lorrelaine

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Acordei como uma sensação estranha, tomei café e para minha surpresa meu pai estava a mesa, com a intenção de colocar todos os meus estudos em dia naquela manhã, não adiantaria discutir ele não mudaria de ideia, então decidi passar o resto da manhã com ele aprendendo trigonometria, ao invés de ficar no meu quarto de bobeira pensando na roupa que ia usar hoje a tarde.

Quando finalmente me livrei do meu professor particular, corri para o chuveiro e tomei um banho quente, enquanto colocava as ideias no lugar, ao sair me vesti rápido e logo após almoçar eu fui ao seu encontro, já estava na porta quase saindo quando meu pai falou:

-Vai sair?(Perguntou surpreso)

-É eu conheci uma amigo, no café, e eu fiquei de encontrar ele hoje(Minto não precisava de mais perguntas sobre o porquê eu de eu estar indo para casa do meu vizinho em plena segunda feira)

Ele apenas sorriu e disse:

-Diverta-se

Saí e fui até a casa ao lado, estranho como, durante todo aquele tempo eu nunca havia visto o interior daquela casa, nunca tinha ido lá nem para pedir uma xícara de açúcar, sorri e toquei a campainha.

Um cara alto e forte abriu a porta, ele tinha cabelos escuros e olhos claros assim como os de Erick, que por acaso se parecia muito com o cara a minha frente, sorri e perguntei:

-O Erick está?

-Está sim, quem é você? (ele pergunta gentilmente)

Antes que eu pudesse responder Erick aparece no vão da porta, e fala:

-Tobias essa é a Lorrelaine, uma amiga e nossa vizinha(Ele comenta)

-É um prazer(Eu falo estendendo a mão)

Ele sorri, e aceita.

-E Lola..esse é o meu irmão Tobias(Ele fala)

Fiquei surpresa dele está ali, então falei:

-Erick me falou que estava viajando(Comentei)

-E estava, cheguei a pouco tempo, mais já estou voltando em breve(Ele diz)

-Então vamos?(Ele pergunta)

-Pensei que fôssemos ver um filme na sua casa(Comento)

-Mudança de planos, surgiu uma ideia melhor(Ele comenta)

-Tudo bem então(Falo)

Nós afastamos e ele abriu a porta de uma camionete vermelha para mim entrar, ao estarmos lá dentro falei:

-Não sabia que tinha uma camionete(Falo sorrindo)

-E eu não tinha até uns três dias atrás(Ele comenta sorrindo)

-Aonde vamos?(Perguntei)

-Primeiro, buscar um amigo, e em seguida realizar um de seus sonhos malucos(Ele fala ligando a camionete)

-Não me diga que vamos comer torta na calçada, porque isso não era bem um sonho(Brinco)

-Não bem melhor(Ele ri)

Ficamos calados durante os cinco minutos que demoramos para chegar na casa do tal amigo, ele pediu para eu esperar na camionete, enquanto ele resolvia, na Língua dele: "umas paradas" dez minutos depois ele voltou com um garoto, ele era branco e alto, tinhas os cabelos enrolados e olhos verdes encantadores, ele abre a porta da camionete para mim, enquanto o garoto, um tal de Guilherme, assumia a volante.

Ele me ajudou a subir na parte traseira da camionete, fazendo o mesmo em seguida.

-O que estamos fazendo?(Perguntei)

-Não seja curiosa, é melhor se sentar(Ele fala enquanto da uma olhada no vidro que separa nossa parte da parte do motorista e da o sinal para Guilherme ligar o carro)

Já estávamos um pouco afastados de nossas casas, e Erick e eu permanecemos sentados por um longo tempo, vez ou outra ele falava algo para Guilherme, mais nunca conseguia ouvir devido o barulho, continuei sentada olhando os carros em volta passarem, e nos olharem estranho.

Eu já ia perguntar que diabos nos fazíamos numa via de mão única perto do centro da cidade quando ele gritou:

-GUILHERME É AGORA!!

Entendendo o recado Guilherme aumentou o som do rádio que tocava: Akon dont matter, mais na verdade havia acabado de começar, olhando mais a frente vi um túnel imenso com a claridade Fraca tão comprido que eu nem enchecava o final.

Ele fica de pé, e estende a mão para mim.

-Vem(Ele pede)

-Tá maluco, eu não tenho equilíbrio para isso(Eu falo)

-Eu te seguro(Ele insiste)

-É mesmo e quem é que te segura?(Eu falo nervosa)

-Vem logo(Ele pede rindo pegando minha mão delicadamente e me colocando de pé)

Nesse estante entramos no túnel, e ele coloca as mãos em volta de mim enquanto segura no teto da camionete.

-Abra os braços, se é pra fazer faça direito(Ele incentiva)

Lentamente crio coragem e abro os braços, o vento ali em cima era tão forte que pensei que fossem arrancar meu braço fora, o vento prosseguia bagunçando meu cabelo e me empedindo de mater os olhos por muito tempo abertos, o radio ainda tocava uma de minhas músicas favoritas, e diferente de mim, Erick estava calmo, com um estado de naturalidade incrível.

Foi incrível, até ele soltar os braços da camionete, e abri-Los também, quase me matando do coração, deixei escapar um grito.

Ele riu.

-Calma, eu nunca te deixaria cair(Ele sussurra ao meu ouvido)

Já havia se passado alguns minutos quando finalmente vi o final do túnel, lentamente Erick me ajudou a senta fazendo o mesmo, enquanto escutavamos os últimos acordes da minha música maravilhosa.

-Você me faz fazer coisas completamente malucas(Ele fala sorrindo)

-Eu? Quem foi que me puxou para cima de uma camionete em movimento(Perguntei rindo enquanto tentava desfazer os nois no meu cabelo)

Ele sorri.

-Eu sei que você gostou, e isso por si só já valeu a pena(Ele diz)

Eu sorriu sem jeito, e ele me encara cravando seus olhos no meu.

-Para!(Eu falo)

-Parar com o que?(Ele pergunta brincalhão)

-De me olhar dessa maneira(Eu falo rindo)

-De que maneira?(Ele provoca)

Eu ri, ele se senta ao meu lado envolvendo seus braços em torno de mim.

-Esta gelada(Ele comenta)

-Da próxima vez ao menos me avise para eu colocar uma casaco(Brinco)

Ele sorri, e começa a tirar seu casaco.

-Não precisa eu tava brincando(Tento falar mais sem me dá ouvidos ela já havia colado o casaco sobre meus ombros)

-Está com fome? Sei de um restaurante de beira de estrada que serve uma ótima torta(Ele brinca)

Eu ri.

-E sabe qual é a melhor parte?(Ele pergunta)

-O que?(Perguntei)

-Eles não tem mesas(Ele fala rindo daquela forma fofa e inclinado a cabeça para trás)

"As vezes é preciso perder para encontrar"

Cidade de papel.

Bate-papo Do AmorOnde histórias criam vida. Descubra agora