Capítulo 18 - Peter - Viajem...

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Oi pessoal. Desculpe pela demora... mas antes tarde do que nunca...kkkk. Bjs boa leitura.

"Quando eu me perco é quando eu te encontro...

Você me faz tão bem, você me faz, você me faz tão bem..."

Detonaltas. Você me faz tão bem.

Nossa rotina tinha se estabelecido rápido. Ana saia todos os dias cedo para faculdade. Eu trabalhava em casa e Steph cuidava da casa.

Era estranho, mas ela parecia feliz em fazer isso. Ela sempre acordava mais cedo que Ana, para fazer o café. As vezes quando eu acordava elas já tinham tomado café. Mas Steph sempre fazia questão de se sentar comigo e conversar.

As vezes conversávamos sobre o tempo, as vezes sobre meus negócios. Achava incrível, que ela conseguisse conversar sobre qualquer coisa. Sempre tinha assunto e dava opiniões coerentes sobre qualquer coisa.

Era uma mulher muito inteligente. Isso me deixava mais curioso sobre seu passado. Mas como Ana tinha me dito semana passada, tínhamos que esperar ela se abrir pra nós.

Ana era outra pessoa que com a convivência me surpreendia, a cada dia. Sabia que era empenhada nos estudos. Mas ainda me surpreendia o fato dela ser tão centrada. Nunca se atrasava para a aula. Mesmo que algumas vezes tenhamos ficado até tarde, nos amando.

Ela sempre ia à faculdade. Sempre no mesmo horário. Se tinha tempo, ou uma aula vaga, ela vinha almoçar em casa. Que ficava a meia hora a pé da faculdade. Mas só se tivesse folga, caso contrário ela ficava na biblioteca estudando.

Achava engraçado o fato de Steph não gostar que ela comesse na faculdade. Queria que Ana viesse almoçar em casa. Só que Ana priorizava muito o estudo e depois de falar duas vezes e receber a mesma resposta, Steph desistiu. Não adiantava querer segurar um "ser dominante", por natureza.

Ana deixou o carro em casa para Steph. Essa foi outra questão que não teve discussão. Ela simplesmente falou e nós aceitamos. Ainda acho graça com a lembrança do dia.

"—Steph, vou deixar o carro pra você. Caso precise sair. Não precisa incomodar Peter.

--Não é incomodo nenhum levar Steph, onde ela quer ir...disse.

--Mas assim ela se sentirá mais livre, para ir onde quiser.

Não tinha como ganhar uma discussão com ela. Era teimosa e persistente. Steph apenas balançava a cabeça e sorria. Foi o que eu fiz, também."

Estávamos tão entrosados que parecíamos estar juntos a mais de anos. Sabíamos as pequenas coisas, sobre a personalidade do outro. Como, não discutir com Ana quando ela falava de forma firme e objetiva. Não perguntar a Steph nada, quando ela divagava pelo tempo. O que acontecia com freqüência.

Elas tinham o poder de saber o que eu precisava sem eu saber. "Elas eram o que eu precisava." As duas me completavam de uma forma sem igual. As duas de uma maneira diferente. Com Steph eu me sentia um guardião. Quero protegê-la do mundo. Mas principalmente dela mesma.

Com Ana me sentia um professor. Alguém que podia ensiná-la a se deixar levar pelo seu lado mais forte. O lado que clamava de seu âmago e estava louco pra vir à superfície. Um ser dominante. Era isso que Ana era. Eu queria que esse SER que habitava nela saísse e nos deixe loucos.

Elas me completam. Trouxeram para minha vida uma coisa que eu nunca tive. Significado...

Não consigo evitar pensar nesses oito anos que passei ao lado de Mary e nunca me senti assim. Parece estranho, mas fico comparando o tempo todo. Como pude pensar em me casar com ela se eu nem sabia o que era amor.

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