Eu paro de frente a minha casa e segurando minha caixa de livros ergo meus olhos mais uma vez para o sol de Fenix, como se estivesse me despedindo dele e realmente estou.
Minha mãe grita do carro:
__Vamos, querida!
Eu olho para ela ali no volante olhando de volta pra mim, enquanto o vento bate em seus cabelos fazendo os fios ficarem em seu rosto.
Até do vento daqui eu vou sentir falta.
Mas não é só por causa disso que eu não estou tão animada assim em ir embora daqui. Nós vamos pra cidade de Nova York, para o novo emprego da minha mãe.
Uma amiga ligou há algumas semanas perguntando se ela ainda estava interessada em concluir um sonho que elas tinham desde que eram adolescentes que era abrirem seu próprio escritório de advocacia.
Minha mãe é defensora pública em Fenix,mas esse realmente nunca foi o grande sonho de sua vida, ela queria ter seu escritório e com ajuda de sua amiga Jenna, agora estamos indo rumo a Nova York e deixando tudo para trás.
Não que a gente tenha tantas coisas assim. Somos apenas eu e minha mãe, meu pai se divorciou dela quando eu tinha cinco anos, agora tenho dezessete e me lembro muito pouco sobre ele, exceto que ele sempre me dá presentes no meu aniversário e que sempre me liga em datas especiais.
Não vou culpá-lo e dizer que cresci uma menina sem amor e carinho, porque minha mãe soube suprir isso tudo muito bem, por isso somos inseparáveis e até vale a pena todo esse sacrifício de deixar todos que conheço desde pequena, para me mudar para uma escola nova e uma cidade onde não conheço absolutamente ninguém.
...
Jenna nos recebe assim que chegamos no aeroporto. Ela me olha, me abraça e diz:
__Samantha, você cresceu!
Eu gosto da Jenna, ela está sempre com um sorriso enorme no rosto como se estivesse pronta pra fazer qualquer coisa.
Totalmente o contrário de como eu sou.
Vamos em direção a casa que ela conseguiu para alugarmos, enquanto nos estabelecemos.
...Ela fica conversando com a minha mãe e ajudando com as malas, eu pego as minhas e sigo em direção as escadas, onde Jenna disse que ficam os quartos.
Ela avisa que o primeiro quarto depois das escadas é o meu , isso é tudo o que eu preciso ouvir.
A casa é toda mobilada e vejo pela janela do quarto que no quintal tem um jardim muito fofo,talvez eu goste daqui.
A primeira coisa que faço assim que coloco minhas malas sobre a cama é enviar uma mensagem pra Haylie:
"Não é tão ruim como eu pensava, mas sinto sua falta.
"Bjos."
Haylie é minha melhor amiga e choramos rios, quando nos despedimos,mas ficou a promessa de que ela virá nos visitar nas férias e isso me faz sentir melhor.
Ela rapidamente me responde:
"Também estou com saudades! Espero que se divirta, mesmo sem mim :( ;)
"Bjos"
Eu acabo sorrindo ao ler aquilo, Haylie é tão boba.
Ainda estou relembrando momentos alegres da escola ao lado de Hayloe e meus amigos quando ouço um carro se aproximar da casa vizinha e olho pela janela.
O carro entra na garagem e só consigo ver flashes do que parece ser um homem, não dá pra ver muita coisa, quando vou tentar me aproximar da janela pra poder ver melhor, minha mãe aparece na porta do meu quarto que está semi aberta e sorri dizendo:
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O Cara ao Lado (Em Revisão)
RomanceAos 17 anos, Samantha acaba de se mudar para Nova York com a mãe, deixando todos que ela conhece para trás. Assim que chega em sua nova casa, ela começa a observar seu mais novo, atraente e misterioso vizinho. Certa noite sem querer, pela janela do...