Capítulo 3

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__Obrigada por preparar o jantar, querida!

Apenas sorrio de volta pra minha mãe. Acho que o Stan não falou nada pra ela.

Droga!

Por que esse nome não sai da minha cabeça? Jeremy Stan...

Aquele cara tem confiança demais em si mesmo. Já faz dois dias que ele veio aqui e me deixou toda apreensiva com aquele comentário.

Eu nem abri mais a minha janela, não quero correr o risco de ver ele daquela forma outra vez.

Minha mãe comentou algo sobre ele morar sozinho e trabalhar em uma empresa de publicidade.

Eu demonstrei o mínimo de interesse possível, até quando ela comentou que ele era uma excelente companhia.

...

__O Stan me convidou pra sair!

Juro que não acredito no que acabei de ouvir. Pergunto:

__O quê?

Ela continua:

__Pra comemorar a participação da empresa dele no nosso escritório.

Depois de um tempo, me viro pra ela que está olhando pra mim sob o ombro, enquanto seco os pratos que ela me passa.

__Ele não é muito novo pra você?

__Sam!

Minha mãe me olha incrédula e ri. Eu ainda estou séria.

Ela então diz:

__ Não é um encontro! Jenna também irá. E ele não é tão novo assim pra mim,mesmo que não haja interesse da minha parte.

...

Minha mãe está de frente ao espelho da sala colocando seu par de brincos pra sair com aquele cara, ela disse que não é um encontro, mas ela parece tão empolgada como se fosse.

A campainha toca e ela me pede pra atender. Eu abro a porta e ao me ver ele ergue os olhos que estavam olhando para baixo e sorri daquela forma outra vez, um sorriso pretensioso no canto da boca.

Ele está usando uma camisa cinza escura e seu cabelo está meio molhado e isso faz com ele fique mais gato do que nunca.

Minha mãe interrompe meu devaneio, vem até ele e o cumprimenta com um beijo no rosto como se fossem velhos amigos e ele diz que ela está linda.

Ela o pede para entrar, ele então se vira pra mim e diz um oi, seco e sem graça como ele sempre faz quando a minha mãe está por perto.

Minha mãe diz que vai até o quarto pegar a bolsa. Ele fica olhando ela subir as escadas com aquele sorriso que ele sempre tem.

Eu reviro meus olhos e saio em direção a cozinha, fazendo ele entender que não gosto disso que está acontecendo aqui.

Sinto que ele vem logo atrás de mim. Eu me viro e ficamos nos encarando como sempre. Ele desce seus olhos lentamente por todo o meu corpo outra vez.

Eu quero que ele pare de sorrir assim, mas a única coisa que consigo fazer, é perguntar:

__O que foi?

Ele se aproxima e diz:

__Eu que te pergunto o que foi! Por quê você está tão brava?

Eu apenas respondo:

__Eu não estou brava!

Mas ao dizer isso, fica evidente que eu estou sim,mas nem eu sei bem, o porquê.

O Cara ao Lado (Em Revisão)Onde histórias criam vida. Descubra agora