Eu ainda pensava naquela tarde quando eu e a Lívia voltamos para casa naquela noite, nunca ninguém havia feito algo parecido para mim, era o tipo de coisa que só se via naqueles filminhos de romance clichê, mais apesar disso...eu havia amado cada momento daquela tarde, eu e Lívia ainda falávamos sobre isso quando abri a porta de casa e tomei maior susto.....
Meu pai estava sentado a mesa ao lado de Sônia, e um homem que eu nunca havia visto na minha vida, quando entramos todos os olhares da sala se dirigiram a nós, o desconhecido sorriu e comentou:
-Essa deve ser as meninas(Ele comenta ficando de pé)
-Uau!(Sussurra Lívia ao da uma rápida conferida no tal desconhecido)
O observei melhor.....ele tinha aparência de ter no máximo 20 anos, sua pele era parda, um pouco bronzeada, seus cabelos me lembravam aqueles surfistas dos filmes, e ele tinha um olhar encantador, tive que admitir.
Meu pai nos olha sorrindo:
-Essa é minha filha Lorrelaine, mais pode chama-la de Lola(Diz meu pai sem notar minha confusão)
Ele me encara por um breve estante e sorri:
-É um prazer seu pai me falou muito de você(Ele comenta estendo a mão gentilmente)
Eu aceito e um pouco rude perguntei:
-E você é?
-Heitor, sou o novo tutor de vocês, você deve ser a Lívia imagino(Ele comenta já se virando para cumprimentar Lívia)
-Eu mesma(Ela comenta sem graça)
-Havia esquecido que você vinha hoje(Comentei meio sem graça)
-Sem problema, seus pais me contaram muito sobre vocês enquanto não chegavam(Ele comenta)
-Lola aonde você e Lívia estavam, já está bastante tarde(Pergunta meu pai curioso)
-Nós saímos com uns amigos, da Lola(Comenta rapidamente Lívia)
A olhei com um olhar de cumplicidade, que ela retribuiu.
-Eu adoraria ficar mais um pouco, mais eu estou exausta da viagem, se importam se eu for pro meu quarto?(Lívia pergunta)
-Claro que não querida, pode ir(Comenta Sônia)
-Boa noite Lili(Comento beijando sua bochecha)
Ela sobe as escadas rumo ao quarto de hóspedes, que ela fez questão de conhecer assim que chegaram, e fez questão de se estalar lá imediatamente.
-Bom eu preciso deixar Sônia em casa, porque vocês não conversam um pouco, e depois Lorrelaine pode lhe mostrar seu quarto(Comenta meu pai já pegando as chaves do carro)
-Acho uma ótima ideia(Comenta Heitor colocando a mão nos bolsos)
Meu pai sai acompanhando de Sônia que nem sequer me dirigiu um olhar, desde de que havia chegado ali, suspirei e peguei uma maçã no fruteiro.
-Então, seu pai me contou que gosta de ler(Ele comenta se sentando numa cadeira, e apoiando os braços na mesa)
-Amo, ler se tornou para mim, mais que um robe é tipo um estilo de vida entende?(Comento mordendo a maçã)
-Claro que entendo, me formei em literatura, entre outras coisas(Ele comenta de repente parecendo muito interessado em mim)
-Jura e você tem quantos anos?(Perguntei curiosa)
-Vinte dois, porque não parece?(ele zomba)
-Na verdade eu não lhe dava nem vinte(Confessei)
Ele sorri meigamente:
-Então acho que devo me sentir lisonjeado não é mesmo?(Ele brinca)
-Acho que sim(Admito)
-E você, o quer ser quando tiver minha idade?(Ele pergunta)
-Bom sinceramente? Rica, mais se não rolar, eu aceito um trabalho de escritora(Comento dando outra mordida na minha maçã)
-Você escreve?(Ele pergunta surpreso)
-É acho que sim, às vezes eu escrevo.....sei lá poesias, rimas, músicas que nunca ficam boas(Comento dando de ombros)
-Você tem muita sorte, várias pessoas com o dobro da sua idade tem dificuldades com a escrita(Ele fala)
-Tipo quem, você?(Perguntei arquendo uma de minhas sombracelhas)
-Não eu não, e já disse que tenho apenas vinte dois, não sou tão velho, eu poderia ser seu irmão mais velho(ele comenta sério)
-Eu não tenho irmãos(Comentei seria)
-E não considera Lívia como tal?(Ele perguntou)
-Ainda não, até ontem eu nem mesmo sabia que meu pai havia encontrado uma mulher para usurpar o lugar da minha mãe(Resmungo mordendo minha maçã)
-Uma menina bonita, inteligente, com um vocabulário expandido e correto, você tem um futuro brilhante(Ele comenta)
-Você acha?(Perguntei dando de ombros)
-Tenho quase certeza, agora me diga, você sabe o significado da palavra usurpar?(Ele me perguntou num tom de desafio)
-Claro que sim, significa apossar-se de um lugar que não é seu,de uma posição que não é sua(Comento revirando os olhos)
-Surpreendente, e o que mais gosta de ler?(Ele pergunta me encarando sério)
Seu rosto sempre sério me deixava meio nervosa, não sei se por estar tão abituada, com Guilherme e Erick sempre rindo e fazendo piadas, mais não me sentia a vontade ao falar com ele.
-Eu gosto de todos os gêneros(Falo jogando minha maçã no lixo)
-E qual seu preferido?(Ele perguntou)
-Romance(Confesso)
-Que decepção, e eu aqui achando que você era diferente(Ele comenta)
Eu sorri, porém ele permaneceu sério.
-Você gosta mais de infanto juvenil, ou preferi livros, como posso dizer.....mais adultos?(Ele pergunta)
-Eu gosto de ambos, apesar de já não ser tão jovem quanto antes ainda me sinto como uma criança às vezes, como se nada tivesse mudado(Comento sonhadora)
-Você se considera então uma pessoa infantil?(Ele pergunta me analisando)
-Ah sim, um pouco né, tipo quem aos 17 anos ainda dá nomes para os bichinhos de pelúcia(Eu brinco dessa vez o fazendo ri)
-Minha irmã nomeou os seus ursinhos de pelúcia até os vinte e sete, mais ela é uma solteirona, que mora com doze gatos(Ele comenta)
-Temos um gato aqui(Comento animada)
-É mesmo? E como se chama?(Ele perguntou)
-Choquitos(Falo)
-Choquitos? Tipo um chocolate?(Ele pergunta)
-Exatamente como um chocolate(respondo)
-E aonde você estava essa noite? parece ter se divertido(Ele comenta)
-Eu saí um com Lívia e uns amigos(Comento)
-É mesmo? Amigos tipo os vizinhos do lado?(Ele perguntou apontando para a casa de Erick)
-Tabom você me pegou, só não conta pro meu pai se não ele vai ficar impossível!(Eu peço)
-Tudo bem eu não conto(Ele comenta sorrindo)
"As vezes você faz escolhas na vida, e as vezes às escolhas fazem você.Essa é a beleza das coisas"
Se eu ficar

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Bate-papo Do Amor
RandomLorrelaine Carstairs uma garota tímida que se fechou ainda mais para mundo, após a morte de sua mãe viu na internet uma forma de se relacionar com mundo, sem estar diretamente ligado a ele, até que ela acha uma pessoa que compartilha o mesmo fascín...