Mafia

10-Adaptando

Clary Narrando
Já faz 3 meses em que estou no Brasil, não mudei nada.
Meus olhos azuis continuam normais, corpo normal, e apenas meus cabelos pretos lisos que se encontram perto do quadril.
Sei que deveria mudar o cabelo pelo menos, mas optei por não mudar nada.
Meus negócios vão de bom para melhor e Fernando ainda não me encontrou.
Investiguei todo esse tempo o tio de Fernando, mas parece que o desgraçado era mesmo responsável pela morte dos meus pais.
Raios! Queria te-lo matado com as próprias mãos, mas chegaram antes.
Então é isso? Minha vingança está quase acabada, só falta assumir o controle da empresa de meu pai. Mas terei que me encontrar novamente com Fernando.
Hoje decidi que irei a uma boate nova que está inaugurando.
Estou me arrumando, só falta as joias.
Pego um conjuntos de brinco de brilhantes e uma gargantilha de brilhantes.
Me olho no espelho para ver se não falta nada.
Estou usando um vestido preto de manga comprida curto aberto nas costas, salto alto preto e cabelo solto, maquiagem escura.
Saio do quarto e vejo Robson e Murilo arrumados, Murilo está usando uma calça jeans preta e uma camisa com gola V azul claro marcando seus músculos, Robson está usando uma calça jeans branca e uma camisa preta marcando seu corpo definido.
-Hoje vocês vão querer pegar a boate inteira? -Pergunto brincando e eles riem.
-Madame você está linda. -Me elogia Robson com seus lindos olhos verdes.
-Obrigada e hoje nada de madame, vamos apenas nos divertir como jovens que querem encher a cara e amanhecer de ressaca. -Falo, afinal de contas faz tempo que não aproveito as coisas talvez seja bom eu relaxar um pouco.
Sigo até a garagem e vou até minha Ferrari preta e Murilo vão até as suas Ferrari pratas que dei para eles de presente mês passado.
Entro no lado do motorista e olho para ver se eles já entraram em seus carros, ligo minha bebe e saio em disparada assim que o portão da garagem se abre.
Após uns minutos chego até a boate que pelo visto se encontra lotada, estaciono e saio da minha Ferrari e rapidamente Robson e Murilo aparecem ao meu lado.
-Vocês estão lerdos. -Brinco e vejo um sorriso em seus rostos. Pelo menos esta noite não terá olhares frios de ambas as partes.
Sigo até a entrada da boate ignorando a fila e assim que os seguranças veem Robson e Murilo ao meu lado eles nos dão passagem livre.
A música alta preenche nossos ouvidos, ando até onde fica o bar atraindo diversos olhares.
-Três tequila. -Peço ao garçom atrás do balcão que me devora pelo olhar. Ele vai até algumas bebidas e volta com três copos, entrego um para o Robson e outro para Murilo. -Saúde. -Falo para os dois e viro o copo e logo em seguida os dois fazem o mesmo. -Vamos dançar? -Os chamo e eles me olham sem entender. Devo ter falado grego.
-Gosto de observar. -Fala Robson querendo escapar de mim. Rio e o puxo para dançar pelo braço e aproveito e pego na mão de Murilo o puxando para o meio da pista também.
Desviamos de algumas pessoas e logo chegamos no meio da pista.
Começo a dançar no ritmo da música que preenche meus ouvidos. Olho para Robson e Murilo e aos poucos eles vão se soltando.
Rio e danço provocando-os.
Após umas musicas me dá sede.
-Que tal três rodadas seguidas? -Pergunto próximo ao ouvido de Murilo e ele ri e sai andando em direção ao bar e puxo Robson pelo braço para seguir Murilo.
Assim que alcanço Murilo ele já está equilibrando os copos de tequila e indo em direção a uma mesa.
Vou até à mesa que ele escolheu que fica um pouco afastado da pista de dança e próximo do bar. Ótimo!
Me sento no meio dos dois.
-Nossa deveríamos fazer isso mais vezes. -Fala Robson virando um copo. Rio dele e faço o mesmo, olho para Murilo que se encontra rindo também sem seu olhar frio. Respiro fundo já sabendo que esse momento normal não durará muito. Olho contente pelo o único momento normal de minha vida no qual não tive que me preocupar em estar sendo seguida ou com as contagem das balas em minha arma.
-Concordo. -Falo. -Então Murilo eu sei que sou uma empaca foda mesmo e se quiser ir ali se divertir essa é sua chance. -Falo fazendo ele olhar uma loira que o devora pelo olhar.
-Sei lá prefiro as morenas. -Fala ele olhando para um grupo de garotas que tem uma morena o devorando pelo olhar também. Rio junto com Robson.
-Cara vai logo lá então. -Fala Robson entrando na brincadeira. Murilo me olha como se estivesse pedindo permissão e faço que sim com a cabeça. Afinal de contas, que mau tem?
Murilo se levanta e segue até a morena dos olhos verdes.
Olho para o Robson e percebo que ele também deve querer se divertir.
-Vai logo comer uma puta, vou dançar. -Falo alterada pela bebida e me levanto. Ele se levanta e fica a minha frente.
-Mas é perigoso. -Fala ele preocupado.
-Vai logo! -Falo fazendo cara de brava, mas acabo rindo e ele junto.
Ele logo sai da minha frente me deixando passar e vai até um grupo de meninas que eu acho que devem ter 18 apenas, mas quem sou eu para julgar.
Vou até a pista para dançar uma música do Drimit Vegas.
Começo a dançar no ritmo da música e fecho os olhos como se a música me fizesse esquecer quem sou por um momento. Abro os olhos e volto para a realidade e continuo a dançar.
As luzes de neon se destacam e começo a dançar lentamente. Olha o álcool fazendo efeito.
Sinto mãos na minha cintura e decido deixa as mãos grandes e fortes na minha cintura, começo a rebolar só para provocar o cara atrás de mim e ele me puxa colocando nossos corpos.
Jogo meu cabelo para um lado dando acesso a ele a meu pescoço por estar de costa para ele. Sinto algo tocando em minha bunda e senhor, que isso.
Ele começa a depositar beijos em meu pescoço me arrepiando e decido me virar para ele.
Devido às luzes não consigo ver muito seu rosto, apenas seus olhos verdes com um misto de mel frios que me lembram alguém.
Sem pedir permissão ou falar uma palavra ele coloca a mão na minha cabeça e outra na minha cintura e me agarra e me beija.
Nossa que beijo, sem perceber eu já estou respondendo seu beijo e passo meus braços por cima de seu ombros o puxando mais para mim.
Paro de beija-lo e o olho e vejo um sorriso em sua boca.
-Vamos para um lugar mais reservado? -Convida ele com uma voz grossa que conheço. Merda, mil vezes merda!