15-Realidade

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Clary Narrando
Abro os olhos com certa dificuldade, olho ao redor e me encontro num quarto grande com decoração em tons brancos.
Me sento na cama rapidamente e noto que não estou amarrada, estranho isso.
Vejo uma aliança de casamento no meu dedo.
Noto um bilhete em cima de um criado mudo. Pego o bilhete e o leio:

Lamento que você não estava consciente no nosso casamento, mas garanto que irá gostar da nosso lua de mel em uma ilha deserta minha.
De seu marido Fernando.

Fernando seu canalha!
Aquele projeto de pessoa me sequestrou.
Mas eu não posso estar casada com ele, não assinei nada.
Vejo que estou usando uma camisola preta curta. Merda, será que ele me trocou.
Me lembro do ódio pelo Fernando e fico mais nervosa.
Não é possível eu o matei.
Arg! Que raiva.
Soco a cama.
Não o matei!
Me levanto rapidamente e sigo até uma porta, a abro e vejo um banheiro enorme. Fecho a porta e abro a do lado e dou de cara com um closet enorme, com uma parte masculina e outra parte feminina. Fecho a porta rapidamente e deduzo que a outra porta deve ser a saída.
Me lembro que estou quase nua com essa camisola minúscula e decido ir até o closet.
Pego uma calça de moletom cinza e uma regata preta. Decido pegar um tênis que é mais confortável caso eu preciso correr ou lutar com alguém. Pego um tênis preto e o coloco.
Saio do closet e sigo até a porta que deduzo ser a saída.
Abro a porta me deparando com um longo corredor.
Respiro fundo e saio andando pelo corredor.
Passo por algumas portas fechadas, mas uma meia aberta me chama atenção.
Escuto alguns gemidos irritantes e reviro os olhos, deve ser alguma puta com um dos homens de Fernando.
Melhor eu não atrapalhar se eu quiser fugir daqui.
-Ei você! -Escuto alguém me chamar. Me viro e vejo um dos homens de Fernando. Os gemidos nojentos cessam.
Fico imóvel e por um momento desejo uma arma para atirar bem na testa desse cretino.
Vejo Fernando saindo do quarto onde via os gemidos nojentos, ele está vestido uma calça e sua camisa está desabotoada. Cretino!
Agora fudeo.
-Há você acordou. -Diz ele não dando a mínima.
-Cretino, eu estou indo embora, fica aí com suas vadias! -Falo virando as costas e descendo as escadas pouco me importando com ele.
Desço as escadas quando chego numa sala sinto uma mão me puxar.
Puxo meu braço com certa força.
Olho para Fernando irritada e passo uma rasteira nele o levando ao chão.
-Não rela em mim! -Grito.
Ele se levanta rapidamente um tanto nervoso.
-Você agora é minha! -Fala ele e rapidamente me pega pelos braços e me prende com certa força na parede.
-Me solta seu babaca! -Falo e cuspo na sua cara. Rapidamente chuto bem no meio da suas pernas e ele me solta devido à dor.
Aproveito essa distração rápida e corro até uma porta.
Abro a porta que dá de frente para um jardim e avisto um portão um pouco longe. Com sucesso eu consigo correr no jardim sem levar tiro e sem ser morta.
Corro como se minha vida dependesse disso. Vejo alguns homens de Fernando apontarem armas para mim.
Agora fudeo.
Mas pera aí eles não ousariam atirar em mim.
Ou ousariam?
Melhor jeito de descobrir é se eu arriscar. Corro em direção a algumas árvores.
Sinto um tiro de raspão passar no meu braço e outro logo em seguida em minha coxa.
Merda estão atirando.
Olho na direção da onde levei um tiro e vejo Fernando apontando uma arma para mim.
Aquele cretino gostoso! Atirou em mim.
Na primeira chance que eu tiver o mato, mas pelas minhas próprias mãos.
-Agora se comporte e me obedeça. -Fala ele com um olhar frio sobre mim. A coitado.
-Prefiro morrer! -Falo o desafiando. Vejo que estou o irritando. Merda, vou morrer muito nova.
Enquanto estou distraída olhando Fernando com ódio enquanto espero ele atirar em mim sinto uma pancada na cabeça forte ao ponto de fazer perder a noção de tudo e cambalear indo direto pro chão.
-Levem ela pro meu quarto e a tranquem lá! -Escuto Fernando gritar para um de seus homens.
Não consigo lutar por estar imóvel e sem controle sobre meu corpo, sinto alguém me carregando e apago.

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