai me dá um grande trabalho.- dei um tapa em seu braço.

Terminamos o nosso café e enquanto lavava os pratos Guilherme enxugava e guardava. Depois de um tempo juntos ele teve que voltar para a Rocinha pois agora ele tinha muitas responsabilidades por lá. Expliquei mais uma vez a ele que agora não era o momento pra mim estou tentando me adequar a cada situação e logo logo quando já estiver prepara vou morar com ele, não foi difícil dele entender e agradeci muito por isso. A casa estava muito organizada e limpa, resolvi que iria passar o dia de frente para a TV assistindo qualquer coisa, e assim eu fiz, depois de quase uns sete filmes desliguei e fui tomar um banho. Estava com bastante fome só havia comido pela parte da manhã e preciso me alimentar mais. Tomei um banho relaxante, vesti uma jardineira e uma regatinha cinza, penteei meus cabelos o partindo ao meio e pondo uma presilha prendendo uma mecha de cada lado. Fui até a cozinha e preparei um miojo foi o mais fácil e prático de preparar que encontrei. Assim que terminei enchi um copo com sorvete e comi tudo. Estava me sentindo cansado e então fui dormir um pouco. Depois de quase umas 4 horas dormindo esculto um barulho na sala, me levanto com certa dificuldade e ainda bocejando e vejo Nadja encaixotando um monte de sapatos.

-O que está fazendo?- pergunto ainda sonolenta.

-Há, oi Carol, estou guardando tudo porque no final de semana vamos mudar para a Rocinha.- ela falou e voltou a arrumar as coisas.

-Como assim? mais já? o que houve?- queria saber o porque de logo irmos.

-Meus pais contaram aos seus pais sobre o meu caso e logo interrogaram o Isaac e por mais que ele negasse seus pais desconfiaram que estávamos aqui e então resolveram ligar para o sindico e o mesmo confirmou, ai seus pais ameaçaram deserdar o Isaac e expulsa-lo de casa e depois de muita bate boca ele teve que concordar. Ele me ligou e me avisou que até sábado podíamos ficar aqui, já falei com o Felipe e vou morar com ele, e por mais que você não queira amiga o jeito é ir morar com o Guilherme.- ela falou e me olhou confusa.

-Meus pais não se cansam mesmo, que tipo de monstros eles são? mais tudo bem tenho que parar com essa minha mania mesmo. É agora uma nova vida vai começar para nós. Só não me abandona tá.- sorri e ela veio me abraçar.

-Nunca vou te abandonar você sabe Ana, tenho muito que mimar esse meu sobrinho ou sobrinha ainda.- sorri enquanto ela passava as mãos na minha barriga.

Ficamos conversando coisas aleatórias enquanto eu ajudava a mesma a arrumar as suas coisas e depois fomos arrumar as minhas, decidimos que iriamos na quarta embora desse apartamento e junto com ele minha antiga vida ficaria. Tenho que estar disposta a encarar tudo que há de vim pela frente. As novas pessoas, o novo lugar onde eu iria morar, já não estaria mais na alta sociedade terei que me adequar ao Guilherme e a sua vida. Só que você não imagina o quanto é difícil isso. Para uma pessoa que nasceu sem se preocupar com nada que não teve a atenção dos pais nem as informações em nada, nem ao menos da primeira menstruação minha mãe não estava lá comigo. E sim Helena, o que seria de mim sem ela afinal. Quero ser para o meu filho tudo o que meus pais não foram pra mim, eles achavam que quando chorava era só meu dá um brinquedo novo iria passar, mais na verdade eu queria brincar com a mãe, ou com o meu pai mais os mesmos estavam ocupados demais pensando em dinheiro e mais dinheiro é pra isso que eles vivem. Posso não ser futuramente a mãe perfeita, nem a melhor de todas porém vou fazer o melhor para o meu filho. Não importa  a minha idade eu só quero que meu filho se orgulhe de mim, sei que viver no mundo do tráfico não é algo de orgulho mais optei por viver lá e isso não irá nos interferir.

Estava cansada então logo dormi, amanhã terminaríamos de arrumar tudo e pronto podíamos ir. Deixei para avisar o Guilherme só na manhã seguinte. 

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