Erick

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Estranhamente já era quase meio dia e ainda não tinha recebido notícias de Lola, será que ela não havia gostado da minha cantoria e agora estava me evitando?

Ela não parecia ser esse tipo de garota, ela parecia bastante feliz na noite passada e me obriguei a lembrar que ela também tinha outros problemas com que se preocupar, que provavelmente ela iria aparecer no horário da tarde como sempre, para sairmos juntos ou ficar de bobeira.

Mais a tarde chegou e minha preocupação só aumentou, olhei para a janela aperta de seu quarto, ela não estava lá o que por si só já era bem estranho, já que ela passava maior parte de seu tempo ali, isso indicava ou que ela não estava em casa ou que estava no andar de baixo estudando com seu pai, mais ele também não estava em casa, pois seu carro não estava na garagem.

Já estava pensando em mandar um "Oi" no Chat ou ligar para sua casa, quando vi seus cabelos loiros passarem pelo quarto, peguei o netbook e escrevi rapidamente, o virando para a janela e batendo nela de leve para chamar a atenção.

Ela me olha parecendo surpresa e um sorriso brilha em seus lábios.

Ela leu o netbook:

"Podemos sair hoje a tarde?"

Ela pega seu netbook, que estava aberto na escrivania e digita rapidamente, o virando para mim:

"Não posso, meu tutor chegou hoje, e meu pai não quer que saia de casa hoje por causa da Lívia, quem sabe amanhã?"

Não satisfeito com sua sugestão, perguntei:

"Então posso invadir seu quarto quanto todos estiverem na cama?"

Eu tinha que ao menos tentar ve-la.

Ela sorri graciosamente, e mostra o netbook pra mim:

"Tudo bem, mais se tentar algo eu grito"

Ri do seu aviso e depois comentei, ainda pelo netbook:

"Fiz você passar muita vergonha ontem?"

Ela riu alto me fazendo olhar diretamente para sua boca.

"Foi a coisa mais linda que alguém já fez por mim"

Sorri, e digitei mais um pouco:

"Quer namorar comigo?"

Ela sorri e responde:

"Pensei que já fossemos namorados"

Eu ri e digitei mais algumas palavras:

"Mais não é tão mais romântico fazer o pedido formalmente?"

Ela ri.

"Acho que sendo assim, eu aceito seu pedido de ser meu namorado, apesar de eu já ser a sua"

Ri e fechei o notbook, ela fez o mesmo, me dirigiu uma última olhada, e saiu do quarto.

Me senti estranhamente entediado sem Lorrelaine para me fazer companhia, e mais do que nunca senti falta de Tobias, até ler era doloroso, pois se eu lesse uma parte muito legal ou muito engraçada não teria ninguém para compartilhar conversar, ou até mesmo comenta sobre como aquele livro é bom.

Guilherme não havia me ligado naquele dia e resolvi deixa-lo em paz, passei o resto de minha tarde deprimente procurando algo pra fazer, até que resolvi por as séries em dia, porque não, havia pelo menos meia dúzia de séries atrassadas que eu havia ficado de atualizar nas férias, mais o fato é que de repente eu tinha algo para fazer nas tardes da minha vida sem ser ficar com a bunda estancada no sofá cama, porém reviver um pouco dos velhos tempos foi bom, Axel me fez companhia durante todo o processo enquanto eu tentava não durmi nas cenas de beijos.

Quando dei por mim já havia se passado mais de três horas e eu ainda estava ali, jogado, e de hora em hora minha mãe ia lá me deixar algo para eu beber talvez com medo de eu esquecer de me hidratar.

Como estava quente hoje, não seria nada mal ir para uma praia, mais ir pra praia sozinho é quase tão deprimente quanto ir com os pais, Axel definitivamente não era uma opção, às pessoas levavam cães para praia e não gatos, e sem falar que a única companhia que Axel poderia me fazer era dormi em meus pés, decidi que pensaria nisso amanhã, quem sabe Lorrelaine não topava ir comigo.

Fui até o jardim de trás e avistei nossa pequena gangorra, aquela amarela e gasta que eu brincava com Tobias quando tinha cinco anos, vendo ela ali balançando com o vento, quase pude ver dois meninos sapecas rindo, e discutindo sobre o porquê de Star wars ser melhor do que Harry Potter ou coisas do gênero, nunca fomos crianças normais e isso preocupava minha mãe.

Invés de conversarmos sobre carros e desenhos como toda criança, da nossa idade discutíamos o por que do céu ser azul, ou se smurfs era ou não reais.

Era bom pensar que agora ele estava realizando seus sonhos, desde de pequeno ele sempre havia me dito que queria ser médico, e eu sempre dei total apoio já que nem sabia ao certo o que um médico teria que fazer para salvar uma vida.

Ali olhando para aquela gangorra decidi ser um pouco mais como Tobias, forte, decidido, enfim talvez um dia........

Pensava nisso quando uma mão gelada tocou meu ombro me despertando.

-Está tudo bem meu filho?(Pergunta minha mãe me olhando seria)

-Tá sim mãe(Respondo forçando um sorriso)

-O que faz em casa essa hora, você não vai sair com a tal menina de novo?(Ela perguntou)

-Ah hoje não, ela anda meio ocupada(Comento)

-Entendi, só não fique muito tempo em casa, o dia está lindo lá fora(Ela diz me dando um beijo na bochecha)

Já estava escuro quando vesti meu casaco e abri a janela, esperando o momento certo para ir até Lorrelaine, o vento lá fora estava insuportável apesar do calor que havia feito pela manhã, então resolvi esperar até que ela abrisse a janela, esperei impacientemente com a janela aberta, até que finalmente Lorrelaine aparece e a abre, me dirige um sorriso rápido e espera até que eu chegue até ela.

"O que é verdadeiro volta? Não.
O que é verdadeiro não vai.O que verdadeiro permanece"

Querido John

Bate-papo Do AmorOnde histórias criam vida. Descubra agora