Capítulo Trinta e Dois.

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Ana Carolina

E lá estava eu pondo as últimas coisas dentro da mala, Guilherme me avisou que chegaria daqui a trinta minutos. Nadja foi mais cedo com o Felipe, porém resolvi ficar um pouco mais de tempo. Fui ao banheiro pois estava com enorme vontade de fazer xixi. Pego o meu celular e o relógio marca 12:30 da tarde, bloqueio a tela e vou até o sofá me sento um pedaço e com um instante a campainha toca. Olho pelo olho mágico e o Guilherme estava lá. Devem estar se perguntando como o Guilherme ficou quando soube do ocorrido, de certa forma ele amou pois agora eu iria morar com ele e o mesmo estava muito feliz. Giro a maçaneta e abro a porta. O mesmo me recebe com um abraço.

-Está pronta?- acariciou o meu rosto.

-Sim, só me ajuda com as malas?- sorri.

-Claro.- saiu e foi até o quarto.

Pegamos minhas malas e fomos colocando no porta malas, não sabia que o Guilherme tinha um carro, o mesmo só andava com o Felipe ou com o Isaac.

-De quem é esse carro?- perguntei com certa curiosidade.

-Meu.- ele falou e sorriu.

-Como comprou?- adentrei o carro e passei o cinto.

-Esqueceu que agora sou o comandante do tráfico dá rocinha?- engoli o seco e apenas assenti.

Fomos em silêncio o caminho todo, acho que o Guilherme percebeu que não estou afim de papo.

Depois de alguns minutos chegamos ao morro, de inicio fiquei assustada porém tinha que me adequar, aqui agora é o meu lar, só estou com certo medo de ser rejeitada por todos aqui.

O Guilherme dirigia devagar e com o vidro do carro abaixado todos os moradores acenavam pra ele e o mesmo retribuía com sorrisos, interessante como em tão pouco tempo todos já o adoravam. Guilherme parou em frente a uma casa maravilhosa na cor branca, era incrivelmente linda por fora. Desci do carro e o Guilherme veio ao meu encontro.

-Então o que acha?- me perguntou nervoso.

-É linda! quem mora aqui?- essa casa não podia ser do Guilherme.

-Bom a partir de hoje, quem mora aqui é a loira mais linda desse mundo e o cara mais sortudo.- corei com a sua resposta e o abracei.

Ele pegou em minha mão e caminhamos até a porta onde ele fez questão que abrisse, dei de cara com a casa toda mobiliada com moveis caros e luxuosos a televisão que ficava na sala era enorme e tomava a maioria do espaço da parede. Os moveis eram na cor branco e cinza o que dava mais charme a casa. fiquei boquiaberta com o lugar.

-Vem comigo.- ele me puxou e assim fomos subindo as escadas.

Ele me levou ao que suponho seja o nosso quarto era tudo muito lindo, parece aquelas casas de filme, nem parecia que por fora estávamos em uma favela. 

-Aqui é tudo muito lindo.- falei olhando em volta de todo quarto.

-Que bom que gostou, mamãe vai adorar saber disso.- ele falou e logo fiquei curiosa.

-Falando nela, onde sua mãe está? adoraria conhece-la.- afirmo sorrindo.

-Ela mora na rua de baixo, arruma suas coisas e vamos lá.- assenti.

Depois de quase meia hora guardei todas as minhas roupas tomei um banho e fui até a casa da mãe do Guilherme. Espero que a mesma goste de mim.

Entramos no carro e logo o Guilherme deu partida. Não demorou muito e paramos em frente a uma casa muito bonita um pouco menor compara a que estou morando porém é linda do mesmo jeito.

Descemos do carro e entrelaçamos nossas mãos, alguns moradores que estavam por ali nos olhavam com curiosidade o que me intimava. Guilherme não tocou nem na campainha e foi logo abrindo a porta. Caminhamos até a cozinha e lá estava uma mulher arrumada e não parecia ser muito velha, seus cabelos eram castanhos na altura dos ombros.

-Mãe?- Guilherme chamou fazendo a mulher se virar e olhar diretamente para mim.

