Melhores Amigos

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Escolher amigos é a coisa mais difícil que poderia existir. Escolher bons amigos é mais difícil ainda.

Sabe aquela série Friends? Meus amigos são quase do mesmo jeito, a nossa amizade começou de forma aleatória e está firme até hoje.

O fatalismo mulçumano tem uma expressão até interessante que já virou modinha em nosso meio.

Maktüb

Todo mundo já ouviu ou leu algo sobre isso, significa nada mais, nada menos que:

Estava escrito.

Tinha que acontecer.

Embora seja uma expressão de fatalismo, serve para caracterizar meus amigos, infelizmente ou felizmente tínhamos que nos conhecer. Eu acredito em coincidência, mas também acho que nós tínhamos que acontecer.

Como 9 pessoas diferentes e com sonhos e desejos diferentes podem se tornar uma família?

Não sei explicar. Mas aconteceu.

Sempre em um grupo grande existe aquela pessoa que é a mãe de todos, no nosso caso a nossa mãe é a Malu e ela é realmente tão mandona e zangada quanto uma, ela tem uma história de amor incrível com o até então nosso pai que é um dos amigos, mas ele é pacífico demais, o pequeno Vini.

Temos a pessoa bad, que é a Bia que eu falei no capítulo anterior, ela é o tipo de pessoa que todo mundo desabafa com ela e que tem ótimos conselhos, diga-se de passagem. É o amor de minha vida, eu pegaria se não fôssemos extemamente amigas e nos respeitassemos.

Existe o Eddie, que é o que entende tudo de signos e que é nosso amigo baladeiro. É aquele que faz amigos muito rápido e tem histórias interessantes.

Gyhab, é aquela amiga que é lerda, mas que nos dá boas gargalhadas e é extremamente amorosa e sempre tem uma risada pronta.

Diogo é o namorado dela, ele também é engraçado. Mas tem fama de roubar o boy das meninas. Ele foi o último a entrar no grupo, foi abraçado por nós pelo seu relacionamento com Gy.

Grande Vivi, o por que desse nome é o simples fato do garoto ter 1,98m baixinho, né non? É de longe o mais amoroso e inteligente do grupo, tem um grande coração e é ótimo para desabafar também, é uma ótima companhia para tudo, exceto para beber.

E por último e não menos importante, Diêgo (com circunflexo mesmo). É o cachaceiro da turma. Também é um ótimo professor de física e matemática. Quem nos vê pensa que temos algo, mas somos apenas amigos. Nós dois concordamos que nunca daria certo e é bom nem tentar.

Cada um de nós escolheu um curso diferente para a Universidade. Exceto eu, escolhi o mesmo que Bia e somos da mesma sala, assim como Gy e Diogo. Sempre tentamos nos falar pelo campus e não deixar nossa amizade esfriar ou até mesmo morrer.

Temos histórias muito engraçadas de três anos de ensino médio, mas uma que me faz rir até hoje é a primeira vez que bebemos em conjunto.

Malu estava viajando e Pequeno Vini estava meio triste, Diêgo já era universitário. Então basicamente foi todo o resto da galera, como todo mundo estava meio tenso pelo Sisu e tal, resolvemos beber um pouco, só que dentro da escola.

Só pra constar, todos temos 18 ou estamos próximos de completar, exceto Diogo que tem 16.

Usamos o Grande Vivi pra isso, compramos uma vodka barata com sabor de maçã e uma garrafa de suco de laranja na nossa sala, que estava vazia na hora do intervalo.

Brincamos de CS Composto. Todo mundo bebeu doses sem suco e pra disfarçar tomamos o suco pra diminuir o bafo de álcool.

Quando terminamos a garrafa, corremos para a aula de música. Todo mundo estava em uma roda e tava rolando uma dinâmica sobre as aulas, com perguntas até fáceis.

Estávamos um pouco alegres e começamos a brincar e passar a lata com as perguntas bem rápido. Quando terminou a dinâmica o álcool estava fazendo efeito, meu grande problema é que eu fico muito sonolenta.

A professora desligou a luz e passou um documentário sobre o Jazz, eu apenas dormi a aula toda. Quando acordei, o documentário estava acabando e o pessoal estava acordando também.

Eu fiquei responsável por me livrar da garrafa de vidro sem que ninguém visse. Foi muito fácil, eu fui para a quadra e em um dos banheiros fiz o descarte, ninguém iria saber mesmo.

Eu fui falar com um colega e ele percebeu que eu estava meio alta (alcoolizada). E ele imaginou que eu iria dar em cima dele, apenas por que eu o abracei, mas eu sempe o abraçava. Pra mim não fez sentido nenhum o que ele disse, mas totalmente consciente do que eu estava fazendo, comecei a fingir que estava dando em cima dele.

No outro dia eu fingi que não sabia de nada. Até hoje ele acredita que eu dei em cima dele.

Quando eu comecei a escrever esse livro, eu mandei para os meus amigos avaliarem, nem tenho que dizer que tenho o apoio para continuar.

A verdade é que esse livro foi escrito em um momento que eu não estava bem. Várias frustrações estavam sobre mim, e eu precisava realmente desabafar. Mas eu não queria vomitar todos os meus sentimentos em cima dos meus amigos, e deixá-los mais preocupados comigo do que eles já são.

E eu sempre quis fazer uma coisa meio biográfica, é isso caiu como um presente.

Eu sempre fui trouxa, mas enquanto eu escrevia, percebi que muitas pessoas passem o mesmo que eu, então eu resolvi compartilhar tudo o que já aconteceu comigo para ajudar.

Eu sei que devia estar falando dos meus amigos e tal. Mas eles sabem o quanto eu os amo, eles são minha outra família.

Amigos são a família que você escolhe. Aí reside o problema, encontrar bons amigos é muito difícil. Todo mundo já teve aquele amigo que espalhou seu segredo ou até te difamou.

Inveja

Falta de amor próprio.

Pessoas que possuem esses sentimentos nunca são felizes, e para se sentirem confiantes, estragam a felicidade dos outros.

Esse tipo de pessoa é mais comum do que a gente imagina, sempre olhe nos olhos de uma pessoa.

Existem lendas que dizem que os olhos são o espelho da alma. Eu sempre encaro as pessoas quando quero mostrar que estou falando algo sério ou contando a verdade.

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