Erick

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Ja era tarde quando telefone fixo de casa tocou, Heitor pode notar minha surpresa ao ouvi-lo do outro lado da linha mais ele não pareceu se importa, me contou tudo o que havia acontecido, e eu sem esperar por sua permissão fui até o hospital.

Foi ligeiramente difícil estacionar minha camionete naquele lugar, que mais continha vaga para idosos do vagas normais, acabei por fim achando uma vaga e correndo para dentro do hospital, na sala de espera vi, Lívia sentada numa cadeira ao prantos ao lado de Guilherme.

-Aonde ela está?(perguntei agitado bem na hora em que Heitor aparece em minha frente com um expressão estranha)

-Ela não pode receber visitas, só da família, o pai dela tá lá agora(Ele comenta)

-Como ela tá?(Perguntei preocupado)

-Nada bem, parece que quebrou uma perna, e machucou feio a cabeça e um dos braços(Heitor comenta sério)

-Como aconteceú?(perguntei)

-Parece que ela tava sentado no telhado quando caiu, eu não sei ao certo(Ele comenta)

-Ela não contou?(Perguntei nervoso)

-Ela nem sequer acordou(Ele comenta se sentando ao lado de Lívia)

-Calma, vai ficar tudo bem(Ele comenta passando a mão pelas costas de Lívia)

Senti o desespero tomar conta de mim, bem a tempo de ver um mulher morena sair de um dos quartos do hospital, Lívia se levanta e corre até ela:

-Como ela está mamãe?(Pergunta Lívia ansiosa)

Todos a olhamos em expectativa.

-Nada novo, ainda não acordou mais esta bastante machucada, principalmente no braço, o médico já ensejou a perna da coitada, e ela anda se recuperando bem(A mulher comenta com um lenço na mão e parecia preste a cair no choro)

-Calma senhora vai ficar tudo bem(Heitor a consola)

-Erick, porque você e seu amigo não levam Lívia para tomar um café na cantina aqui perto, não vai adiantar nada vocês ficarem aqui(Ele comenta)

E eu acendi, nervoso demais para falar algo, Guilherme envolveu as mãos em volta dos ombros de Lívia que chorava em seu ombro, acompanhei os dois até a cantina do hospital, e peguei dois copos de esopor com café para eles, Lívia tomou nervosa, provavelmente teriam que passar a noite no hospital.

-Eu não e-entendo.....(Comenta Lívia limpando os olhos com um lenço)

-O que e-ela fazia no telhado?(Ela perguntou para ninguém em especial)

Um sensação de culpa tomou conta de mim, ela estaria tentando falar comigo? Afastei esse pensamento da cabeça e preferi pensar, que tudo não passava de uma infeliz conhecidencia.

-Calma Lili, ela é muito forte vai ficar bem, sua mãe mesmo falou, ela já está se recuperando(Guilherme comenta todo carinhoso)

-Mais ela a-ainda não acordou(Ela soluça)

-Eu sei, eu sei, mais vai acordar eu sei, se quiser posso passar a noite aqui com você(Guilherme oferece)

Ela balançou a cabeça negativamente.

-Mais eu quero pedir um favor, aos dois(Ela pede entre soluços)

-Peça(Falo)

-Podem ir lá em casa, para cuidar do Choquitos? Ele deve estar assustado, e provavelmente não vamos voltar para casa até a Lolita melhorar(Ela pede triste)

-Claro(Diz Guilherme)

-Eu prometo ligar, caso ela melhore(Ela comenta olhando para mim)

Acendi.

Heitor de aproxima com total traquilidade.

-Lívia sua mãe me pediu que eu a levasse para casa(Diz Heitor)

-Sem chance, eu vou ficar aqui(Ela fala firme)

-E o pretende? Dormi nas cadeiras de hospital? Não seja tola, volte para casa, tente dormi, eu preciso ficar pois sou responsável por um dos turnos de Lorrelaine(Ele comenta)

-Como assim você não é da família(Comento indignado)

-O pai dela não vai poder ficar por muito tempo, ele precisa voltar aos compromissos assim como Sônia, eles vão voltar apenas pela manhã(Ele me comenta me olhando com desprezo)

-E não podemos ve-la?(Perguntei)

-Os médicos não permitiriam, mais quem sabe mais tarde eu não os ajude, mesmo que seja brevemente(Ele comenta)

-Obrigado(Comento)

-Não a de que(Ele fala nos dando as costas)

Lívia não parava de chorar um só estante, até que Guilherme conseguiu convencê-la a ir com ele até os sofás da sala de espera, ela ainda estava muito agitada e pensei com meus botões que eu não devia dá mais café a ela.

A noite se tornou madrugada e no meu relógio de pulso já passava das três da manhã, e eu ainda estava ali naquela sala de espera comendo tudo que era tipo de porcaria, Lívia já havia dormido, e Guilherme estava quase lá, ouvi passos lentos e ao longe Heitor me chamar com um sinal nas mãos.

Fui até ele sem hesita, se aproxima e sussura em meu ouvido:

-Sala doze, enfermeira Márcia, e se perguntarem seu nome é Heitor....(Ele fala rapidamente)

-Obrigado(Comento)

-Não demore você tem vinte minutos, antes que as enfermeiras mudem de turnos(Ele fala)

Me apresso em achar a sala, que por sinal logo achei, entrei sem fazer barulho avaliando a sala, não havia ninguém, apenas Lorrelaine deitada em uma cama que por incrível que pareça parecia confortável, afinal aquele era um quarto particular percebi, ao observa-la melhor, minha preocupação só piorou, na sua testa havia um pequeno curativo, e sua bochecha tinha vários arranhões, assim como seu braço completamente machucado, ela tomava soro pelo outro braço, e havia algo em seu rosto, provavelmente para ajuda-la a respirar, ao seu lado, um aparelho irritante fazia um: pic, pic, pic a todo instante.

Fui até ela e sentei ao seu lado na cama acariciado seu cabelo, até que me dei conta, seu longo e cedoso cabelo não estava mais ali, em seu lugar havia um cabelo curto ainda bonito, mais que trazia uma mudança considerável, em sua aparecia, só então notei o corte perto do seu pescoço, devia ser esse o motivo do novo corte de cabelo, quem diria, eu mesmo já sabia que quando Lorrelaine acordasse não ia gostar nada disso, pensando nisso acabei perdendo a noção do tempo, dei um leve beijo em sua testa, e sai dali escondido.

"O para sempre é composto de agoras"
Cidade de papel

Bate-papo Do AmorOnde histórias criam vida. Descubra agora