Bate-papo Do Amor

Erick

quando cheguei Lorrelaine estava sentada no sua novo sofá cama, de cor horrorosa mais parecia confortável, seus cabelos estavam envolvidos em duas tranchas uma em cada lado do ombro, o curativo em sua testa já havia sido removido, e o enxacho em seu rosto antes tão evidente começava a ceder, ela deu de ombros quando entrei apenas me observando.

-Como vai?(Perguntei me sentando ao seu lado)

Ela suspira abraçando minha cintura, e beija minha bochecha.

-Como está se sentindo?(Perguntei na tentativa de faze-la falar)

-Um pouco dolorida, minha cabeça ainda dói, e eu tô ficando louca sem poder andar por ai(Ela comenta impaciente)

-Cadê todo mundo?(Perguntei acariciado seus cabelos antes tão longos agora mal passavam do queixo)

Ela sorri.

-Lívia acabou de sair(Ela fala simplesmente)

-E te deixaram sozinha?(Perguntei surpreso)

-Não eu falei que você vinha me ver(Ela diz)

-Está feliz por estar em casa novamente?(Perguntei)

-Estou feliz por esta com você novamente(Ela diz se aproximando lentamente e me beijando intensamente)

Acariciei seus cabelos loiros, enquanto sua boca se colava a minha, ela sorriu afastando sua boca da minha.

-Como está sua perna?(Perguntei acariando seus braços)

-Péssima, acho que vai ter que ficar aqui pra cuidar de mim(Ela brinca)

Eu ri.

-Já que está tão mal, me vejo obrigado a ficar(Falo sorrindo)

Ela sorri me encarando intensamente.

-E como foi lá na loja de terno, daria tudo para estar lá(zomba)

-Foi um momento único na vida que não pretendo repetir, acredita que a maioria dos ternos não deu no Gui por ele ter ombros largos? Foi um inferno(Falo)

Ela ri, mais algo em sua expressão me deixou preocupado.

-Tá tudo bem?(Perguntei)

De repente ela ficou muito séria e antes que ela pudesse dizer qualquer coisa lágrimas invadiram seus olhos, meu coração se partiu em dois ao ve-la soluçar, mais eu como a maioria dos homens não fazia ideia do que fazer quando uma mulher chora, optei por abraço, ela coloca as mãos em volta de minha cintura e aberta freneticamente como se tivesse medo de eu escapar, que ideia eu mal podia me mover.

-Você quer me contar o que tá acontecendo?(Perguntei a ela pegando seu rosto com as mãos e a obrigando a olhar para mim)

-Eu não quero te perder(Ela diz enterrando a cabeça em meu peito)

-Sei que ficamos de não falar nisso....mais não dá é inevitável...eu penso nisso toda hora...e só penso que quanto mais me apego a você maior vai ser a dor na hora de partir, eu não quero isso Erick, eu já sofri muito....(Ela me diz desesperada)

-Lola, calma tá bom?olha me escuta(Eu peço a fazendo me olhar de novo)

-Eu te amo ok? Eu nunca lhe faria sofrer, eu te amo desde de que você era uma menininha assustada que não tinha amigos, eu já te amava quando me mandou aquela primeira mensagem, eu faria tudo para não te magoar, porque os dias que passei com você foram os melhores da minha vida(Comento tocando sua testa na minha)

-E-Eu também te amo(Ela fala entre soluços)

-Então tá tudo certo, vamos dá um jeito, eu ainda não sei qual, mais eu te prometo que vai da tudo certo(Eu prometi)

-E não importa quanto tempo se passar nem com quantos anos você estiver eu sempre vou te amar com na primeira vez que te vi, você usava tranças...muito parecidas com essas(Comento tocando suas tranças a fazendo sorri)

-E seu sorriso era tão puro, tão expotaneo tão sincero, uma garotinha boa, machucada pela vida, eu gosto tanto do seu sorriso...fico feliz que hoje eu seja um dos motivos para ele brilhar tanto(Comento tocando seu queixo com cuidado e o erguendo pra cima)

Ela sorri, e fala limpando o rosto:

-Só está falando isso para me acalmar(Ela diz)

-Não estou aproveitando seu trama, para falar algumas coisas que não falaria em circunstâncias normais(Falo)

-Trama? eu não sou tramatica(Falou cruzando os braços)

Sorriu a abraçando de forma que não pudesse mexer os braços, ela me encara confusa, mais em seguida quando começo a fazer cosquinhas em sua barriga ela ri esteticamente se debatendo em meus braços, seus risos invadiam o ambiente, até ela finalmente conseguir se soltar de meus braços e ainda arfando e rindo alto diz:

-Isso é jogo sujo, não pense que escapou, eu não sou dramática!!!(Ela fala fingindo esta brava)

-Claro que é, você é de câncer(Comento dando um meio sorriso)

Ela me analisa por um estante e finalmente fala:

-Quanto Lívia te pagou para falar isso?(Ela me perguntou desconfiada)

-Perdi uma aposta(Admito)

-É mesmo que aposta?(Ela me perguntou arqueando às sobrancelhas)

-Apostamos que quando você acordasse você ia me dá um pé na bunda, Lívia ganhou eu tô aqui(Falo por fim dando de ombros)

-O que eu perdi?(Ela me pergunta)

-Nada importante, Lola eu posso te fazer uma pergunta? Mais quero que me responda com sinceridade(peço sério)

-Pode e eu sempre sou sincera com você(Ela fala ofendida)

-Eu sei, eu sei, mais o que há entre você é o Heitor?(Perguntei inseguro)

-Nada ele só é o meu......perai você tá com ciúme?(Ela me perguntou meio que rindo)

-Ciúmes eu? É claro que não(minto)

-Eu acho que tá sim(Ela fala envolvendo as mãos em meu pescoço)

De repente fiquei estramente constrangido.

-Aí que lindo você agora tá com vergonha(ela fala rindo beijando minha bochecha me perto de minha boca)

-Eu não tô com ver...(Mais já era tarde de mais sua boca já estava sobre a minha)

Minhas mãos acariciavam seus braços, sua pele colada na minha......barulho de carro na garagem, Lola se afasta rapidamente.

-Senta!! Senta!!(Ela sussurra)

Enquanto eu ainda meio grogue, me arrumei no sofá me sentando um pouco reto demais, a porta se abre, e ta de brincadeira esse cara de novo?

"Me apaixonei do mesmo jeito que alguém cai no sono: gradativamente, e de repente de uma hora para a outra"
A culpa é das estrelas