-Oi filho, vejo que essa moça é a Ana Carolina estou certa?- ela perguntou e assenti dando um sorriso envergonhado.

-Muito prazer dona?- não sabia o nome da mãe do Guilherme, estranho isso né.

-Sem dona por favor meu amor, só Leandra, e o prazer é todo meu.- sorriu e me abraçou.

-Venham almoçar, não podemos deixar meu netinho ou netinha com fome.- ela falou fazendo eu e Guilherme sorrir.

Sentamos na mesa e estava tudo uma delicia, elogiei Leandra e a mesma falou que iria me ensinar algumas coisinhas sobre cozinha e adorei a ideia.

-Filho, soube escolher muito bem, sua namorada é linda e muito simpática.- corei com o elogio de Leandra.

-É mãe, acordo todos os dias tendo essa certeza.- ele fala olhando pra mim e não pude conter o meu sorriso de orelha a orelha, dei um rápido selinho nele.

Fomos para a sala e ficamos conversando, em um certo momento o rádio do Guilherme tocou e o mesmo avisou que tinha que sair mais a noite estava de volta concordei e logo ele se foi. Fiquei conversando com a Leandra e contei tudo que havia acontecido comigo e como tinha conhecido o Guilherme, também contei sobre o meu envolvimento com o Douglas e como tinha descobrido toda a verdade a mesma me contou a historia dele e fiquei apreensiva. Já se passava das 18:00 horas e nada do Guilherme.

-Vou fazer o jantar, vem comigo?- Leandra me chamou tirando-me dos meus pensamentos.

-Há sim, claro.- respondi.

-Estava voando, com o pensamento no Guilherme certo?

-Sim, estou um pouco preocupada.- falei dando um sorriso amarelo.

-Não precisa, é assim mesmo lembro-me quando esse nervosismo era comigo logo logo você se acostuma, vida de comandante não é fácil.- assenti.

-Vamos?- perguntei e ela sorriu.

Fomos para a cozinha e Leandra me ensinou a preparar lasanha, era um pouco difícil já que não sabia cozinhar nada. Logo fiz um suco de abacaxi e preparamos uma torta de chocolate com limão para a sobremesa. Arrumei a mesa com a Leandra me passando algumas instruções colocamos o jantar e estava tudo pronto, já era 20:56 da noite e então a porta se abre, entra Guilherme abraçado com um menino que suponho teja quase a minha idade eles se pareciam muito. Meu coração se aliviou quando vi Guilherme entrando e sorrindo.

O rapaz que acompanhava Guilherme me olhou de cima a baixo e sorriu.

-Oalá, que loirinha linda.- ele sorriu e fiquei envergonhada.

-Toma juízo moleque, respeita minha mulher.- Guilherme falou sorrindo e deu um leve tapa na cabeça do menino.

-Tava de zoa mermão, oi minha cunhadinha, prazer Kauã.- ele sorriu e me abraçou.

-Muito prazer Kauã, sou Ana Carolina.- soltei-me do abraço.

-Vem vamos jantar meus filhos e minha linda nora.- Leandra nos chamou e Guilherme me abraçou por trás e fomos até a cozinha.

Todos jantamos e repetimos o prato. Estava tudo uma delicia. Comemos a sobremesa e logo nos despedimos do Kauã e da Leandra a mesma me falou para sempre vim visita-lá, agradeci pela tarde maravilhosa e mesma disse para sempre repetimos.

Logo estávamos em casa. E estava sem sono pra variar.

-Sua mãe é adorável.- falei me sentando no sofá.- e seu irmão também.

Falei e o Guilherme sorriu, ele se sentou ao meu lado e beijei ele. Um beijo calmo cheio de amor, de desejo, de saudade. Ficamos um tempo trocando carias e beijos. Tomamos banho juntos e claro que o clima esquentou né. Vesti meu pijama e me deitei no peito desnudo do meu homem. É aqui que tenho que ficar. Esse é o melhor lugar tantos problemas, tantas confusões mais estamos juntos e somos eu e ele contra o mundo.

Não demorou muito e adormecemos estava muito feliz, e pretendo só aumentar minha felicidade. 


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