Lorrelaine

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A tarde estava sendo incrível, por um instante até mesmo me esqueci dos milhares de problemas que tinha naquele momento e apenas vivi plenamente sem pensar em nada ou em ninguém, além das pessoas ali presentes.

Ficamos em um silencioso confortável enquanto comiamos, nossos pedidos, Guilherme parecia um pouco cansado mais achei melhor não perguntar, depois de um tempo Lívia perguntou:

-E você Guilherme, nunca teve interesse em ler algum livro? Sei lá nem aqueles HQ do super man(Ela brinca)

Todos rimos.

-Eu lia HQs quando tinha seis anos(Ele zomba)

-Quem está querendo enganar? Seu quarto é cheio deles(Brinca Erick)

-Lívia porque você não converte o Guilherme para o mundo dos leitores(Sugiro)

-Ótima ideia, vem vamos procurar um livro pra você(Lívia diz já se levantando)

-Eu não acho que....(Guilherme tenta dizer)

-Vai cara, é seu primeiro encontro, tem que tentar agradar(Sussura Erick ao ouvido de Guilherme o fazendo ri)

Guilherme acompanha Lívia ao outro lado da sala, aonde ficava os livros, nos deixando finalmente a sós.

Erick me encarou por alguns estantes e sorriu:

-Finalmente a sós(Ele diz com um sorrisinho engraçado)

-É exatamente o que eu pensei(Digo)

Ele pega minha mão que descançava na mesa, e começa a acaricia-la.

-Como você está, com tudo isso?(Ele perguntou carinhoso)

-Feliz por ser Lívia minha nova irmã e não uma desconhecida, mais ainda me sinto mal por minha mãe, é como se Sônia estivesse tomando seu lugar, e como se eu estivesse deixando mais.....(Suspirei cansada)

-Ninguém vai substituir o lugar da sua mãe em seu coração, tenho certeza que isso é mais importante(Ele fala com ternura)

-Tem razão, ela era única, e sempre vai ser(Falo)

-Seu pai vai dá aula para vocês duas?(Ele perguntou na tentativa de me desviar dos pensamentos tristes)

-Não, ele contratou um tutor, que olha só, vai morar na nossa casa também(Falo ironicamente)

-Eu sinto muito(Ele comenta)

-Não sinta, não me leve a mal mais não quero sua piedade(Comento)

-Eu não sinto pena de você, eu te admiro por ser tão forte(Ele fala acariciando minha bochecha com sua mão livre)

-Eu sou uma covarde, que vai deixar outra mulher entrar na casa da minha mãe...e...(Eu falava)

-Não é culpa sua(Ele fala encostando sua testa na minha)

-Eu sei.....mais se não me culpar, eu culparei meu pai, e eu não quero mesmo odia-lo por destruir a lembrança da minha mãe(Falo enquanto uma lágrima limpa meu rosto)

Ele a limpa com cuidado e delicadeza o meu rosto, e em seguida nos beijamos suavemente, com a mesma paixão da primeira vez, naquele mesmo café, às lembranças daquele dia me fizeram estremecer.

Ouvi risadas do outro lado da sala, Lívia e Guilherme pareciam estar se divertindo, senti um olhar em mim, e quando virei para o lado os dois nos encaravam boquiabertos.

-Acho que nossa intenção de ser discretos falhou(Ele sussurra em meu ouvido enquanto escuto os passos de Lívia se aproximarem)

-Aja naturalmente(Eu surruro de volta vendo seus olhos se abrirem lentamente)

Bate-papo Do AmorOnde histórias criam vida. Descubra agora