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Capítulo 6 - Ana - Meu corpo...

Oi... então postando mais um capítulo. Só para avisar, vou tentar postar de 2 a 3 por semana. Vai ser apenas i por dia. Mas uma vez desculpem o meu gosto musical, vcs já sabem que eu tenho um gosto peculiar, vamos dizer assim. Boa leitura, espero que gostem.

Quando cheguei em casa fui direto para o banheiro. Precisava de um banho para me acalmar. Todas essas sensações e emoções me consumindo. Meu corpo que pulsava e clamava por um alívio que eu nem sabia como viria.

Tirei minha roupa e entrei no chuveiro. Deixei que a água banhasse meu corpo da cabeça aos pés. Fechei meus olhos e me permiti sentir.

As imagens da mulher naquela cama, seu olhar em mim, seus cabelos negros que pareciam fios de seda preta. Meu sexo pulsou e como que por extinto coloquei meu dedo no nervo frenético.

Uma onda de prazer e êxtase passou pelo meu corpo. Algo que não consigo descrever. Meus seios pareciam inchados e meus bicos pareciam pedir que eu os apertassem. Foi isso que fiz. Com a mão livre coloquei o bico entre o polegar e o indicador. Apertei, puxei, queria morder e chupar, mas nunca conseguiria. "Pelo menos não os meus".

Meu corpo pedia mais. Mais velocidade, mais prazer. Imagens do homem ao meu lado, como uma sombra sem rosto, invadiram minha mente e comecei a imaginá-lo ali comigo. Logo minha imaginação criou asas e eu estava na cama com ambos, foi quando o orgasmo me dominou. Possuindo meu corpo sem aviso ou indicação.

Espasmos e ondas de pequenos choques convulsionavam meu corpo, com a sensação mais incrível que senti em toda minha vida.

Sentei no chão do banheiro e esperei meu corpo se acalmar e minha mente parar de vagar. Foi inútil. Senti satisfação pelo orgasmo, mas parecia incompleto. Faltava algo, podia sentir isso... Era mais um extinto, do que sensação.

Acabei meu banho e fui para cama tentar dormir. Mas eles estavam tão impregnados em minha cabeça que o sono demorou a chegar. Quando chegou eles também estavam lá...

***

Durante todo o domingo conversei com minha mãe sobre o que vi e senti no clube. Foi um alivio saber que eu não era a única a sentir prazer presenciando as cenas que vi.

Quanto mais conversávamos, mais percebia que minha mãe já fazia parte desse meio a muito tempo. Nunca tínhamos percebidos que mamãe gostava de compartilhar sexo com outras pessoas. Isso me deixou curiosa.

Quando perguntei quem apresentou aquele clube a ela. Foi vaga e disse apenas, "um amigo". Me contou que depois da morte do papai se sentiu sem vida e um amigo a ajudou, como ela fizera por mim noite passada.

Não insisti mais, minha mãe parecia triste novamente. Aquela dor em seus olhos que conhecia bem, estava de volta. Sabia que tinha algo de muito errado com ela, mas respeitaria seu tempo como ela respeitou o meu.

Minha mãe me esclareceu que é normal sentirmos atração por mulheres, quando se experimenta esse tipo de sexo. Isso me deixou aliviada. Saber que ela não me julgava por sentir atração por mulher, foi um alivio. Não que eu tenha algum tipo de preconceito. Mas a possibilidade de ser homossexual ficou em minha mente, como algo a refletir.

Me despedi de minha mãe a tarde e fui para Cambridge. Afinal a vida continuava a seguir, tinha um curso e uma especialização para terminar.

Quando cheguei no quarto que dividia com Bruna a voz de Alcione enchia o lugar. Não precisei olhar para ela para saber que hoje estava no "modo pensativa". Já conhecia muito bem minha amiga.

Deixei minha mochila em cima da cama e me sentei olhando para ela que estava de olhos fechados enquanto Alcione cantava.

"É, você é um negão de tirar o chapéu
Não posso dar mole se não você... créu
Me ganha na manha e babau
Leva meu coração

É, você é um ébano, lábios de mel
Um príncipe negro, feito a pincel
É só melanina cheirando a paixão

É, será que eu caí na sua rede, e ainda não sei
Sei não, mas tô achando que já dancei
Na tentação da sua cor..."