A filha dos Deuses

Bom Guardião

(Susy na imagem)

Chego em casa exausta, tiro a blusa de frio e a coloco sobre a cadeira da cozinha. Logo Susy aparece e diz:

-Papai e mamãe saíram para jantar, disseram que irão voltar depois das onze horas, então a casa é nossa!

Ela diz com um sorriso no rosto. Logo ela me olha espantada e diz:

-Meu Deus Belly! O que aconteceu?

Assusto-me a olhar para meu braço. "Não! Não pode ser. Aquilo foi um sonho".

Tento pensar em uma forma de explicar, mas sei que ela não vai entender então invento:

-Um cachorro me atacou no meio do caminho.

Susy está perplexa, por um momento acho que ela não vai acreditar, mas ela se rende e diz:

-Ainda bem que não foi profundo.

"Mas e o liquido verde no meu braço? Eu estou muito machucada, como ela diz que não está profundo!? "

-Vai tomar um banho e tente descansar.

Subo correndo as escadas, eu não sei o que está acontecendo, "Aquilo não foi um sonho? Foi real?".

Vou para o chuveiro, quando sinto a agua quente cair no meu corpo, aquilo é um alivio! Os meus machucados estão quase cicatrizados, antes eles sangravam e ardiam como poderiam estar assim agora?

Saio do banheiro e vou para o meu quarto, escolho a roupa mais leve e a visto.

Deito na cama e fico pensando:

"O que seus pais acharam do acampamento?"

"Posso não ser tão esperta, mas eu não vou cair nessa, após milênios sendo enganados por vocês heróis, não sou tão burra de cair na mesma coisa! ".

Tudo vinha a minha mente, a Equidna, o Sr.Burn, Alek. "Como ele sabia que eu estava em perigo? O que tinha demais naquele acampamento e por que eu estava mais perigo aqui do que lá?"- penso. Nada mais faz sentido.

Deito minha cabeça no travesseiro que tem um símbolo muito estranho, ele tem um circulo bordado em um fio dourado, ele tem quatro símbolos dentro: o primeiro é um raio brilhante, o segundo parece com um tridente, e atrás tem o mar, o terceiro é o somente fogo em uma caverna e o quarto é a imagem de uma gota de sangue que tem algumas partes brilhantes com se o sangue fosse dourado, mas também avermelhado. Era muito estranho. Eu havia comprado aquilo na minha viagem a praia, na verdade eu somente paguei a "frete", um homem vestido de entregador, estava passando e me viu: disse que ele havia viajado para cá a procura de uma garota chamada Cybelly Carter, eu disse que era eu, e então disse que para eu receber esse presente teria que pagar o frete, paguei quatro dólares, e quando vi era esses travesseiro, o que eu achei muito estranho foi a carta que estava junto, ela falava que eles nunca haviam em esquecido, e que precisaria me lembrar disso. Quando eu abri a caixa ela tinha o travesseiro e um colar com uma gota de pingente. Claro que meus pais não estavam por perto, eles nunca estavam, mas mesmo assim, meu pai ficou bravo, ele nunca ligou muito pelo o que eu fazia, mas aquilo o deixou muito irritado mesmo. Ele disse que eu não deveria ter pegado, mas como eu já tinha pegado e não teria como devolver, eu poderia ficar .Achei melhor esquecer tudo, e guardei para nunca mais olhar aquilo, mas depois de muito tempo acabei encontrando de novo, entoa decidi que eu deveria usa-lo.

Recordo-me de todas as ciosas estranhas que já me ocorreram: o carteiro, a moça bonita do supermercado que disse que deveria aprender a usar meus dons, o diretor louco e roqueiro que não me deu advertência quando eu bati em um garoto "Sim, mas prefiro não comentar isso, foi um terrível erro da minha parte, mas não me arrependo.", a faxineira, o Sr.Burn, Alek e suas conversas estranhas. Tentei ligar tudo aquilo, mas eram muitas informações para mim, e não faziam nenhum sentido.

Ouvi o barulho da porta e Susy entrou, ela me olhou e eu disse:

-O que você quer aqui?

Depois eu percebo que fui um pouco rude em falar daquele jeito.

-Desculpe Susy.

-Tudo bem. Alek quer ver você.

-Não quero ver ninguém agora, principalmente ele.

De repente ouço os barulhos da escada, com se alguém estivesse correndo, então vejo Alek subir a escada correndo desesperado.

-Belly, me desculpe, mas temos que sair daqui!

-O que?

-Não discuta garota e me obedeça.

-Olha se é uma das suas brincadeiras estupidas pode parar agora.

Ele me olha descrente, e diz:

-Você está ficando louca? Depois de tudo ainda não acredita em mim?

-Acreditar em que Alek?

Ele chega perto de mim de diz baixo:

-Se lembra do sonho que teve hoje?

"Como ele sabia?"

-Isso não foi um sonho bela adormecida. Foi real, e se você não se apressar coisas estranhas vão aparecer de novo para te matar: então faça um favor para um bom guardião: CORRE!

Sem pensar peguei minha bolsa que tinha uma blusa e um pacote de bolacha dentro, e saí correndo, mas então vi que Alek olhava para o travesseiro, como se visse a própria morte nele.

-Alek?

-onde arrumou isso?

-Eu ganhei de um carteiro. Por quê?

Isso pareceu estranho, "quem ganha presente de carteiro?"

Ele olhou de disse:

-É melhor você levar isso junto.

-Por... -Não consegui terminar a frase Alek me cortou e disse:

-Por favor Belly, anda logo, eles não estão tão longe quanto você pensa.

Parei de falar peguei o travesseiro, então notei que Susy me olhava atônita e sem entender nada. "Tinha esquecido ela!"

-Susy diga ao papai e mamãe que logo eu volto, diga que sai com Alek.

-Tudo bem.

Saímos depressa e sem muito pensar, não temos destino, não temos dinheiro, nada, mas sei de uma coisa: Estamos fugindo e indo para um lugar seguro.

Tenho a impressão de que não verei meus pais tão cedo, mas a única coisa que importa é que eles estejam seguros e longe dos monstros e longe do maior perigo: Eu.

(Susy na imagem)