O término

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É bem estranho começar a escrever algo começando com o fim da história, mas começar pelo início e terminar com o fim é uma ideia extremamente redundante.

Existe um provérbio popular que é bem engraçado e se aplica com o que eu estou pensando em dizer:

"Os fins justificam os meios."


As vezes você se depara com uma situação interessante. Quando falamos de relacionamento todos esperam que nós tenhamos um namorado bonito, inteligente, educado, e trabalhador. Sempre os mesmos adjetivos tanto para homens quanto mulheres.

Eu nunca fui alguém de apresentar namorados para a minha família, eu sempre esperei para ver se daria certo, resultado: nunca deu.

O não engraçado é que sempre naquelas reuniões de família tem aquela tia que pergunta 'cadê os namoradinhos?'. No meu caso era a mãe da minha tia que era mais ou menos uma avó de aceitação pra mim, já que a minha tia era apenas mulher do meu tio que é irmão do meu pai.

Eu sempre dei a mesma resposta, ' Não estou preocupada com isso agora, o foco são meus estudos.', mas ela sempre me comparava com fulana que estava namorando com fulano desde não sei quando e que provavelmente iam se casar. O pior era quando ela me jogava para alguns dos vizinhos ou primos de não sei que grau durante as festas, nessas horas eu queria enfiar minha cabeça e meu corpo todo em um buraco e nunca mais sair de lá.

Resultado da história : A fulana que namorava com o fulano engravidou e ele largou-a, e o pior, ela nem terminou o ensino fundamental.

Quando se trata de relacionamentos você não pode pular etapas, por que sempre vai dar algo errado.

Mas eu irei contar a história de um término. Bom, essa foi no fim do ano de 2015, no mês de Dezembro.

A grande heroína da história, é a que vos conta, mas como heroína eu estou mais para a super trouxa mesmo.

Fazia algum tempo que eu estava solteira, eu havia terminado um relacionamento que me sugava. Eu ainda estava um pouco abalada, muito carente e na bad.

Eu estudava em um Instituto tecnológico, os famosos IF's, e havia um garoto na minha sala que sempre foi o meu melhor amigo, vamos chamá -lo de Peixe (que é o apelido dele). E eu gostava dele desde o primeiro ano, mas ele arrumou uma namorada um ano acima do dele.

Eu sempre deixei para lá, até por que eu sei o quanto é horrível ser trocada, mas ele sempre me dava bola. Com o tempo nos afastamos, até por que ela não era muito com a minha cara.

O tempo passa e estamos no terceiro ano, ele leva um chifre e eu como amiga e verdade compro a briga e fico do lado dele, nós ficamos em uma viagem rápida da sala. Não posso negar que eu gostei, mas enquanto ficávamos eu não sentia o que eu pensei que ia sentir. Eu não sou romântica, na verdade eu fujo de qualquer tipo de romantismo.

Eu ignorei não sentir nada e continuei com aquilo, não viramos nada. O tempo passou e eu estava novamente sozinha. E novamente ele apareceu na minha vida.

Eu sempre fui de me apegar muito rápido, mas eu quase não digo eu te amo, por que eles são importantes demais para dizer quando você nem tem realmente certeza do que sente. Eu posso parecer um pouco fria, mas eu não me sinto confortável iludindo uma pessoa, na verdade eu tenho medo de magoar as pessoas. E um eu te amo pode destruir uma pessoa.

Mas ele quebrou minhas barreiras e me fez dizer eu te amo duas vezes, eu fiz até combinação de signos e dava 'casal perfeito', eu estava tão feliz com ele que nem me importava se aquilo ia ficar sério ou não. O importante é viver o agora, eu dizia.

O pior é que ele falava muito em relacionamentos, e eu sempre pedia para irmos com calma, e ele sempre aceitava e concordava.

Antes do recesso de Natal e Ano Novo, eu procurei-o pela escola toda e nada, qual não foi a minha decepção quando eu o vi com a menina que é conhecida por querer roubar namorados dos outros, e ela sabia que eu estava com ele. Meu coração foi partido naquela hora, o pior foi que ele mentiu pra mim, veio com uma desculpa esfarrapada que estava com um professor para colocar umas notas.

Acho que as notas estavam na língua dela. Eu esperei o recesso passar e esperei que ele se explicasse ou pelo menos pedisse desculpas, o que não aconteceu. No ano Novo eu o vi enfiando a língua na boca dela. Eu esperei 5 segundos e corri para o banheiro e chorei o que eu tinha que chorar.

Minha melhor amiga viu tudo e me ajudou. Eu estava destruída e ela foi o meu apoio, assim como eu sou o dela, e foi somente com a ajuda dela e do meu grupo de amigos que eu consegui ficar bem, mas eu não era mais a mesma. Eu fiquei tanto tempo quebrada e depressiva que eu não sabia o que eu fazia comigo.

Pela primeira vez na vida eu achei algo que realmente me mudou, eu me entreguei a dança. Todas as minhas frustrações foram revertidas para os exercícios físicos de alongamento.

Eu tenho que agradecer ao Peixe por ter me dado uma vida mais saudável. Sabe o que eu descobri dele?

Que ele tinha dado em cima da minha melhor amiga e ela negou, isso enquanto ele namorava.

As vezes a vida de joga em situações realmente difíceis pra ver o que você vai fazer, entregar os pontos não é uma boa opção, lutar contra sempre é melhor claro que você vai sofrer. Mas é melhor sofrer por pouco tempo e se recuperar e partir para outra do que sofrer para sempre por um cara que não te merece e nunca vai merecer.

Eu aprendi a minha lição:

Nunca tentar mudar quem você é por causa de um cara, e nunca se entregar para ele, se o cara gostar de você de verdade ele vai esperar e não te pressionar a nada. No meu caso, ele queria sexo e eu ainda não queria então ele procurou no mais fácil.

Na verdade eu desejo que ele seja bem feliz, mas ele não está mais com A destruidora de relacionamentos, vai ser o nome dela, já que ela vai aparecer várias vezes por aqui.

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