Capítulo 28 Ana - A empresa...

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Oi... desculpe a demora nas postagens. A vida é uma grande correria. Mas quero dizer que para compensar deixei o capítulo inteiro, não dividi. Vão perceber que está grande. Enfim estamos chegando na reta final. muitas emoções ainda vão acontecer, um bônus fofo de Mary e Ricardo e mais uns spoiler sobre o próximo livro "AMOR DE ALMA"... ESPERO QUE NÃO ESTEJAM MUITO BRAVOS COM MINHA pessoinha... beijo e boa leitura.

Assim que abri meus olhos apenas um pensamento veio em minha mente. Hoje era o dia em que eu iria conhecer a minha empresa. A empresa que foi do meu pai, que vou tocar de hoje em diante.

Sai da cama e fui ao banheiro. Peter ainda dormia. Mas Steph, como de costume, já estava preparando nosso café.

Estávamos estabelecendo uma rotina aqui no Brasil. Era diferente de Cambridge, mas em alguns detalhes estava se tornando a mesma coisa.

Assim que descobri sobre a empresa eu perguntei a Steph se gostaria de trabalhar comigo. Coisa, que ela recusou. Disse que nossa relação era intensa demais, para misturarmos o trabalho também. E tinha o fato de que ela gostava mesmo, de ficar em casa e cuidar da casa. De cada detalhe que dizia respeito a isso.

Eu sorri. Achava que ela tinha razão. Mas não podia deixar passar a oportunidade de tê-la perto de mim, por mais tempo.

Conversei com Peter sobre a situação real da empresa, ele me disse que não era boa. Contou das maracutaias de Afonso e de como ele transformou a empresa de meu pai em uma lavanderia de dinheiro. Uma fúria assassina me possuiu. Eu queria dar um chute na bunda dele.

A empresa de meu pai estava em ascensão no mercado. Era uma empresa de respeito e lucro. Hoje nada mais é do que uma fachada que Afonso usava para seus "negócios".

Ainda me lembro das palavras de Peter ontem, quando conversamos.

--Não vou te enganar lindinha. Você vai ter muito trabalho pela frente. A M&M nada mais é do que casca. Ela quase não tem mais clientes, Afonso a usava para lavar dinheiro de suas empresas fantasmas. Então os clientes sérios que seu pai tinha, foram todos embora. Os que ficaram são como Afonso corruptos, então achei melhor rescindir os contratos com eles antes de você assumir. Demiti algumas pessoas envolvidas nos esquemas. Mas algumas, deixei para você resolver. Sei que vai avaliar com cuidado cada caso. Mas não se engane com a promessa de uma empresa de vinte anos no mercado. Você vai ter que começar do zero.

Suspirei no caminho para cozinha. Tinha plena consciência de que iria ser difícil colocar a empresa nos trilhos. Mas iria dar um jeito. Iria vencer como meu pai venceu. Ele estava sempre em minha mente. Era estranho e motivador ao mesmo tempo. A lembrança dele me mantinha focada e confiante.

--Oi...

Disse assim que entrei na cozinha. Steph estava virada para pia e não me respondeu.

Sentei-me no banco da bancada de granito que tínhamos na cozinha em forma de ilha.

--Oi querida, tudo bem?

Assim que ela se virou vi seu rosto branco e olhos marejados.

Levantei-me e fui ao seu encontro.

-- O que você tem querida?

--Eu vomitei, estou um pouco enjoada. Acho que vou me deitar. Achei estranho, Steph nunca se deitava depois de levantar, mas talvez ela estivesse abalada demais com tudo que vivemos...

Assim que ela saiu da cozinha eu acabei de colocar as coisas na mesa. Os ovos que ela estava fazendo eu acabei. Porque era simples fazer um ovo, certo? Salvo que eu quase deixei queimar, parecia simples...

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