CHAPTER 6 - THE HEDA EYES

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Foi a primeira noite em que meu sono pareceu leve, sem dor ou mórbido. A primeira vez em que me lembro de não ter acordado angustiada, com o peito apertado e a sensação de perda. Quando abri meus olhos, os feixes de luz do sol já iluminavam a Floresta do Comandante e eu já podia ver a água límpida da cachoeira chocando-se contra as pedras e seguindo seu curso pelo lago.

Eu ainda não podia acreditar que estava em um lugar sagrado para os comandantes. Nem que eu estava tendo resquícios de paz quando nunca mais achei que teria. Virei meu corpo a procura de Lexa, mas ela não estava mais ao lado. Senti um leve aperto no peito diante da minha constatação. Tinha sido bom sentir sua presença comigo, o calor que emanava dela aconchegou meu corpo. Era estranho mais as contradições de sentimentos que eu tinha quando estava perto dela me faziam sentir-se segura com sua presença, mesmo não sentindo que eu podia confiar nela de novo. Ainda assim eu queria Lexa por perto. Eu queria olhar em seus olhos. Eu queria achar um caminho de cura.

Levantei-me finalmente tentando deixar meus pensamentos de lado. Avistei quando Lexa surgiu pela fresta da caverna, carregando nas mãos um cacho de bananas. Esfreguei os olhos para ter certeza que não era uma miragem. Ela andava com o corpo altivo em minha direção. Seus cabelos estavam caídos de lado e seus olhos verdes brilhavam quase translúcidos. Ela me encarou enquanto vinha, com a expressão serena e calma. Meu coração começou a palpitar no peito por não saber como agir ou o que dizer. Havíamos tido um momento de proximidade e eu a havia convidado para descansar comigo e agora um momento após isso, esperava que eu pudesse manter toda essa paz comigo.

Lexa aproximou-se de mim, ajoelhando-se a minha frente. Ela exalava um cheiro doce e cítrico.

- Está com fome, Clarke?

- Sim, morrendo. Dei um sorriso de canto e ela assentiu estendendo algumas bananas para mim.

- Coma, Clarke. Eu irei caçar algo para comermos mais tarde. Posso olhar sua ferida?

Assenti enquanto comia a banana. Meu estômago roncava e a fome parecia nunca terminar. Tentei concentrar-me na comida enquanto Lexa posicionava-se atrás de mim e retirava delicadamente a folha de bananeira das minhas costas. O ar fresco tocou a pele úmida e refrescou a ardência que eu ainda sentia. Fechei os olhos diante da sensação de conforto.

- Como está? Perguntei a Lexa.

- Bem melhor. Trimani está curando você. Lexa disse com o tom baixinho e virei meu rosto para ela. Ela olhava para a ferida, mas levantou os olhos e me encarou assim que percebeu meu gesto.

- Eu gostaria de me conectar de novo a ela, antes de irmos.

- Podemos fazer isso a noite. Agora eu preciso caçar.

- Posso ir com você?

- Você precisa descansar, Clarke. Temos um longo caminho até Polis.

Sky Forest - A deeply loveOnde histórias criam vida. Descubra agora