Chapter 2 - Hello Clarke

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- Olá, Clarke!

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- Olá, Clarke!

Quando as luzes do sol não irritaram mais meus olhos, pude ver finalmente Lexa parada à minha frente. A postura ereta de comandante com os braços para trás, o rosto altivo e firme, mas os olhos calmos, pacíficos. Tudo que os meus não eram. Meus olhos estavam apertados, rígidos, tensos, encarando Lexa com raiva. A raiva que fluía pelo meu corpo, inundava minhas células. Tornava minha respiração pesada e difícil. Tencionava meus músculos, mantendo meu corpo rígido e imóvel.

Queria gritar para exaurir a raiva que me consumia, mas havia um 'bolo' em minha garganta que não deixava minha voz sair. Eu apenas estava ali parada enquanto ela mantinha-se em silêncio, esperando pacificamente com seus olhos verdes sobre mim. Ela parecia esperar a minha reação, um sinal qualquer que fosse para continuar. Senti Artus parado atrás de mim, com sua postura imponente e a respiração firme. Certamente devia estar atento a qualquer movimento hostil de minha parte, para impedir que eu tentasse qualquer coisa contra Lexa.

Os sentimentos de raiva, mágoa e cansaço se misturavam dentro de mim, fervendo em ebulição contínua e eu não sabia o que fazer com isso. Era como se eu fosse sufocar a qualquer momento e meu corpo respondia a essa confusão sentimental da pior maneira.

- Breik em au!*

Lexa ordenou com tom firme, sem olhar para Artus. Sua voz ecoou pela caverna. Ela ainda olhava para mim e eu ainda queimava por dentro. Artus aproximou-se e soltou as cordas do meu punho, cortando-as com sua adaga. Não senti alívio, pois elas não me machucavam, mas meu punho fechou espontaneamente, como se quisesse se defender ou lutar contra algo. Lexa movimentou os olhos rapidamente acompanhando o movimento de minhas mãos. Depois voltou a me encarar sem alterar seu olhar ameno.

- Gon oso!*

Artus saiu imediatamente após ouvir o comando de Lexa, passando por nós em silêncio. Ele posicionou-se na saída da caverna, alguns metros à frente, segurando seu arco e flecha, atento à floresta que se mantinha calma. Observei-o por um tempo até que voltei a encarar Lexa e meu coração queimou quando percebi que ela continuava me olhando ainda da mesma forma, ainda sem mover-se. Nossa respiração misturava-se ao som agudo dos pingos d'água que caiam do teto úmido e tocavam o chão.

- Sinto muito por trazer você aqui assim, Clarke.

Lexa finalmente quebrou o silêncio com um tom calmo e aveludado, como se estivesse escolhendo as palavras e tomando cuidado para não ascender um pavio. Meu corpo permanecia tenso, mas respirei fundo juntando todo ar que eu tinha para liberar minha voz.

- Você deveria sentir muito por ter me abandonado em Mount Weather!

Quando eu finalmente consegui dizer, minha voz era ácida, ríspida e afiada como uma espada. Lexa inclinou o rosto com as mandíbulas rígidas, como se tivesse sentido o golpe silencioso que se misturou ao som. Foi a primeira vez que ela desviou seu olhar de mim.

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