Capítulo Quarenta e Um.

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Guilherme 

Invadirão o morro e não foi nenhum dos cana. Era como se fosse uma emboscada, eles não mataram nem dez dos meus trutas,achei muito estranho entraram na guerra só pra morrer. Quando vejo que acabou subo na minha RR e acelero em direção a boca, vou o mais rápido que posso quem sabe lá eles não estejam me esperando. Abro a porta da minha sala e não vejo nada, estava tudo do mesmo jeito que havia deixado, nada fora do lugar. Certifico-me se tudo estava bem pela minha favela e finamente vou para casa, estaciono minha moto em frente a casa e desço correndo indo em direção a porta, vejo Nadja sentada no chão da sala chorando desesperadamente, minha filha estava em seus braços muito assustada.

— O que aconteceu aqui?— falo pegando minha filha dos seus braços.

— A-a-a Carol!— ela fala em meio a soluços.

— Fala logo Nadja.— me sento próximo a ela.

— A Carol, ela foi sequestrada.

Meu corpo inteiro congelou, meus olhos arderão, me faltou palavras, só senti as lágrimas descerem.

— Como assim? ela tava muito bem escondida, não tinha como, não não não, MERDA!

Cecília se assustou e começou a chorar, acalmei minha filha.

— Desculpa filha, desculpa o papai.— acariciei os cabelos dela.

— Me da ela eu vou colocar ela pra dormir e já volto.—assenti.

Me levanto e ponho as mãos na minha cabeça começo andar para um lado e para o outro tentando encontrar alguma explicação, ou alguém que precisaria e fosse capaz de sequestrar minha mulher. Me encosto da parede e me permito chorar, feito uma criança esmurro a parede.

— Guilherme?— Nadja me chama, enxugo as lágrimas e me viro.

— Me conta o que você sabe.

— Eu escultei o tiroteio e logo então o Felipe saiu de casa e mandou eu vim para sua casa porque era mais seguro, vim o mais discreto que pude, quando venho chegando aqui perto notei que havia um carro sem placa em frente a sua casa, nunca tinha visto esse carro antes pro aqui, me escondo atrás das plantas quando vejo um barulho estranho, forço um pouco para vê e vejo que um homem com uma máscara preto carregava a Caroline ela estava aos prantos mais ele estava tampando a boca dela, ela percebeu minha presença e derramou muitas lágrimas, ela diminuiu o choro e foi me guiando com seus olhos a entrar dentro da sua casa, tentei sair mais ela se desesperou e chorou mais ainda tentou fazer que não, com poucos movimentos possíveis para que o homem não percebe-se então me escondi mais ainda, quando o carro saiu eu corri para dentro de casa e escutei um choro abafado procurei por todo lugar até que encontrei uma porta aberta no chão eu entrei e vi a Maria Cecília sozinha, ela chorava muito, peguei ela no colo e vim aqui para a sala, você não sabe o quanto me doeu ver minha amiga sendo levada embora e eu não poder fazer nada para ajuda-la.— Nadja já estava ficando roxa.

— Não me passa nenhuma pessoa exata para que eu pense que possa ter feito isso.

— Deve haver alguém Guilherme.

— Eu abracei ela e a deixei chorar o quanto foi necessário.

Passei todo o dia a procura de informações, simplesmente ninguém sabia me dizer nada, que droga! Minha mãe tá lá em casa cuidando da minha filha, já que agora  eu não posso, tenho que procurar pela minha mulher. São onze  e meia da noite, vejo vários caras fumando, cheirando pó e por mais que eu fosse responsável por aquilo tudo eu não sentia vontade de chegar nem perto. Fecho tudo na boca e vou em direção a minha casa, adentro a casa e minha mãe estava sentada em uma poltrona com minha filha em seus braços, ela cantava algumas músicas de ninar fazendo minha pequena dormir aos poucos. 

— Chegou meu filho, alguma notícia?

— Nada mãe, eles invadirão com a intenção de me distrair enquanto o chefe deles sequestrava a Caroline. 

— Calma meu filho, vou por Cecília no quarto!

— Não é necessário mãe, me da eu ponho minha princesa no quarto do papai né filha?— beijei a testa dela.

— Tudo bem filho.

Peguei minha filha em meus braços e a levei para o meu quarto, estava tudo arrumado então coloquei alguns travesseiros de um lado da cama junto com os ursinhos e bonecas, deitei e pus minha filha próximo a mim e fiquei acariciando o seu pequeno rostinho.

— O papai tá aqui viu filha? e o papai promete que vai trazer a mamãe de volta logo logo, pra gente brincar muito, passear, pra ela cuidar de você, pra podermos dormir todos juntos novamente. O papai promete filha que a vai conseguir.— Não aguentei e acabei chorando mais ainda, tudo me lembrava Ana Caroline, eu irei encontra-la nem que para isso eu dê a volta no mundo. 

Acabo dormindo com todos os meus pensamentos e mantendo viva a esperança de encontrar minha mulher, sã e salva. 

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